A necessidade e a importância dos companheiros de equipe ficou muito clara na primeira parte desse episódio. Seja para resistiu aos saques do Atsumu, seja com o tão problemático Suna.

Não é de agora que o Suna vem dando trabalho para a Karasuno. Era preciso fazer algo. E a solução encontrada foi a mais simples: nada. Não fazer nada. Fácil falar, difícil de fazer. Tem que ser muito frio para seguir essa estratégia, e esportes são famosos por serem repletos de ação, movimento, agitação e emoção.

Mas há momentos onde a calma deve reinar. E calma é algo que o Tsukishima entende. O plano é não tentar pará-lo com um bloqueio, mas com o resto do time. E vimos nesse episódio como essa estratégia é eficaz. O problema é que a tentação de tentar parar seu oponente é naturalmente muito forte. E aqui é onde o Tsukishima com sua tranquilidade entram.

Uma vez defendido então é hora de atacar. E se o oponente vem se utilizando de saques então a Karasuno também pode fazer o mesmo. O problema é que… não deu certo. Simples assim. A “falha” foi do Kinoshita, mas ninguém precisa dizer isso para ele. Até porque, ele sabe disso mais do que qualquer um. Diferente do Atsumu ao criticar seu irmão, aliás.

Ele que por sinal continuou desafiando o, acredite, amedrontado Nishinoya. Mais surpreendente que a sua situação atual é apenas o seu passado. Vimos que o medo não é algo novo para ele, mas que está mais para um velho amigo que ele não via a algum tempo. E por isso mesmo o Nishinoya sabia muito bem como lidar com ele.

Eu gosto muito da lição do avô do Nishinoya. Sim, ela é bem simples. Mas como o episódio três nos lembra, algo pode ser simples mas nem por isso ser fácil. Portanto, não é de se assustar que muitas pessoas, mesmo sabendo qual a solução de seus problemas, compliquem suas próprias situações na procura de uma solução fácil.

Mas o Nishinoya encarou o medo de frente, sabendo que se em algum momento vacilasse sempre poderia contar com os seus amigos. E assim novamente superou seu velho conhecido. E aqui eu volto tanto para aos questionamentos do Kinoshita quando às críticas do Atsumu no passado. De fato, todas as pessoas terão seus momentos ruins. E para superar eles, apenas enfrentando-os de frente. E se não for capaz sozinho, então pode contar com os seus amigos.

E depois dessa primeira parte nós temos uma viagem ao passado para conhecer um pouco mais dos irmãos Miya. Vemos mais da relação deles. Mais de suas individualidades e, por consequência, das suas diferenças também. E não à toa, acaba com o Osamu dizendo ao Atsumu que ele não ama tanto o vôlei igual o seu irmão. E esse é um diálogo para se guardar.

Não apenas pelo que virá, mas pelo que veio logo em seguida. A grande cena do Atsumu fazendo um levantamento genial. Um lance digno dos aplausos que recebeu. Mostrando que ele é um dos melhores levantadores da competição, quem sabe o melhor. Ainda que o Kageyama não deva compartilhar dessa opinião. Mas o que eu quero destacar aqui é outra coisa além de sua qualidade e talento. É o seu amor pelo vôlei.

Primeiro que talento não existe sem esforço contínuo. Mas ainda assim isso não basta. Mesmo o esforço contínuo, para começo de conversa, não existe sem amor. E perceba, não estou dizendo simplesmente “gostar”, gostar qualquer um gosta. É amor mesmo. Ou paixão, chame como quiser. Esse é o ponto principal sobre o Atsumu, ou mesmo sobre o Kageyama e o Hinata.

Você pode até gostar de algo e talvez isso até faça você se dedicar um pouco e por algum tempo. Mas quanto mais você ama algo, mas você é capaz de se esforçar. Há um limite para quanto esforço, e por quanto tempo, alguém que “apenas gosta” de algo é capaz de fazer por aquela coisa. E também daquilo que está disposto a sacrificar por aquilo que tanto ama.

Enfim, eu adorei o episódio para dizer a verdade. Além de que outro episódio sem nada para reclamar da animação é por si só uma grande vitória. Também não tenho nada para reclamar sobre a adaptação. O episódio inteiro foi muito bom, ainda que não o suficiente para me animar. Continuo bem desanimado com essa temporada. E desapontado, por diversos motivos.

Mas é isso, até mais.

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