Esse é outro episódio incrível de um anime que a cada semana só consegue melhorar e com o item mais importante sendo o questionamento lançado no título. Sem exceções, os seres humanos aqui são dignos de aplauso e fico feliz que a família Arisugawa tenha sido a contemplada da vez, porque definitivamente essas três mulheres não existem e eu vou dizer o motivo. Sigam me os bons!

Uma frase muito comum que se ouve por aí e reforça uma verdade da vida, é aquela que diz “você colhe aquilo que planta”. Digo isso porque ela se encaixa muito bem com o que vemos no episódio, por conta de várias situações envolvendo as ações de todos, em especial as do Nasa – que continua surpreendendo enquanto pessoa.

Obivamente ninguém gostaria de ter sua casa e seus pertences queimados aleatoriamente, porém acredito que para o rapaz esse infortúnio veio a ser algo interessante para que ele pudesse perceber algumas coisas que como “agente” ele nunca veria, além de aproximar ainda mais ele da Tsukasa.

Normalmente quem faz o bem pela pureza de coração, sequer entende a importância de seus gestos, já que no calor do momento e na intenção de ajudar, a pessoa acaba não focando nos detalhes. O Nasa é uma alma boa, nobre e que embora não saiba, é amada e por isso, agora no momento em que mais precisou, encontrou quem lhe estendesse a mão sem pensar duas vezes.

A Kaname e sua família tem uma dívida eterna com ele, mas a consideração e amizade que existe entre os dois lados, é algo que ultrapassa o limite da mera obrigação por gratidão – ela mesma o tem como um irmão. Assim como a própria Tsukasa coloca, ele é amado por ser quem é, sem ter medo ou se importar em ser.

Esse lado naturalmente sincero e bondoso, cativa qualquer um que tenha o prazer de conviver com ele, como um sentimento praticamente inevitável e no caso da Aya, acabou tão forte que a fez se apaixonar por ele.

Confesso que por um instante me preocupei com o que poderia surgir dessa nova revelação, mas eu não poderia ficar mais satisfeito com a resolução, tanto do lado cômico, como do sentimental mesmo, afinal a menina também tem minha simpatia e eu não gostaria de ter isso desfeito por um possível triângulo que não tinha razão de ser.

A cena envolvendo o desespero da Kaname em ver a irmã notar o óbvio, foi simplesmente maravilhosa e a burrice da moça mais do que serviu ao seu propósito de me fazer rir. Não sendo suficiente, ainda colocaram no meio a mãe delas, que compensou todo o nível de deboche e autenticidade que eu esperava ver na Kanoka semana passada, mostrando que mãe boa é aquela que joga na cara do filho a própria idiotice e caga pras bobagens juvenis – com certeza já é uma das minhas mães favoritas dos animes.

Mas falando mais seriamente sobre o sentimento da garota, a Aya subiu ainda mais no meu conceito, pela praticidade com que ela encarou toda a novidade de ver seu amigo casado – depois de finalmente ter assuntado a realidade. Ela fez exatamente aquilo que eu espero de várias outras personagens, que é perder com decência, reconhecendo o próprio erro e acabou.

Bem verdade que imagino essa reação mais para cima, como uma consequência da natureza leve do anime, só que ainda assim a cena deixa claro que ela se colocou em primeiro lugar e buscou usar a derrota como aprendizado, uma plataforma para seguir sem remoer e pronto – isso é maravilhoso e eu nem preciso dizer que me identifico altamente com essa postura.

Resolvida a questão da amiga, o foco para o casal volta e dessa vez com a vibe ecchi subindo o nível, o que eu acredito que só tenda a avançar por conta da proximidade entre os dois, mas principalmente pela interferência da Kaname, que notoriamente força o Nasa a avançar – como se ele já não tivesse fogo o suficiente.

A minha dúvida nos conselhos dela é, se ela faz isso usando as situações cotidianas para deixar eles mais confortáveis e menos tímidos entre si, ou se é fogo de palha de amiga tarada para ver onde isso vai e perturbar o rapaz – digo isso porque já conheci uma figura que representa bem essa segunda vertente.

Falando em estar a vontade, as compras de roupa deram oportunidade para que o Nasa também mostrasse novos lados, como o protetor e que queria guardar a mulher de outros olhos gulosos, assim como o libidinoso, que já começa a anseiar por um passo maior na relação a dois.

Ambas as faces tem seus perigos, já que muitas vezes tudo se transforma em um exagero sem fim e numa assertividade que incomoda a parceira, mas gosto de como o anime não foge de sua essência e nem desverte o que construiu na personalidade do protagonista, de modo que tudo é levado com calma e leveza, com ele não pondo seus desejos acima, mantendo seus limites e sem desrespeitar o tempo e a vontade da Tsukasa – até porque ele também é muito “verde” no assunto.

Bom, a saga do casal Yuzaki continua e o gancho da prévia promete, porque ele tem uma surpresa, o que será? Agradeço a quem leu e até a próxima!

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