Hortensia Saga é mais um dos lançamentos desse ano. A obra vai ter 12 episódios e tem uma pegada de fantasia medieval com várias complicações entre reinos e afins. Por ser uma adaptação de jogo mobile, confesso que não estava muito animado em conferir, afinal, essas adaptações costumam ser bem medianas, ainda que a história do jogo seja boa (vide Chain Chronicle). Mas enfim, que tal saber um pouco mais sobre essa estreia?

O primeiro detalhe que precisamos mencionar é o estúdio responsável, LIDENFIMS, que também está fazendo outros dois animes apenas nesta temporada. É um estúdio que já fez ótimos animes e deixou a desejar em alguns outros. Além disso, temos o mesmo diretor de Killing Bites, que também trabalhou em outros animes como Bleach, Drifters e Arslan Senki. Ah, e sobre o jogo, infelizmente ele não está disponível para o Brasil, mas você consegue baixar em aplicativos externos como o Qooapp (disponível para android apenas).

Mas enfim, vamos falar sobre o que é realmente importante: a história. Aqui temos uma história que passa longe de ser original e diferenciada, o que não é um problema. O reino de Hortensia sofre com um ataque de um ducado aliado e com isso, perde seu rei, importantes figuras militares e sua princesa que era a primeira na linha de sucessão ao trono. A partir daí, a história começa a focar em Alfred, filho de um importante cavaleiro que morreu na fatídica noite e que agora se tornou senhor de uma “terra” importante.

Logo de cara o anime começa com essa revolta do ducado de Camellia e acaba ficando um pouco confuso, afinal, somos jogados no meio do conflito sem informação alguma. O ducado se rebelou, causando vários problemas na capital com seu exército e monstros invocados e o rei acaba de ser morto pelo líder inimigo que se tornou um lobisomem. É muita coisa para processar e entender, o que acaba sendo um ponto negativo.

Porém, como era de se esperar, temos uma explicação geral e básica sobre o mundo em que a história se passa. Tendo isso em mente, algumas coisas começam a fazer sentido. Ainda que a parte técnica mostrou ser ok, deu para ver que se seguir nessa linha, será interessante de acompanhar.

Mas ok, após essa parte de introdução seguimos o protagonista. Ele não tem nada digno de destaque exceto a voz que eu achei grossa demais para um garoto que aparenta ter 12 anos. Mas ok, logo temos um time skip de 4 anos e isso fica menos estranho. Algo que me incomodou na estreia é que alguns detalhes que geralmente são importantes foram ignorados, ao menos por enquanto.

Um exemplo disso é a princesa que acaba sendo levada para o território do Albert pelo tio do mesmo e do momento em que chegou até agora, 4 anos depois, permanece com a premissa de ser um garoto que foi salvo pelo pai de Albert. Poderiam explorar mais esse detalhe, afinal, seria interessante mostrar no mínimo o motivo de não revelar sua identidade. Eu até entenderia se o reino de Hortensia tivesse sido conquistado por Camellia, mas nem isso aconteceu.

Ah, tem esse outro detalhe também. O rei é morto, Camellia “venceu” a batalha e no final das contas Hortensia segue com um novo rei, filho do anterior. Não consigo entender como evitaram que Camellia conquistasse a capital considerando a situação imposta na batalha. Veja bem, o duque de Camellia tinha virado um lobisomem, seu exército pegou o inimigo de surpresa e ainda temos a ausência de três figuras importantes militarmente. Enfim, seria interessante explicar isso em algum momento.

No mais, apesar de seus problemas, a estreia conseguiu me convencer a continuar assistindo. Não deverá ser um concorrente para anime da temporada, mas deve ser decente o suficiente para pegar 24 minutos de sua semana para se divertir um pouco. Aliás, gostaria também de destacar a abertura e o encerramento que são ótimos e aí sim, concorrentes fortes (que não devem ganhar pois o anime deve ter um público bem menor que os outros).

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