World Trigger 2 – ep 2 – Galopoula consegue virar o jogo agora?
Se antes a vantagem da Border era o poder bruto de seus defensores, agora eu já me questiono a eficácia disso, porque os soldados de elite invasores não estão afim de colaborar. Entre um ataque e outro, os inimigos finalmente jogam seus truques apelões, será essa a chance de Galopoula atropelar a todos e chegar no seu objetivo?
Bom, como esse é um episódio repleto de bastante ação, não existem muitos pontos aos quais eu possa comentar, mas vi certas estratégias que me chamaram a atenção e nessas eu posso me alongar um pouco mais.
Em primeiro lugar eu bem que estava achando conveniente, a forma como o exército inimigo pouco estava tendo utilidade – exceto pela sua durabilidade e número excessivo -, pois para quem acompanhou o começo de toda essa batalha, deu para ver que eles sequer imprimiam perigo, ou causavam arranhões em qualquer um dos soldados da Border.
Conforme os heróis também iam chegando, a desvantagem do inimigo só complicou e foi aqui que me questionei a capacidade de raciocínio deles, ou pelo menos a dos estrategistas que estavam do lado de fora e menos atarefados em combate.
Os três que conseguiram invadir a sede, apesar dos pesares, compensaram seu problema com saídas interessantes, como a Su Wen que se valeu da ingenuidade e dos sentidos da Rei para pegá-la – embora ela tenha contado mais com a sorte da outra cair no plano. Para a guerreira estava óbvio que a loira era mais perigosa que a Kumagai, e infelizmente a mesma não estava tão atenta para se precaver.
Por mais que eu adore a Rei, preciso ser sincero e dizer que ela foi meio lerda no ataque, porque como ela mesma disse, todos os times sabiam como funcionavam os triggers dos adversários, então não se justificava o deslize que ela deu ao cair no truque da cópia barata com a cortina de fumaça.
A minha satisfação é que ela conseguiu sobreviver a rasteira e vai dar o troco com certeza, até porque ela compensou sua falha descobrindo como exterminar os cães robóticos que até então servem de proteção e distração.
Do outro lado, o time comandado pelo Kei, consta dos melhores atacantes para abater o líder dos Galopoula e seu parceiro dos aneis voadores. Achei legal como eles utilizaram a parede de Trion para dar suporte aos ataques furtivos do Soya, porque de todos ali, ele é o único que poderia servir como um elemento surpresa, já que a Konami, o Kou e o Kei são a linha de frente e não utilizam a técnica dele.
Os dois inimigos em si não me pareceram tão fortes, pois acho que mesmo com uma batalha equilibrada, eles confiaram muito nos cães para o suporte e mesmo assim isso não alterou os resultados iniciais, com a Konami causando uma bela pressão – achei maravilhoso que foi justamente ela a mostrar que é um perigo e não os rapazes.
Obviamente que eles devem mudar de postura na continuação e oferecer um risco real e talvez até suicida, mas por hora eu gosto de como o quarteto controla o que acontece dentro do hangar, mostrando que eles não são a elite dos atacantes a toa.
Fora da Border os Galopoula restantes aumentaram a voltagem nos ataques, e é aqui que percebi um divisor de águas que poderia talvez ter sido utilizado antes. O controlador de soldados trion, o Yomi, tinha um claro controle da batallha desde o início, mas realmente era necessário que o perigo se apresentasse para que ele passasse a controlar manualmente os robôs?
Entendo que manter sempre uma carta na manga é importante, porém o estrago que ele podia ter feito – até no quesito distração -, iria ser muito maior se ele utilizasse o potencial máximo dos seus peões, que por sinal ficaram bem overpower depois que ficaram no modo analógico.
Até pensei que o problema seria o fato de ele controlar apenas um, só que a cena foi bem explicativa ao mostrar todas as unidades sendo ativadas juntas, então ao meu ver ele perdeu uma boa oportunidade de guarnecer mais o seu time, assim como o Reghi, que está lá no campo de batalha e ainda não entendi a sua utilidade.
Enfim, além do ataque em andamento, a única coisa relevante que me chama atenção é a tolice do Hyuse. É normal que ele queira retornar ao seu povo, mas tanto os parceiros dele quanto os Galopoula, já deixaram bem claro que ele não é querido, requisitado ou bem vindo de volta.
O que esse cidadão ainda quer tentando fugir, quando tem uma vida confortável na Tamakoma, gente? Se ele tivesse sido tratado de forma violenta enquanto um criminoso, eu até entenderia, mas a Border é bem amistosa com ele – diferente dos seus supostos aliados. Espero que nosso menino prodígio Yotaro consiga por uma grama de juízo na cabeça desse homem, até porque o coitado tá se arriscando no fogo cruzado porque ficou amigo dele.
A luta continua aí fervendo e eu confesso que continuo animado e especialmente feliz, com o jeito único desse anime ser bom com tantos personagens legais na tela, sem tornar os protagonistas absolutos e necessários – esses que por sinal continuam sem aparecer e assim deve continuar no terceiro episódio. Fiquemos ligados no que vai acontecer!
TRIGGER ON!