Gostei bastante desse episódio porque ele conseguiu dar uma boa direção a trama após o ponto de virada do último episódio ao traçar um panorama da situação do time das protagonistas, mas também mostrar mais de suas rivais, seja do time rival ou da rivalidade dentro do próprio Spica. Tudo com um ar típico desse tipo de relação, mas sem perder a compostura e o espírito esportivo.

Em Uma Musume a gente nota que a rivalidade é com alguém com a qual existe o desejo de crescer junto, não apenas olhar de baixo, não à toa a rivalidade das nossas heroínas não foi à flor da pele e sim à flor de cerejeira!

Não lembro se comentei artigo passado, mas adorei a abertura e o encerramento dessa segunda temporada. Nada vai superar o combo da primeira para mim, mas esse novo combo faz jus a nova fase do anime. Outro ponto que gostei bastante foi a rivalidade crescente do time Canopus contra o time Spica.

Não lembro qual era o time das principais rivais da primeira temporada, mas de uma coisa eu tenho certeza, esse tipo de dinâmica torna Uma Musume um anime mais divertido, capaz de explorar mais de mais personagens que só as principais, misturando sempre o moe a corrida.

Aliás, o azar do Spica foi algo temporário, pois apesar dos fracassos recentes a melhora da Teiou e seu reconhecimento e o da McQueen mostraram como o time estava colhendo é os frutos do sucesso. Enquanto a Canopus apresentou novas garotas cavalo promissoras, mas ainda sem resultados relevantes.

A interação delas na ida de Ano Novo ao Santuário foi bem divertida e corroborou com o que é a marca do anime, não há animosidade entre as partes, a rivalidade cultivada pela Canopus parte mais da admiração e até de certa infantilidade, o que a flecha simbolizou muito bem, que de algo ruim.

Como o tom desse tipo de situação aparentemente extrema é sempre cômico não foi exatamente estranha a situação, como não foi estranho o reconhecimento a Teiou e a McQueen pelos seus feitos na temporada, agora, dar só uma nova roupa como reconhecimento foi um pouco decepcionante. Nem para dar uma caixa de cenouras?

Brincadeiras à parte, a ida delas ao cerimônia e a própria ideia de se enfrentarem na Tennoushou de Primavera foram detalhes que ilustraram bem a relação das personagens, de proximidade e respeito, mas também de muita competitividade, afinal, disputam desde que se conheceram.

Inclusive, o mini arco de “origem” da amizade/rivalidade trabalhou muito bem isso, pois ao mesmo tempo em que elas se desenvolveram como corredoras querendo derrotar uma a outra, também compartilhavam similaridades na forma em que encaravam a corrida apesar de terem perfis e históricos diferentes.

Acho até que gosto mais da rivalidade delas que da Special Week com a Silence Suzuka porque ela parece mais “intensa” e ainda há o que se contar sobre ela mesmo que o anime não diversifique tanto. Na primeira temporada a gente sabia que elas eram rivais, mas elas não tinham esse tempo todo de tela.

Dessa vez estamos acompanhando as duas com uma lupa e confesso que a ideia de relacionar as flores de cerejeira com a época em que se conheceram e desenvolveram o tipo de relação que têm me cativou. Foi algo simples, singelo, nem meloso demais e nem seco; reforçando o que a história quer passar com a rivalidade cultivada entre as personagens.

Isso fica ainda mais legal pela pegada cômica/fofa que toma conta de muitos momentos, mas também acho importante frisar que quando é preciso a direção sabe balancear as coisas e entregar cenas e trechos alinhados a um drama satisfatório para o que é o anime.

Enfim, não foi um episódio fantástico nem nada assim, mas praticamente tudo nele foi bem feitinho, inclusive a corrida da McQueen, uma de menor importância (que só foi assim para ela não mostrar sua nova skin antes da Teiou, né), mas nem por isso menos bem animada e agitada.

Esse esquenta antes das duas se enfrentarem era o tipo de caminho pelo qual o caminho poderia e deveria seguir dado o tempo que a Teiou tem até a realização da corrida que mais quer ganhar, e foi ainda melhor que se seguisse por ele por dar espaço a outras personagens e cenários diferentes no entorno da protagonista.

A vitória da Mejiro McQueen foi o combustível que a Teiou precisava para voltar com tudo as pistas e gostei bastante da nova roupinha dela, apesar de achar melhor a de sempre.

Não tenho muito mais o que escrever sobre esse episódio, apenas elogiar a parte técnica, as zoeiras e a forma como a rivalidade foi desenvolvida em vários níveis, do simbólico ao prático, envolvendo várias personagens e se equilibrando bem entre a seriedade e a comicidade.

As amenidades em meio a rivalidade tornam esse tipo de dinâmica entre personagens bem mais tranquila de se acompanhar que a média. Sério, em animes quase tudo é tão irritante ou raso/bobo a simples menção da palavra “rival” que chega a cansar às vezes.

Por fim, a disputa da Teiou e da McQueen para realizar seus objetivos (sem a exata predileção por esmagar os da outra) pode gerar algo interessante para o time. Elas não devem ficar de mal independentemente do resultado da corrida, então podemos esperar um desenrolar maduro para uma situação incômoda, exigindo ao menos uma conversa ou uma troca de olhares posterior, ainda que pareçam bem resolvidas antes da corrida.

A Teiou voltou de ânimo novo e já consegue correr direitinho, então agora só nos resta ver como a experiência dela com a lesão pode ajudá-la a se tornar uma corredora melhor. E tudo enquanto tenta derrotar e crescer junto da McQueen, com sua aura de prota de battle shounen hahaha. Digo, com sua rivalidade à flor de cerejeira.

Até a próxima!

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