Antes da tormenta que o Ereinus pretende trazer, o anime faz aquela pequena pausa respiratória, para que todos não só descansem um pouco da correria e passem um tempo juntos, como também se desenvolva o lado dos aprendizes da guilda, que agora serão os grandes protagonistas desse momento final.

Uma coisa que o episódio continua aqui, é a questão da Minori em relação ao Shiroe, que, embora não tenha se resolvido muito, serviu para dar a moça uma chance de aperfoiçoar os seus talentos em cima de sua confusão sentimental. Como já falei muito sobre essa situação no artigo anterior, quero me resumir apenas ao que vi de novo ou diferente, em outras palavras, as pessoas que estão no background desse assunto e as suas ações – vulgo Isuzu e Rudy.

Talvez eu esteja errado sobre essa visão, mas percebo uma certa “maldade” na moça, não no sentido de ser má realmente e sim, agir de uma forma que machuca, direta ou indiretamente – no caso dela acho que se aplicam as duas situações. Obviamente que não estou culpando ela de nada e nem dizendo que é algo proposital, até porque não acho que seja, mas ela é tão naturamente despreocupada que não percebe os efeitos das próprias palavras.

Isuzu se considera a cupido de suas amigas e trabalha constantemente nesse papel, apoiando os interesses das duas e fomentando os sentimentos que ambas tem. Para mim existe uma certa diferença entre Minori e Shiroe, em relação a Serara e Nyanta, mas esse não é o ponto e isso já é uma outra questão que não vou discutir agora.

Não é errado que ela queira ajudar, inclusive muitas vezes é bom ter pessoas mais desprendidas como ela dando certos empurrões em gente travada. A questão dela é que se tivesse um pouquinho de bom senso, primeiro observaria as coisas de longe para dar toques na amiga, afinal se o Shiroe não corresponde a outra – e nem pretende -, seu incentivo só piora os resultados futuros.

O que a salva é o fato de ser uma adolescente, portanto a imaturidade não é uma novidade e nem um defeito, é algo natural e que se vai corrigindo com o tempo, conforme se aprende com os erros e acertos. Se por um lado eu relevo a moça, por outro acho que ela se complica, quando o Rudy se envolve no negócio.

O rapaz fica claramente incomodado com a forma como ela se envolve na paixonite da Minori, porém o que não consigo dimensionar é a extensão disso. Por hora o que vejo é apenas uma reação ao que falei, como se ele visse que ela não tá ajudando e sim deixando a menina se enforcar mais, já que aquilo não vai render e qualquer um consegue perceber isso – até a Akatsuki que está plena .

No entanto, pensando com um pouco mais de calma, interpreto a reação dele como uma insatisfação ao modo como é tratado, já que fica estranho o fato de ela ser tão efusiva e aberta ao sentimento alheio, e ao mesmo tempo tratar o dele com descaso. A Isuzu já tinha dito que ele lembra o cão dela e que isso a fez gostar dele logo de cara, mas ele também já deu entradas nela acerca de como a vê, então o mínimo que o coitado merecia era um tratamento digno e mais transparente.

Pessoalmente tenho um certo incômodo com essa coisa de ela enxergá-lo como um pet ou mascote do grupo, porque é uma situação meio bizarra quando não se tem um propósito cômico, contudo, também consigo entender que de certa forma isso é fruto da própria condição dos dois, afinal lembremos que Rudy é um NPC de nascença.

Ele ganhou os direitos de se tornar um aventureiro como seus amigos, mas ela o conhece como parte do Povo da Terra, então acredito que para a jovem é difícil dissociar esses dois lados do Rudy e enxergá-lo como um igual. Seja como for, espero que a obra em algum ponto corrija logo isso, porque esse tratamento equivocado é algo que aos poucos vai “matando” o mago, sem que ela se dê conta.

Em seu outro foco, o episódio também constrói uma base interessante para a garota e o grupo de aprendizes, já que na sua saída as compras junto com o Shiroe, ele vai ensinando tudo o que ela precisa saber sobre incursões, a preparando para qualquer dificuldade. O que gosto bastante nessa parte é que trabalham bastante as capacidades dela enquanto um cérebro da equipe, pois na sua curiosidade e desejo de aprender, ela mostra mais uma vez que é o componente mais sólido de seu grupo, quase uma mini Shiroe.

É essa parte que gosto na personagem, o seu interesse em se tornar mais útil como um suporte para seus aliados, ser mais forte no jogo, obter conhecimento sobre as coisas daquele mundo de RPG. Inclusive, é um ponto positivo que mesmo estando com outros interesses naquele “encontro” a menina tenha se preocupado em realmente aprender mais e tenha dado o melhor de si, não desperdiçando a ocasião.

Posso dizer que nesse momento a chegada desse Gênio foi providencial, porque todos os aprendizes estão amadurecendo aos poucos, especialmente o Rudy e a Minori – que tem buscado com mais intensidade essa melhora individual. Emendando um extra, eu me diverti um bocado com as rápidas cenas de treinamento envolvendo o Naotsugu e a Tetora, porque ele parecia mais centrado e preocupado em cuidar dos menores, enquanto ela usou o método simples do “se vire para sobreviver” que não deixa de ser eficiente, embora sádico da sua parte.

O bom desse apoio dos veteranos é que essa prática casa com o pensamento do protagonista, que ao longo do dia deu pequenos indícios de que pretendia por os aprendizes na linha de frente – se baseando nas informações das irmãs lobo. Para eles pode ser complicado por ser a primeira vez, mas a experiência que vão obter de uma luta direta com o Ereinus será importante para desbravarem outras incursões com mais segurança.

Enfim, a prévia já vai confirmando o espaço que eles ganharão, e me pergunto se os outros jovens amiguinhos das demais guildas terão essa oportunidade de brilhar, dada as limitações que o chefão impõe de redução no nível e poder dos aventureiros. Seria ótimo ver os grandes ocupando um papel de assistência, para que assim os demais possam crescer com a chance providencial que esse vilão especial lhes proporciona, então aguardemos para ver.

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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