Geto esmiúça o plano de ataque a escola e com ele conhecemos um pouco mais da facção de feiticeiros, assim como vemos como a coisa foi bem organizada dentro de uma lógica bastante razoável.

Só me incomodou o modo como o Mahito chegou aos objetos amaldiçoados especiais, penso que o rastro de energia amaldiçoada deixado no dedo deveria ter sido notado por alguém.

De toda forma, o importante é que Jujutsu entendeu bem o que já havia apresentado e o que poderia entregar ao seu público nesse fechamento de arco irreverente, mas também alarmante. Vamo nessa?

Honestamente, sobre a primeira metade do episódio não tenho muito o que escrever, no máximo que achei de muito bom gosto uma grande treta estar marcada para o Dia das Bruxas e que, diferente do mangá, lá essas indicações tão claras não são dadas.

Esse arco, que se não me engano vai acontecer todo nesse dia 31, deve ser coberto todo ou quase todo em uma segunda temporada tão grande quanto essa primeira, o bacana é que antes dele ainda tem um arco só de flashback que ficaria irado em um filme.

Vendo o sucesso de muitos filmes recentes não duvido que os manda-chuvas que decidem os rumos do anime tenham a mesma ideia, mas deixando isso de lado, gostei das coisas que se desenrolaram nessa primeira metade mais séria e necessária para contextualizar o problema.

Nas discussões, tanto dos vilões quanto dos mocinhos, ficou claro que há muitas coisas a se considerar e de que foi dadas as características de ambas as organizações que o plano de invasão a escola deu certo.

Porque as maldições têm um informante que viveu entre os feiticeiros, o Geto, e que é inteligente o suficiente para esconder seu envolvimento usando terceiros. Aliás, quem é mesmo aquele monge andrógino? Lembro dele do mangá, mas estou atrasado e nem sei se revelaram quem é.

Enfim, a forma como o Geto usa os “pontos fracos” da organização jujutsu é bem legal e até justifica os vilões sempre estarem um ou dois passos a frente, eles só não podem contar é com protagonistas motivados que dão vida ao clichê na máxima, “preciso ficar mais forte”.

É meio irritante, até bobo, o quão previsível todo battle shounen consegue ser ao levantar essa questão, por mais que ela faça sentido. Ainda assim, acho que Jujutsu foi bem menos clichê que a média e mais perspicaz, até interessante, afinal, não insistiu em algo que ficaria saturado.

Os alunos das duas escolas já se digladiaram em pequenas lutas, então não fazia muito sentido investir tempo em batalhas entre eles. Sabendo disso, a ideia de lançar mão da partida de beisebol foi excelente a fim de fechar esse arco com bastante irreverência.

Porque a partida como um todo foi uma grande zorra, começou com a Miwa, que é um alívio cômico muito daora, se lamentando e passou até por um momento sério com o Noritoshi simpatizando com o Yuuji, mas se sobressaiu mesmo foi nas brincadeiras com o Todou e os outros.

Além disso, as descrições, a maioria não tendo nada a ver com o jogo, foram sensacionais, conferindo uma clima ainda mais sem noção a uma partida que não tinha outra função senão essa, divertir. Mas sim, teve um momentinho mais sério e até ele ficou muito bom.

Porque o Noritoshi conversou com o Yuuji de forma bem tranquila e foi capaz de se colocar um pouco no lugar do garoto, demonstrando uma capacidade de ser empático que torna o personagem um pouco mais simpático mesmo que suas opiniões difiram das dos protagonistas.

Voltando a comédia, o Mekamaru era mesmo só uma máquina de lançar bolas, aqui ali não enrolou ninguém, e zoar com a Nobara sempre é muito divertindo pelas reações esquentadinhas, mas ao mesmo tempo fofas, da heroína.

E nem foi só ela não, a bruxinha ignorante sobre o beisebol também deu uma animada na partida, só não sendo mais divertida que as reações a bolada que o Toodu tomou na cara. É sério, só o Yuuji se preocupou com ele e essa cena foi muito engraçada, duvido que você não tenha rido.

É sério, o Todou é um personagem meio ridículo, mas que acaba sendo carismático muito por conseguir falar sério com um pano de fundo de besteirol descarado. Ele é um personagem que tem muito a ver com Jujutsu; que é uma história em que se fala sério, mas há bastante humor.

Humor esse que ficou um pouco de fora também da conversa entre os diretores, a qual só mostrou o que já sabíamos, que eles temem o Sukuna dentro do Yuuji, mas que estão dispostos a dar ao garoto e ao Gojou uma chance de mostrar que essa “transgressão” merece uma chance.

Principalmente o de Tokyo, o de Kyoto engole a situação muito por causa do envolvimento do Gojou, que pode até se curvar a hierarquia, mas essa subserviência tem seus limites, não à toa ele manipula coisas pequenas, como a atividade sorteada no intercâmbio, e fica por isso mesmo.

Por fim, o passeio juju teve uma daquelas piadas maravilhosas que todo mundo adora (sqn), mas dou um belo desconto, visto que o episódio foi uma baita de uma zoeira divertida a beça, mas também séria quando cabia ser.

Jujutsu segue de vento em popa, esse segundo cour já deixou o primeiro no chinelo e se ele ganhou prêmios de melhor anime do ano de 2020 otakusfera afora (o que achei um exagero, convenhamos), não duvido concorrer aos desse ano pelo segundo.

No próximo episódio se inicia um novo arco que deve fechar essa primeira temporada do anime com chave de ouro. O mangá já tem dois arcos só esperando para serem adaptados e um terceiro em lançamento no momento, então pode ter certeza que é só questão de tempo, Jujutsu ainda vai divertir muito a gente.

Até a próxima!

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