The Aquatope on White Sand – ep 5 – A mãe que só quer ser uma boa mãe
Quem diria que a chegada da Fuuka mãe seria algo tão tranquilo e positivo, mesmo com a questão da fuga repentina e as outras coisas envolvidas? De certa forma, é até revigorante ver que nem sempre os pais dos animes vem para criar tumultos, além de mostrar como não se criar um filho e destruir sua vida no processo.
Flávio: Apesar da expressão fácil indicasse que a mãe da Fuuka estivesse brava, não vimos nenhum ataque de fúria. Pelo contrário, havia uma mãe preocupada com a sua filha, e querendo ter a oportunidade de estar novamente próxima da garota.
JG: Eu confesso que durante todo o episódio eu fiquei surpreso com o fato de ela realmente não estar aborrecida, ao contrário, ela parecia mais focada em resolver o seu problema que no caso era se conectar a filha.
Uma das coisas que gostei bastante na situação das duas, é que a mãe não era do tipo que estava afastada da filha por ter problemas com ela – na verdade talvez até quisesse ter. O que vemos é alguém que está tentando se aproximar de outra, que pela circunstância da vida se viu forçada a viver longe, sem acompanhar de perto as suas mudanças.
Flávio: A mãe da Fuuka quer recuperar o tempo perdido. Infelizmente achei que houve pouco tempo para que mãe e filha resolvesse suas divergências juntas
JG: Aqui eu endosso a sua fala e digo que eles poderiam ter criado um mini arco aproveitando melhor essa reaproximação entre as duas, até porque durante o episódio a mãe tece vários comentários que aludem ao fato de ela não saber direito o que acontece com a filha, suas preferências e outros tópicos que saberia, caso estivesse ao seu lado enquanto ela atuava como idol.
Houve momentos em que ela se pergunta o porque do aquário, ou se a filha gostava da vida marinha antes – um sinal desse conflito interno. Infelizmente acho que essa chance acabou ficando perdida, mas quem sabe não consertam esse erro caso a personagem retorne.
Flávio: Pessoalmente gostaria que tivesse um pouco mais de drama na resolução do conflito, mas o desfecho não foi ruim ao meu ver.
JG: Penso que o desfecho foi coerente com o que filha e mãe demonstraram nesse episódio. A mulher demonstrou ser compreensiva e ao mesmo tempo preocupada com o bem estar da filha.
Então, se para a menina estar no Gama Gama lhe ajudaria a por a mente em ordem até que ela volte para casa, porque não deixar que ela se recupere, se desenvolva e retorne melhor para as duas conseguirem aproveitar o tempo juntas como a família que são.
Flávio: Concordo
JG: Falando em família, o que é a mãe da Udon? Eu achei que a vidente só apareceria naquele começo e nunca mais, agora ela volta em seu estado natural e sem o disfarce.
É outra mãe gente boa, bem como uma pessoa divertida e alto astral, provavelmente deve permanecer como suporte das protagonistas – como a maioria dos adultos aqui -, mas é alguém que eu gostaria de ver mais vezes.
Flávio: Apesar de serem personagens secundários, a mãe da Udon e o Umiyan são os personagens mais divertidos do anime, ao lado da Udon-chan
JG: Gostei muito dela como piloto de fuga, mas o curioso da sua aparição no episódio, é que os meninos tiveram a brilhante ideia de ajudar a Fuuka a fugir, no calor do momento e sem pensar.
O natural é que ela fosse a voz da razão e não apoiasse a ideia, mas ela ajudou, mesmo estando do lado da mãe e recomendando que a Fuuka lhe procurasse quando estivesse na outra cidade.
Flávio: Diferente da Kukuru e do Kai, a Udon ajudou de fato a Fuuka, arrumando um lugar para fica. Enquanto os dois companheiros de trabalho da protagonista, simplesmente disseram para ela fugir sem destino certo.
JG: Como são dois adolescentes desmiolados, não dava pra esperar muito, mas me espantou que a Kukuru ficou tão cega no momento que além de mandar a amiga fugir sem rumo e sem nada, até esqueceu que estava dispensando sua força de trabalho, logo ela que é tão voltada para o aquário.
Mais chocado ainda fiquei, porque quem notou isso foi exatamente o Kuuya, que eu imaginei ser o que menos se incomodaria com a notícia, já que ele tem aquele problema com garotas – querendo ou não, seria menos uma pra lidar.
Flávio: Apesar da dificuldade de se comunicar com garotas, o Kuuya, aparentemente, é o menos imaturo do grupo (tirando os adultos).
JG: Admito que tenho uma certa curiosidade pra saber a que faixa ele pertence, já que não parece estudar no mesmo ano do Kai, mas também não aparenta ser mais velho que a Fuuka – fica a curiosidade.
De toda sorte a questão aqui é que se a maturidade faltou neles, dá pra dizer que por um golpe de sorte a protagonista voltou a sua razão e se impediu de fazer uma besteira. Aliás, correção, por uma infeliz coincidência.
Flávio: A identificação com o peixe que a Fuuka disse ser parecido com ela, a fez voltar, significando um senso de responsabilidade.
JG: Por alguns instantes eu achava que a identificação que ela teve fosse algo mais superficial – sem grande relevância -, mas ver ela dar um giro ao se lembrar do animal, prova que não era algo tão simples.
Assim como você, também acho que o senso dela falou mais alto e imagino que isso vá ser muito importante pra que ela descubra onde errou com o seu sonho e consiga dar a volta por cima, enquanto apoia a Kukuru.
Flávio: Se o senso de responsabilidade não falasse alto, a Fuuka tinha feito mais uma besteira, pois assim que entrasse em contato com a mãe, a mesma iria ao encontro da filha onde ela estivesse.
JG: Ao fim ela e a mãe chegaram a um bom acordo, pois vai ter tempo para se desenvolver e ajudar a amiga, mas com a promessa de um retorno breve – até para que a pobre mulher tenha sua chance.
Infelizmente imagino que o anime não vá tocar nessa parte, mas seria interessante ter um vislumbre do pós Gama Gama na vida dela, de volta a sua realidade e porque não, correndo atrás do que tinha.
Agora resolvido o primeiro problema, que na verdade nem chegou a ser uma ameaça real – mas sim algo bom para incentivar a Fuuka -, qual será o próximo evento ou encontro na vida da dupla?
Agradecemos a quem leu e até a próxima!