Peach Boy Riverside – ep 5 – Coelhinha com surpresinha
Sei que esse título é horrível, mas também não gostei nenhum pouco do anime não ter retomado de onde parou o terceiro episódio. É a cronologia zoada, certeza. Lá no fim vou olhar e posso ver mais sentido nessa abordagem, por ora confesso ainda não ter conseguido entender, assim como eu não entendi de onde a Frau tirou aquele hack. Mas vamos falar sobre preconceito, decepção e amizade, além de vampiro que brilha…
Infelizmente, o vampiro do episódio não brilha a luz da lua, as zoeiras seriam melhores se fosse o caso. No máximo ele brinca com sangue e por um momento a sagacidade dele ao lidar com a Sally me fez pensar que uma cena ecchi se materializaria no meio de um momento que deveria ser bem mais dramático. Felizmente, isso não aconteceu, inclusive, o medo da Sally de tentáculos meio que foi explicado, e esse até me convenceu.
É uma besteira, eu sei, mas o que não é nesse anime? Quase tudo. Por exemplo, a questão do preconceito e a ignorância da Carrot quanto a isso foram bem interessantes para tanto fazer com que dúvidas brotassem na personagem, quanto criar uma situação em que seus laços com a Sally se fortalecessem. Porque ela duvidou da companheira e sem querer colocou sua vida em risco, mas na hora H mostrou que se importava.
A Carrot está ficando “humana” por começar a se importar com humanos e se apegar a eles? Eu não diria necessariamente isso, diria mais que ela está construindo uma consciência além do senso comum, algo que a Sally tem mesmo que a Carrot ache estranho ela não usar seu poder contra humanos. Aliás, a Sally sequer controla seu poder, no máximo ela tem sim consciência de que tem um poder e a quem ele atinge, mas não o doma por completo.
Então sim, esse episódio trouxe informações novas, expôs a questão do preconceito para quem ainda não havia sido apresentada a ela (a Carrot) e pincelou mais coisas sobre a Frau. Foi interessante e legal? Foi interessante e legal. Ainda assim, fiquei com um gostinho ruim na boca após vê-lo. Por quê? Por causa justamente do último ponto, ou melhor, nem dele exatamente, mas da reação a ele. Sério que a Sally nem chorou?
Entendo que ela estava com a adrenalina a mil, com raiva e tudo mais e que conhece a Frau há pouco tempo, mas poxa, elas já passaram por um bocado e até a Carrot demonstrou mais abalo quando achou que a vida da Sally estava em perigo do que a Sally demonstrou quando viu a Frau sem a metade de cima. Nisso acho que o anime foi mal, pois por mais que estivesse na cara (mas só para a gente) que a Frau não morreria, ainda assim ficou…
Estranho, para dizer o mínimo. Além disso, o breve trecho em que o vampiro conta da sua paixão por uma humana e de como cedeu a sua sede de sangue (a sua natureza de ogro) foi interessante por prover um novo ponto de vista a Carrot, de alguém que já havia se envolvido com humanos, mas que mesmo assim não conseguiu perder sua faceta perversa. Matar alguém que se ama é perverso, quer seja instinto ou não.
Tudo bem, eu sei que a Carrot nem tem chifre mais e não deve passar por isso, mas fica aí para ela mais uma coisa sobre a qual refletir, a qual inclusive deve ajudá-la a entender melhor a Sally e não julgá-la por não ser tão “boa” quanto ela gostaria. Por fim, gostei do episódio e de seu desfecho, afinal, acabou sendo proveitoso conhecer a história do ogro. Tirando o hack da Sally (que um dia quero entender melhor) o episódio foi sim bom e equilibrado.
Até a próxima!