Peach Boy Riverside – ep 10 – Vou-me embora pra Legedia
A espada do protagonismo chegou para o Hawthorn e ele resolveu a parada com um golpe só. Você gostou? Eu não gostei. o anime todo é com as garotas lutando para a última luta (cronologicamente falando) ser resolvida pelo mais fraco do grupo? Nada contra ele ganhar destaque, sequer sei se não houve motivo para a espada ter caído nas mãos dele (devemos ver isso nos últimos episódios), mas poxa, o fim não deixou um sabor agridoce na boca?
Felizmente, houve aquele plot twist no final, o qual talvez nem possa chamar assim se pensarmos que com a recusa do Todoroki não restava muito mais utilidade ao personagem na trama. Inclusive, ele acaba é ajudando a inflamar um conflito que vai se desenhando para ganhar vida em uma eventual segunda temporada, que se ocorrer mesmo deve rolar em Legedia, a cidade utópica para a Sally que duvido ser essa coca-cola toda.
Enquanto o Hawthorn foi salvo pelo roteiro (posso me retratar nos próximos episódios, mas por ora é isso), a Frau e a Carrot usaram suas cartas na manga, a primeira a força provida por seu passado misterioso, a segunda a inteligência que a levou a virar o jogo mesmo encurralada. Não achei essas lutas ruins, até porque elas renderem bem mais que a luta da Sally, que dessa vez foi mais uma tolinha de boa vontade.
Aliás, a “luta” dela com o Sumeragi foi vergonha alheia, pois não dá nem para dizer que ela venceu com o discurso no jutsu, ela apenas foi usada para criar o cenário desejado pelo vilão. Além disso, é sério, não consigo entender toda aquela urgência com a qual elas saíram para salvar o companheiro quando no final ele se salva sem a ajuda delas e elas sequer aparecem para ver. Esse final não foi meio decepcionante?
Quanto aos antagonistas desse arco e suas motivações, não tenho muito a acrescentar, apenas que não achei nada demais delas, no máximo me pareceram rasas devido a falta de tempo para alongar, mas okay, não tinha como aprofundar demais, aquilo foi suficiente. Deu para entender o complexo do Shinki, assim como a lealdade do Basoo ou o apreço que o Todoroki nutria pela Carrot. Ela é bonita e gentil, que semelhante não se apaixonaria?
Digo, semelhante de fisionomia, característica exaltada para abrir caminho no processo de inserção do Todoroki no grupo da Sally, coisa que não aconteceu e achei até bom ter sido assim, afinal, não era a Carrot que tinha um certo acordo com o Sumeragi? Talvez ela tenha se desfeito dele nos próximos episódios que veremos, mas mesmo se for esse o caso, é fato que ela tem uma conexão com o vilão.
Então, como ela vai ficar depois que descobrir que foi ele quem matou o Todoroki? Além disso, o ogro do sono colaborou com o vilão, não à toa foi ele o responsável por botar o Mikoto fora da jogada. O ódio da Carrot por alguém da própria raça e a presença de ogros misteriosos na trama tende a dá-la mais cores, isso, claro, se for renovada para uma segunda temporada. Senão esse final impactante não terá valido de muito.
No fim, após a recusa da Sally o Todoroki se tornou praticamente um personagem descartável cuja maior utilidade na trama seria essa mesmo, morrer a fim de se tornar um motivo de conflito futuro, o qual deve se desenrolar em Legedia, a tal cidade utópica que de duas uma, ou não é assim tão livre de preconceitos quanto parece ou mudará após a investida do Sumeragi, que deve aproveitar o enfraquecimento da oposição.
O grupo do Todoroki foi dizimado e o Sumeragi tem um acordo com seu único remanescente, então acaba que essa luta toda só fortaleceu os seus propósitos escusos. O mesmo não posso dizer da Sally, que foi enrolada como o vilão bem quis e demonstrou certa dissonância com seus próprios companheiros ao tentar acalmar os ânimos do Hawthorn após este revelar seu ódio, mais do que compreensível, pelo garoto elétrico.
Se o anime seguisse a ordem cronológica este seria seu último episódio. Um bom episódio? Sim, mas confesso não ter gostado tanto das lutas e nem da ingenuidade da Sally. Ainda assim, acho que há margem de melhora para a heroína e que não foi exatamente ruim vê-la dando com os burros n’água. Ser rejeitada, ainda mais após rejeitar, constrói caráter. Vamos ver até onde as convicções da Sally vão levá-la. Até Legedia e além?
Até a próxima!