Não vou me aprofundar na cena meio enigmática entre o chefe dos guerreiros goblins e o irmão do Shitan, só digo que quando aparecer uma mulher misteriosa na trama já sabemos, é a bruxa. Além disso, gostei das considerações feitas sobre o Shitan e o trabalho dele de “espião”, mas duvido que isso acabe tomando proporções maiores na trama, diferente do evento interessante que ocorreu nesse episódio…

Uma coisa que eu não estava gostando tanto durante o episódio é do instinto “conveniente” da Fena e da caracterização quase hipnótica dele. Contudo, devemos admitir que isso havia sido citado anteriormente, o que talvez denuncie que o chefe sabe de mais do que revelou. Digo, é certeza que ele sabe, o trecho inicial passa essa ideia, a questão é que ele deve saber que a memória da garota foi manipulada de fato.

Além disso, pode saber de mais detalhes, que não revelou por interesse próprio ou algum outro motivo. O fato é que a jornada da Fena não é uma jornada dela, é uma jornada herdade (como já havia comentado anteriormente), mas que mesmo assim isso não significa que ela não possa reivindicá-la para si. Vai depender de como as coisas se desenvolverem a partir do momento em que passos maiores precisarem ser dados.

Para tal, as coordenadas eram necessárias, e mais uma vez as circunstâncias foram justificadas por uma informação prévia. Tudo bem. Não está tudo bem é terem deixado a Fena se afastar para rolar o que aconteceu, mas, convenhamos, só assim para a reviravolta (um conceito em si bastante previsível) rolar, ainda mais depois do que a pirata ruiva revela sobre os goblins. Nada surpreendente, né, eles são fodas, já mostraram.

E acho ainda mais engraçado o Yukimaru ser um espadachim sangrento de primeira, mas também ser inexperiente com mulheres e ter uma personalidade fechada. Quando o Shitan o pergunta se ele gosta da Fena nem precisava da resposta corporal que ele deu, mas ela acaba vindo para justificar e reforçar a personalidade dele e a naturalidade, a inconsciência, com a qual esse sentimento se dá. É mais forte que ele. É amor.

E se aproveitando desse sentimento, mas não só dele, como do laço de companheirismo que se cria na viagem, é que o sequestro da capitã toma forma e eleva a qualidade do episódio (que nem estava ruim até ali) como um todo. Repito, é meio piada uns mercenários fodas deixarem a pessoa que estão escoltando se afastar e ser sequestrada, mas de resto, foi o melhor (ainda que previsível) desenrolar possível.

Até porque, convenhamos, a “armadilha” foi bem feita, as cenas cômicas e bobinhas das piratas até aquele momento indicavam outra surra e não uma vitória de lavada, justificável mesmo com a afirmação de que precisavam da Fena. Seria muito arriscado e pouco inteligente arriscar a vida dela. Mais produtivo seria dançar conforme a música, até se pensarmos que são mais fortes que suas inimigas, “basta” resgatarem a Fena.

É claro que assim fica parecendo fácil, mas é o que deve acontecer, né. Em meio a isso, temos a revelação de que elas procuram o tesouro do el dourado e fico me perguntando como conectar a Joana D’Arc a ele sem parecer tudo uma grande teoria da conspiração da antiguidade. Aliás, há tanta história assim que não duvido que algumas sejam verdade, como a Joana D’Arc ter uma descendente que fala japonês, olha que beleza?

Por fim, ainda está tudo no ar, mas não acho que as respostas para as perguntas serão assim tão mirabolantes. Fena: Pirate Princess trabalha em cima de um território seguro, tanto que consigo enxergar certa previsibilidade mesmo nas coisas que exalto no anime. Quer coisa melhor para potencializar os laços entre as personagens que situações críticas (como um sequestro é)? Além disso, vai que ela se encontra com o Abel, né?

Esse desenrolar propõe caminhos mais interessantes do que haveria se tivessem saído ilesos. Eles não devem ir em cada um dos lugares quando recuperarem a Fena, mas achei interessante o fato da pista não ser tão direta, passa uma ideia de que o que há em uma dessas coordenadas (e vai que está repartido entre as quatro?) é tão grande, é tão incrível, que deve ser protegido a sete chaves para a Fena, a herdeira prometida.

Até a próxima!

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