Diante do fatídico fim, a Kukuru esgota as possibilidades mais absurdas nas horas que lhe restam e os demais já vão entregando os pontos, cientes da “derrota”. Porém nesse meio você percebe que a coisa passou do limite, quando o Kai decide se forçar um pouquinho para ajudar sua querida amiga, nem que seja moralmente. Afinal, qual será o destino do Gama Gama e desse povo?

Flávio: O desespero tomou conta da Kukuru, que está com medo de perder coisas importantes em sua vida como o aquário e a amizade com a Fuuka.

JG: A primeira coisa que eu queria pontuar, é que achei esse episódio um tanto “depressivo”, porque era a Kukuru se amarrando a gotinha de esperança que lhe restava, mas praticamente sozinha. Até a Fuuka já estava traçando um plano B, mesmo se propondo a ajudar a amiga enquanto ainda podia.

Como foi dito antes, deu para perceber o nível da coisa, só pelo fato da menina apelar para algo que ela não tinha controle, apelando pra forçação de barra e “mentiras” – embora o que ela disse não necessariamente esteja errado, só não é como ela idealiza.

Flávio: A Fuuka ganhou uma nova oportunidade que ela não imaginava que fosse mais possível.

JG: Admito que foi algo diferente do que eu esperava, dado que ela era uma idol, mas acho que é bem interessante que abram essas possibilidades de poder atuar em outras áreas que ainda aproveitam os talentos artísticos dela.

A confusão mental em que ela entrou após o convite, também é algo que consigo compreender, porque a menina já estava se readaptando a vida sem aquilo, e de repente a porta se reabre. Ao mesmo tempo em que isso acontece, as portas do sonho de sua amiga se fecham, e diferente dela que lidou de uma forma mais equilibrada com as próprias questões, a Kukuru “quebra” muito fácil – e a Fuuka percebeu tudo isso.

Flávio: Se a Fuuka aceitar o papel que foi oferecido e tiver uma boa atuação novas oportunidades surgirão, inclusive um possível retorno á carreira de idol. Vale lembrar que idols fazem várias funções além de cantar e dançar, como atuar e participar de campanhas comerciais.

JG: Na verdade não sei se você pensou o mesmo, mas em alguns momentos, notei que sempre que algum personagem falava sobre a necessidade de terem uma ideia ou de pensarem em algo, a cena focava na cara da Fuuka.

Esse detalhe me fez pensar o seguinte, caso o diretor ainda esteja procurando a locação e a atriz – caso ela não tope -, será que não seria uma oportunidade de aproveitar pra usar Okinawa e o Gama Gama como plano de fundo?

Até porque se não não estou doido e vendo coisas, a menina chegou a comentar que o tema do filme era algo praiano e solar. Enquanto assistia essa teoria ficou martelando na minha mente, esse ser o disparo final da Fuuka pra ajudar a amiga e a si mesma.

Flávio: Seria interessante se o Gama Gama fosse escolhido como cenário desse filme, além de ser uma das poucas opções viáveis para salvá-lo.

JG: A visibilidade ajudaria muito a Kukuru, especialmente pela possibilidade da magia acontecer durante as gravações, com as outras pessoas da equipe vivenciando isso – e posteriormente os visitantes novos -, seria uma saída bem curiosa.

Falando em aquários, no final das contas parece que o diretor esqueceu do gancho que deixou no episódio anterior, pois nesse não tivemos nem um vislumbre do que a Kukuru foi fazer. Será só esquecimento ou vão tentar resgatar isso em outro momento, caso necessário? – o que acho difícil.

Flávio: Pode ser que a visita á construção do novo aquário não tenha relevância. A Kukuru pode ter ido só para refletir ou por mera curiosidade.

JG: Refletir acho que foi a coisa mais feita por ela nesses últimos dias, porque está difícil carregar tudo nos ombros sozinha.

Inclusive nesse tópico, além da Fuuka que tem sido mais presente, gostei de ver a ação do Kai na tentativa de ajudar a quem gosta. Na verdade digo até que foi bom ter visto um pedacinho do passado deles, justamente para entender algumas das angústias que sente em relação a ela, para além do amor ainda não correspondido e confesso.

Flávio: Se a Kukuru refletiu, não refletiu direito até aqui. Apelar para as “forças místicas” mostrou o tamanho do desespero da garota. O Kai é um dos personagens que mais se esforça pela Kukuru, mas foi o último a ser lembrado por ela. Ele tentou diversas vezes ajudá-la com palavras, mas não conseguia e nem sabia o que dizer.

Quando não dar para usar palavras, basta um gesto, mesmo que seja oferecer as mãos para a Kukuru extravasar a angústia através de socos. Assim como ele empurrou sua versão infantil durante a visão, alguém poderia dar um empurrãozinho ao Kai para ele declarar seus sentimentos a Kukuru.

JG: Eu penso que durante todo esse tempo ele sentiu uma certa culpa por nunca ter podido fazer nada expressivo, mesmo gostando muito dela.

A ilusão que ele teve no aquário me parece ter vindo justamente para que ele se libertasse e pudesse seguir adiante, pois se reparar bem, depois dessa experiência ele se abriu um pouco mais, teve uma certa iniciativa de apoiar ela, ao invés de esperar que ela pedisse pela ajuda. Dito isso, acho que é questão de tempo para que ele se mova quanto aos seus outros sentimentos – e espero que seja bem sucedido.

Flávio: Todo o apoio é necessário para que a Kukuru não se sinta desamparada.

JG: Agora preciso mencionar um lamento e uma dúvida que tive no fim desse episódio. O lamento é que diferente da Kukuru, não mostraram um relance dele no futuro após mostrar o que lhe preocupava – imagino que para não dar mais spoilers que o necessário.

E a dúvida é o motivo pelo qual ele escondeu que teve uma experiência miraculosa com o aquário. Seria essa a forma dele de proteger a menina de si mesma? Porque se ele abrisse o bico, só consigo imaginar que o pouco que ela conseguiu aceitar e se corrigir, acabaria indo pelo ralo.

Flávio: Se ele contasse a estimularia a continuar com esse plano absurdo. Gostei da forma como o avô da Kukuru lidou com a situação sendo paciente com ela.

JG: Eu acho que o avô dela tem a postura que todo homem maduro e sábio deve ter, ser paciente e manso, porém não omisso. Ele intervém sempre que necessário e talvez pela calma que passa, é que a neta o respeita, segue firme e capaz de entender os próprios erros – ainda que siga imatura.

Agora que se desfez dos seus erros, resta saber qual a decisão da Kukuru em relação ao seu sonho e também qual a posição da Fuuka, porque ambas estão em facas de dois gumes, cada uma a sua maneira e sem tempo de pensar muito.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

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