Love Live! Superstar!! – ep 7 – “Plot twist”
Eu me pergunto como deve ter sido a reunião entre os integrantes da equipe criativa do anime para decidir os rumos da trama.
Porque, sério, foi muita trollagem em seis episódios dar a entender que a escola não seria fechada para no sétimo recorrer a esse plot batido que é a cara de Love Live!, como também a cara da mediocridade.
Ainda assim, eu consegui gostar do episódio e agora vou explicar o porquê.
O foco descarado na Ren após a recapitulação era o caminho natural para a trama, afinal, que outra personagem faltava ser anexada ao grupo? Eu só acho bobo não mostrar o rosto da mãe dela, ainda mais após vermos sua aparência mais jovem.
Mas o que é isso comparado a ressuscitar o plot da escola fechada dos mortos, né? Ainda mais após fazer muita gente da comunidade acreditar que isso era assunto superado.
Em todo caso, temos uma estradinha antes de chegar lá e ela passa não pela Keke falando chinês quando está emocionada ou pela transferência de curso da Chinatsu e como ela fica fofa em qualquer uniforme, mas pela eleição do conselho estudantil, mais exatamente de sua presidente.
A Ren nem era presidente ainda, “só” filha da dona, uma figura confiável, tornando suas promessas de campanha infundadas um baque para todas.
O fato é que se a Kanon realmente parecia a escolha ideal para combater a Ren; a personagem de cabelo laranja/rosa em Love Live! é tipo o Goku, descasca (quase) qualquer pepino por pior que seja; não focar na competição pelo cargo e sim aproveitar a lacuna de obviedade, que era a vitória da Ren, foi uma escolha mais adequada.
Menos enganosa do que foi cozinhar a gente até revelar o lance da escola estar em perigo.
Porque a Ren é a presidente do conselho, e esse clichê não faço questão de abrir mão, ainda mais por se tratarem de idols ESCOLARES.
Assim como gostei da divisão de “funções” que há entre a Keke e a Sumire, afinal, se a Keke é a principal responsável pelas caras e bocas, além de ações que movem o plot (ela que insistiu para o clube tentar combater a Ren), a Sumire também é muito cômica, mas ela é o “bode expiatório”.
Qualquer marmota que precisam fazer acaba caindo no colo dela, e o pior é que ela pede para passar vergonha, o que agradeço profundamente, afinal, todo o lance da eleição dela e a tentativa de “comprar votos” com takoyaki foi hilário.
Desculpa Sumire, mas te ver sofrer é bem divertido. Além disso, é como escrevi acima, não adiantava insistir na eleição, ela não era o foco, apenas um meio de fazer o plot da Ren andar de vez.
E aí entra a cena da Ren botando a diretora “contra a parede”, algo que já adiantava a insistência dela em fazer o melhor para a “escola”, o que ela não via na ideia das idols.
O problema todo girava em torno da escola e como ela está intimamente ligada a ela (sua mãe estudou lá, ou estudou no que antes era a escola e a transformou na Yuigaoka depois, não sei), não tinha como ser mais cômodo envolver os dois, né?
O meu incômodo vem de sacar esse plot super manjado de Love Live! só agora na metade do anime, pois ainda que a gente pudesse ter suposto ele desde os primeiros episódios, é fato que nenhum indício claro foi dado e que só recentemente, mais exatamente nesse episódio, ficou claro que o problema era com a escola.
A aversão da Ren às idols decorria disso, ainda que ela talvez esteja sendo é burra com esse pensamento.
Porque, sério, devem usar o clube de idols para recolher fundos e salvar a escola. Mais previsível impossível. E a Ren não pensa nisso. Talvez ela tenha mesmo algo pessoal contra as idols escolares, mas imagino que passe mais pelo problema da escola mesmo.
De toda forma, a parte mais de boa do episódio fecha muito bem com a Ren sendo seguida em uma sequência de marmotas hilárias que eu nem preciso comentar aqui, né.
E entre a fantasia de cocô da Sumire e a empregada fofa com pintinha da Ren eu fico com o cachorro grandão cujo nome e Chibi.
É sério, eu posso até ter ficado chateado pelo clichê da escola em dificuldades, mas esse episódio foi um prato cheio para a comédia e devemos apreciar isso.
Aliás, se a gente for ver bem, Superstar!! é a terceira geração de fato, só Niji, o dito “spin-off”, que não é, e lá a escola é rica, então…
Não dá para negar que a produção tem padrão e que vai surpreender se a quarta geração não tiver problemas com a escola, aí sim vai, pois até agora apenas dançamos como macacos na palma da mão da dona Lantis hahahahaha.
Voltando a trama e a seriedade, foi sacanagem a Ren zoar com sua promessa de campanha logo no primeiro pronunciamento, mas entendo a situação dela, ela precisava garantir a vitória a todo custo.
Abrir os problemas financeiros para outra aluna e perder o poder complicaria uma situação, sob o ponto de vista dela, que só podia ser resolvida ou suportada por ela, sob o ponto de vista dela.
Mal sabia a jovem presidente que os problemas financeiros dos Hazuki seriam revelados as idols e que a partir daí a Ren receberá ajuda de quem ela justamente só via atrapalhando. Isso é legal. Vamos ver aonde isso vai dar; em música, claro.
Até a próxima!