A batalha final iniciado no episódio passado continua sem ter o seu vencedor decidido. Falta pouco, muito pouco para que tudo seja definido e se encerre. Agora o anime está a apenas um passo do seu final.

Uma coisa muito significativa nessa parte final de Digimon é a necessidade de salvar não somente o digimundo, mas também o mundo ao qual os escolhidos pertencem. O nosso mundo, o mundo normal. Ele estava esquecido nos últimos episódios e aqui finalmente voltou a ter a importância que tanto merece.

Esse lembrete do nosso mundo é importante justamente pelo momento em que o anime se encontra. Essa jornada vai acabar, e quando isso acontecer eles retornarão para “o lado de cá”.

Isso claro, desde que consigam superar esse último e maior desafio que se ergue contra eles. É uma tarefa muito complicada, da qual somente juntos conseguirão superar. E união foi algo que esse episódio soube mostrar, ainda mais, veja só que curioso, ao separa-los na hora do combate.

Pois embora eles compartilhem um mesmo objetivo, as suas funções dentro do grupo e dentro dessa grande aventura é muito própria de cada um deles. Podemos separar os escolhidos em três diferentes grupos, cada um com suas características próprias.

O primeiro grupo que gostaria de comentar são o dos “auxiliares”, formados por Mimi, Joe, Koushirou e Sora. Se tem uma coisa que eu não posso reclamar desse reboot é do tratamento que os personagens tiveram. Porém, exalto em especial o nome desses quatro, porque eles de fato merecem.

O Koushirou foi um personagem muito importante em diversos momentos, sempre utilizado de forma majestosa. A Sora também teve excelentes momentos, em especial nas suas interações com o Taichi. Agora o que dizer do joe e da Mimi? Eles foram um alívio cômico bem utilizado pelo anime do início ao fim.

E se esse quarteto recebeu a atenção merecida, então com os caçulas do grupo não foi diferente. Tanto o TK quanto a Hikari tiveram momentos incríveis nesse reboot, sendo a luta contra o Milleniumon o auge de ambos.

Aqui ainda tivemos mais um momento interessantíssimo sobre eles, ao anime nos recordar de suas curiosas conexões com digimons sombrios, mesmo que eles próprios sejam digimons extremamente sagrados.

E por fim, tenho que destacar a dupla de líderes. Porém, aqui eu começarei com uma crítica. O Yamato ficou devendo muito nesse reboot, ainda que goste de muitos momentos dele não consigo deixar de sentir que ele poderia ser muito mais do que foi.

Inclusive, que ele deveria merecer a atenção que aqui recebeu, mas que não merece isso de forma alguma. Ele não conseguiu ser esse segundo líder do grupo, salvo pequenos momentos aqui e ali.

E tudo bem, muito disso se deve ao simples fato dele ser completamente ofuscado pelo Taichi. Que foi de longe o personagem que teve mais importância e que receber maior atenção.

Sim, parece óbvio que seja dessa forma já que ele é o protagonista principal, mas de fato o anime exagerou em focar tanto no personagem. Porém, ainda que com certo exagero é inegável que o personagem fez por merecer tamanha atenção.

Foi de longe o melhor personagem desse reboot e tenho convicção que ainda vai fazer mais coisas surpreendentes no próximo episódio. E vai precisar, pois o vilão final está sendo um grande desafio.

Confesso não gostar tanto da ideia de vilões monstruosos, embora eles possam sim ser utilizados corretamente. Contudo, acho bastante coerente que ele tenha tal aparência já que o inimigo final se mostra mais como uma força destruidora que nega toda a existência do que um ser pessoal.

Um rei do mal, com toda a sua crueldade e sede de conquista é sempre pessoal. Mas não uma força da natureza, ela é sempre impessoal. E nesse sentido o anime acerta completamente em ter um vilão final que seja impessoal.

Por fim, não posso deixar de destacar a linda cena onde o belo conceito de luz da esperança reaparece nesse episódio. Toda a cena eu achei de fato muito linda e comovente.

Aliás, eu gostei muito da parte visual do episódio. Sei que ele de fato não foi tão bem animado em diversos momentos, mas ao menos senti que o anime tentou ao máximo transformar esse episódio em algo a mais.

E só essa vontade de elevar o anime apesar de suas limitações é bastante linda. De toda forma, toda essa cena culminou no retorno do Omegamon.

E finalmente ele foi utilizado no momento correto. Eu gostei da cena e não tenho como reclamar como das outras vezes, ao menos não pelos mesmos motivos. A justificativa que apresentarei aqui é bastante simples e previsível.

Exato, me refiro justamente ao fato do Omegamon já ter aparecido anteriormente em outras oportunidades. Isso tirou muito do impacto da cena, muito mesmo.

Contudo, ressalto poderia ser pior. Seria pior se o anime tivesse utilizado ele ainda mais vezes e se já não tivesse feito tantos episódios que ele apareceu pela última vez.

Agora já faz tantos episódios que nós não o vemos que ainda que a sua aparição não surpreenda, ao menos podemos ter um sentimento sincero de saudade por vê-lo novamente.

Enfim, esse foi um episódio muito bom. Espero que o último episódio consiga ser ainda melhor.

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