Mushoku finalmente voltou para a felicidade de muitos. Particularmente eu adoro a obra, apesar de seus defeitos e estou com uma ótima expectativa sobre essa segunda parte.

Após 11 episódios na primeira parte, Rudeus, Eris e Ruijerd vão continuar sua jornada em busca de encontrar o restante de suas famílias. Claro que no meio disso muita coisa vai acontecer e sinceramente eu estou bem animado para acompanhar essa jornada.

A primeira parte de Mushoku foi lançada em janeiro deste ano. A segunda parte seria lançada no meio do ano, mas teve que ser adiada e cá estamos. Confesso que por conta desse adiamento, estava um pouco apreensivo sobre a qualidade visual, afinal, ultimamente temos tido alguns casos bem ruins de projetos adiados.

Mas bastaram poucos minutos para entender que a qualidade continua ótima e a parte visual, sensacional. Não vou ficar dando palpite sobre cenas fluidas e afins, mas mesmo um leigo como eu consegue perceber que há algumas cenas bem interessantes com fluidez.

E esse é um dos pontos fortes de Mushoku: a parte visual. A história é muito boa também, mas precisamos exaltar algo tão bem feito. São vários detalhes que chamam a minha atenção e confesso que por vezes paro de prestar atenção na cena para admirar essa parte.

O primeiro diferencial é a falta de uma abertura fixa. Dos mais de 900 animes que vi, lembro apenas de Akatsuki no Yona que tinha algo similar. Aqui, temos uma música de fundo com imagens dos personagens andando pelo cenário em meio a vida que ali acontece.

É algo muito interessante e ao meu ver, traz uma imersão bacana. Além disso, temos muitas cenas estáticas do próprio cenário que também são bem construídas e interessantes. É algo realmente bem mais interessante que o mangá (talvez a light novel).

Mas ok, nem só da parte visual Mushoku merece destaque. A história até aqui seguiu o que ficou pela metade na parte 1 e agora, teremos 12 episódios pela frente.

Logo de cara, os nossos protagonistas detectaram um problema para a sequência de sua jornada: dinheiro para embarcar o Ruijerd, por conta de sua raça. Esse acabou sendo o ponto central do episódio e deve ter sua influência nos próximos.

E a verdade é que os pontos realmente importantes não são os problemas, as lutas e afins. Aqui, a grande estrela é o desenvolvimento do Rudeus e da Eris, tendo como suporte o Ruijerd, que por vezes acaba tendo seu desenvolvimento também.

Deixando de lado a moral extremamente duvidosa do Rudeus, eu acho interessante essa dualidade de sua personalidade velha e sábia se misturando e/ou cometendo erros infantis. É algo realmente interessante que para alguns pode ser interpretado como um defeito do roteiro.

Fato é que essa evolução é acompanhada de falhas que por vezes afetam o relacionamento dele com o restante do grupo. É aquela coisa: ele é jovem e por mais que tenha maturidade para muitas coisas, para outras ele ainda precisa amadurecer.

Essa viagem é o grande ponto de partida para ele desenvolver esse amadurecimento. E não só isso, pois também temos a Eris, que de uma garota violenta e mimada, vem se tornando numa mocinha esforçada e dedicada.

A solução da vez encontrada pelo Rudeus foi bem interessante e fez sentido. Porém, o ponto alto foi a conversa com o Ruijerd sobre, afinal, ali ele finalmente entendeu determinadas coisas que no fundo, ele sabia…

Em sua situação, sacrifícios são necessários, porém, decidir tudo por conta própria é uma das piores opções, ainda mais quando isso envolve os sentimentos daqueles que são importantes para você.

Mas ok, ele ainda é “jovem” e com o tempo deve aprender a lidar melhor com essas situações. Fora isso, também tivemos um novo poder sendo concedido para Rudeus. Foi uma cena bacana e tal, mas parece que aliviaram bastante perante o original e com isso, um pouco da essência da cena foi perdida/amenizada.

De qualquer forma, temos um quase retorno da Roxy também. Ela ainda não se encontrou com o Rudeus e confesso que acho difícil isso acontecer, considerando a situação em que ele se encontra.

A verdade é que o Rudeus ainda não está pronto para se reencontrar com ela. Se isso acontecer, creio que ele vai acabar dependendo muito de sua mestra e com isso, todo o desenvolvimento que ele poderia obter vai por água abaixo.

No final das contas foi um retorno bem bacana e satisfatório de ver. Perversões do Rudeus a parte, a obra continua entregando história e visuais de alta qualidade.

Por isso, a segunda parte vem para cravar o sucesso da obra e quem sabe nos deixar ainda mais esperançosos por uma sequência.

  1. Bem, eu gosto muito desse anime (nem vou falar dos problemas porque todos estamos fartos de saber que o Rudeus – ou melhor, a pessoa que ele era – tem um sério problema com mulheres de todas as idades).

    Eu não entendo muito das técnicas e tecnologias utilizadas em animação, mas assisti animes o suficiente para perceber o diferencial que Mushoku tem. É um delete para os olhos, e não tem uma vez que eu não me surpreendo ao me dar conta que o episódio já acabou (parece que não tem nem 10 minutos que estou assistindo, e de repente tá encerrando kkkkkk)

    Achei interessante você apontar sobre a personalidade do Rudeus ser contraditória (maduro e infantil ao mesmo tempo). Eu acredito que faz muito sentido que seja assim. Embora ele tenha lembranças da vida passada de quando era um adulto, ele não tem experiência quando o assunto é interagir com os outros. No inicio, ele tinha medo de sair do quintal dele. Agora ele está no mundo, lidando com os mais diversos tipos de pessoas, descobrindo que o mundo não é feito somente de pessoas como as que praticaram bullying com ele. Até essa perversão dele vem do fato de que na sua outra vida a única satisfação que ele tinha era punhetar para anime e figures. Pode ver que sempre que ele age infantilmente se refere à relacionamentos.

    Enfim, obrigada pela resenha, eu gosto de assistir e de ver o que outros estão achando também kkkk

    Abraços!

  2. Olha, pior que eu adoro também. A temática e todo o mundo que é construído em torno da história são realmente interessantes e amplos. A tonalidade das cores e os designs dos personagens e dos cenários me encantam também.

    Como você bem pontuou, parece que tem apenas 10 minutos de episódio rs.

    Sobre o Rudeus, é exatamente o que você pontuou. Ele não tem experiência alguma em relacionamentos interpessoais e isso influencia diretamente em sua tomada de decisões e todo o resto.

    Não deixa de ser interessante, mas acho engraçado pensar nisso depois de ver certas atitudes dele. Acaba influenciando a minha própria visão sobre as situações, o que acaba “atrapalhando” hahaha.

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