Finalmente temos as nossas garotas artesãs de volta e dessa vez, pode ser que a história alce voos maiores, graças a algumas caras novas, mas principalmente pelo crescimento da Himeno, que uma vez decidida, quer encontrar o seu caminho na cerâmica de outras formas.

Para quem se esqueceu ou ainda não conhece e está pegando o bonde andando, Let’s Make a Mug Too 2 – ou Yakunara Mug Cup mo: Nibun Gama – segue contando as “aventuras” de um clube de cerâmica, cujas integrantes amam dar vida a diferentes coisas, mostrando ao mundo a magia dessa arte e também a da simpática e calorosa cidade de Tajimi, um celeiro de ceramistas.

Pessoalmente essa era uma das estreias que eu mais aguardava, porque com seus poucos minutos, soube ser cativante e agradável até quando o anime fazia propaganda da cidade. Além disso, todo o enredo embora simples é muito bem amarradinho e não fica como uma história cotidiana solta sem propósitos, ele sabe aonde quer ir e trabalha tanto a parte mais calma, como alguns pequenos dramas que constroem as protagonistas – em especial a Himeno.

Esse primeiro episódio não rende muito tentando recontar as coisas do zero como alguns fazem, mas meio que institui um prólogo interessante ao trazer com mais ênfase a mãe da protagonista, que embora ausente fisicamente, é uma figura bem importante e constante na vida da filha.

Bem verdade que não é exatamente um flashback, mas achei bacana como escolheram pontos específicos da vida dela, para ajudar a menina a traçar um norte e descobrir que mesmo um gênio também tem suas peculiaridades, dificuldades e ideias malucas para chegar no seu ideal.

Na primeira temporada a Himeno basicamente teve seu tempo de escolher se queria seguir os passos da mãe, e agora na segunda estão aprofundando os caminhos que ela quer tomar, uma vez que descobriu a sua paixão definitiva, daí esse termo “o coração da cerâmica” aparecer com força.

Como a mãe é uma figura única e bem excêntrica, nada mais natural que a garota seguir a mesma linha, se abrir e tentar pensar fora da caixinha. Isso me faz pensar que o anime pode – e espero que vá – explorar um pouquinho mais a riqueza cultural de Tajimi no processo, o que é bom não só para o lado mais “comercial” da obra, como também para a própria narrativa.

Embora o trecho live action já realize esse trabalho muito bem, acredito que é legal as personagens desbravarem um pouquinho mais seu entorno e criarem situações novas dentro do que está estabelecido, até para que as coisas não fiquem muito estagnadas – o que não necessariamente é ruim, mas lima um pouco do potencial que uma continuação pode ter.

Um elemento que me faz pensar que essa temporada também pode ser um pouquinho mais agitada, é a presença de novatas como a Matsuse, que consegue ser ainda mais intensa que a própria Mika, de uma forma menos aleatória, porém igualmente divertida.

Como uma amiga/rival, ela parece atender a linha de personagem que ajuda a adversária porque é essa disputa saudável que alimenta sua alegria e traz amigos – fico curioso pelo que ela pode acrescentar na dinâmica das outras quatro.

Fora isso, a grande curiosidade está nos contornos que a Himeno pretende dar a sua carreira como ceramista, agora que aprendeu novas lições sobre o seu ofício através da Matsuse – indiretamente – e pelo passado da mãe.

No mais, o anime chega com a mesma “aconchegância” de sempre, um elenco carismático e uma animação que entrega um bom resultado, das cores a arte. Quem gostou da primeira temporada não deve se decepcionar com o que verá nessa.

Inclusive nisso eu adiciono a parte live action que citei mais cedo, pois essa tem um charme extra ao apresentar os cenários reais que o anime traz, bem como nos aproximando da história pelas intérpretes das garotas, que são simpatia pura – e se não gostar disso, o streaming lança separadamente as duas partes.

Para quem curte uns minutos de puro relaxamento depois de tanta pressão diária, Let’s Make a Mug Too 2, segue sendo uma boa pedida.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

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