O passeio pelo bar de jazz e o incentivo para compor fez o Takt se questionar, “para quem eu vou compor?”, e na falta de sua amiga de infância/crush, estava na cara que o anime investiria nessa, vamos dizer assim, crise de identidade, em meio a luta com D2s e a revelação do vilão.

Não que nós já não soubéssemos quem era, mas é que, por mais óbvio que essas coisas sejam, não tem como desconsiderar o momento em que são confirmadas, né? E foi boa ou ruim a revelação? Para mim não quis dizer nada. Felizmente, há mais o que falar sobre esse episódio.

Dessa vez o comandante-chefe deixou transparecer toda a sua maldade, não que já não tivesse feito isso antes, é que ainda não havia feito de maneira tão explicita. Mas é claro que ele não faria isso na empresa, ele precisa do cargo que o confere poder, não o contrário.

Eu só acho bizarro alguém querer tomar as dores do mundo para si como desculpa para promover uma limpa na sociedade. Com isso para mim o vilão, que já era sem graça, se torna apenas caricato, com um objetivo muito pouco criativo ou profundo, não provendo nenhum contraponto interessante de se analisar.

Felizmente, não posso fazer as mesmas reclamações sobre o desenvolvimento de dois dos três personagens principais dessa história, o Takt e a Destino, mesmo que mantenha algumas ressalvas sobre ambos. Dessa vez vimos que os dois mudaram, ainda que um deles nem tenha mudado tanto.

Porque por mais que o Takt tenha mudado ao querer compor, não é como se esse não fosse um desenrolar possível e até provável com a Cosette viva e ao seu lado. Diria até que esse desafio seria cumprido mais rápido visto que está na cara que é para ela que ele quer compor.

Quanto a Destino, a descarga de minucias acerca de sua personalidade foi certamente um ponto alto desse episódio, eu só questiono a construção disso. Não que eu já não tivesse percebido por meio de diálogos e algumas atitudes, só questiono se foi o suficiente para o que vimos até aqui.

Em todo caso, é inegável que pelo menos parte de sua personalidade já vinha aflorando há alguns capítulos, afinal, ela passou a gostar de doces, interagiu mais com diferentes pessoas, passou por experiências novas e teve como influência um pianista cuja música a agrada bastante. Gostos = personalidade.

Destino está definindo uma personalidade, uma identidade, a qual, ainda que não por muito, claramente se distingue da da Cosette. Sendo assim, era normal que isso também mexesse com a Anne, alguém que quer sua irmã de volta, e o mesmo vale para o Takt.

Mas claro, essa é uma questão muito complexa que não seria mesmo encaminhada em um episódio. O importante foi conectar a “morte” da Cosette ao vilão e o objetivo de derrotá-lo, uma escolha narrativa segura e da qual nem desgosto, mas confesso pouco ter me animado.

Talvez seja como as cenas de luta, que são bonitinhas, mas também ordinárias no sentido de não me dizerem nada. Nada mesmo, assim como o vilão e seu objetivo não agregam nada também, restando de minimamente interessante o desenvolvimento em curso dos heróis, relevante (espero eu) para o desfecho da trama.

Por fim, esse episódio até que foi bom, e muito pela Destino, que deu um show de personalidade em vários momentos e detalhes, alugando um apartamento na cabeça do Takt e da Anne sobre o “luto” da Cosette e a aceitação da heroína. Eles se entenderão nessa situação dramática? Certamente, só nos resta saber como.

Até a próxima!

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