Depois de muitas semanas acompanhando Rudeus, Eris e Ruijerd, finalmente chegamos no final da primeira temporada. Foram 23 episódios que adaptaram 6 volumes da light novel e nos trouxeram uma pequena parte desse incrível mundo.

O episódio final não nos trouxe grandes lutas ou acontecimentos, mas sim, uma etapa importante para a sequência da obra. Boa parte dos personagens apareceram e foi possível ver um pouco mais sobre o rumo que cada um está tomando, enquanto nosso querido Rudeus estava enfrentando seus demônios interiores.

E sinceramente foi muito bacana ver esses detalhes. Assistir o Ruijerd sendo mais comunicativo, mostrando quem é de verdade para as pessoas e com isso colaborando ainda mais para sua causa foi ótimo.

Ver como a Roxy está, Lilia e Aisha se reencontrando com Paul e Norn, o “novato” amigo do Rudeus no meio do deserto e por aí vai. Todos estão seguindo a vida e ver isso foi realmente interessante.

Mas é claro que o destaque acabou ficando com duas pessoas bem especiais: Eris e Sylphy. No caso da Sylphy foi algo mais sutil e provavelmente muitos não pegaram a referência por conta de alguns detalhes.

Ela apareceu no final do episódio recomendando ele para uma aliada. Foi breve e realmente espero que ela apareça numa provável sequência (sério, ela apareceu pouco até agora e estamos falando de uma ótima personagem).

Por outro lado, Eris teve um destaque considerável. Para quem ainda não tinha entendido o que tinha rolado, ficou claro os motivos dela ao “abandonar” o pobre garoto.

Sua impotência estava incomodando muito, afinal, ela nunca desejou depender do Rudeus, ainda que estivesse fazendo isso. Entender que seu desejo era andar ao lado dele, poder apoiá-lo e claro, protegê-lo, foi o estopim de tudo. Ela precisa se tornar mais forte! O choque ao ver que podia perdê-lo era grande demais e ela precisou fazer algo para depender menos dos outros e mais de si, pois com isso ela não teria o terrível gosto da impotência novamente.

E enquanto estávamos vendo cada um seguir seu rumo, Rudeus estava vegetando… o baque do abandono foi grande demais e assim como em sua vida passada, ele estava fugindo da realidade e simplesmente aceitando a derrota máxima, sem sequer questionar nada.

Eu não vou culpar ele, pois é realmente difícil estar naquela situação. Porém, era necessário ele superar aquilo para seguir em frente. Permanecer daquela forma era prejudicial para ele e todos que ali estavam tentando sobreviver a cada dia.

Como o mordomo da Eris ressaltou pontualmente, ele não era o único a sofrer. Se pensarmos bem, até agora ele não perdeu ninguém realmente importante. Ok, temos a mãe dele que está desaparecida, mas tirando isso, nada foi perdido.

Em sua vida passada eu realmente acho que ele e seus entes queridos poderiam ter lidado melhor com a situação. Claro, é um assunto delicado, mas me pergunto se os pais dele não poderiam ter sido mais incisivos em ajudá-lo ao invés de dar um espaço infinito e completamente vazio. Parece até que eles não sabiam lidar com a situação e simplesmente acharam que ele iria superar sozinho, sem precisar de ajuda (aquele bilhete na comida dele pode ser um indicativo disso).

E considerando sua vida passada, Rudeus teve que superar os dois problemas: a impotência em resolver seu passado e a impotência em lidar com o presente. Ele precisava sair de sua “casinha” e enfrentar a realidade, ainda mais agora que está sozinho no mundo.

Fato é que no final das contas ele não precisou de muito para se recompor. Buscar sua mãe é sua maior prioridade e ao entender isso ele pôde voltar ao normal. Aliás, ali deu para ver a importância dessa mãe para ele e claro, o senso de urgência bateu, afinal, ela pode estar precisando dele. Tudo isso ficou ainda mais fácil de entender com simples cenas do passado. Novamente a obra conseguiu nos mostrar algo que ia muito além de palavras.

E sobre ela, bom, resta saber o que aconteceu pois sua localização não me parece muito convidativa (ainda mais considerando o tempo que já passou). Mas ok, eventualmente vamos saber o que está acontecendo.

Talvez aqui tenhamos um ponto de virada naquele Rudeus que conhecemos até agora. Não que a essência dele seja perdida, mas creio que vamos ver um personagem mais maduro e pronto para enfrentar certas situações.

Enfim, infelizmente/felizmente Mushoku acabou. Ainda não tivemos o anúncio de uma sequência e sinceramente acho bem difícil dele não vir para cá. No mais, vamos esperar também por uma versão da light novel ou do mangá aqui no Brasil, afinal, não custa sonhar (fora que é uma obra de sucesso).

Até a próxima!

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