The Aquatope on White Sand – ep 24 final – E todos viveram felizes para sempre
A jornada de Kukuru, Fuuka e a turma dos aquários, finalmente chega a seu fim e com ele, as realizações pessoais de cada personagem enfim se concretizam, com a leveza e a serenidade que só Aquatope sabe transmitir, desde o começo dessa bela história sobre sonhos, mudança e recomeço.
Flávio: A jornada de amadurecimento de Kukuru e Fuuka chegou ao fim. Gostei do final estilo novela. Mostraram alguns personagens evoluindo profissionalmente. Até a Akari que era uma funcionária de meio período foi promovida.
JG: Pessoalmente eu gostei desse estilo mais novelesco pelo dinamismo do episódio, com tudo acontecendo muito rápido, apenas pincelando os finais.
E nesse caso em específico ainda tem o adendo de que tudo tinha sido sanado no episódio anterior, então não tinha exatamente nada a se resolver, mas sim para ver levemente como seria esse futuro traçado.
Em contraponto, teve algumas coisas que poderiam ter sido um pouquinho mais trabalhadas, mas como alguém que viu a jornada principal ser completa com louvor, não tive minha experiência arruinada ou alterada por detalhes minúsculos.
Flávio: A jornada da Kukuru foi satisfatória. Só o amadurecimento da Kukuru já fez o anime valer a pena, mas ainda bem que não foi só ela que progrediu. Teve outros personagens que continuaram como estavam há alguns episódios, o que não vejo como algo ruim.
JG: Teve personagens que não mudaram porque não foram sequer relevantes a ponto de suas mudanças terem qualquer impacto na história, mas gostei de outros que puderam ao menos pincelar algo, como o próprio chefe da Kukuru, que no final conseguiu esboçar alguma reação mais positiva claramente e mudou o apelido dela – o que também é uma vitória grande.
Do outro lado, tive que “rir” da aparição do Kijimuna somente nesse final, sendo que ele não passou de um figurante de luxo ao longo do tempo. Por fim, também lamentei pelo Kai que do início ao fim ocupou o papel de um coadjuvante e no final eu sequer vi o que aconteceu com ele, salve que seu pai se recuperou nos dois anos passados.
Flávio: O Kijimuna reapareceu quando a Kukuru e a Fuuka recuperam a capacidade de acreditar nos sonhos, ou seja, resgataram um pouco daquela pureza e do idealismo da infância/juventude.
JG: Pensando por esse prisma mais simbólico, sua teoria faz bastante sentido, mas até então eu não interpretei a aparição dele como algo relacionado estritamente as duas e seu estado emocional, até porque ele apareceu quando a Fuuka estava em ruínas, então não sei dizer porque não utilizaram melhor essa figura mística.
Antes de mencionar a parte boa, queria concluir meu raciocínio sobre o Kai, porque me chamou atenção que todos puderam ter seus destinos clareados, exceto ele.
Quando falo disso, nem falo sobre a parte “romântica” até porque essa nunca foi importante para o enredo, porém não entendi porque fizeram aquele mini drama no outro episódio, sendo que isso não me pareceu ter qualquer reflexo significativo para ele ou mesmo para a Kukuru.
No fim o pobre foi esquecido até pelo enredo que não deu a ele o mesmo tratamento dos demais como a Akari que finalmente se decidiu pelo aquário e foi contratada, ou o Kuuya que se tornou chefe da sua seção, ou a Udon que pode virar uma chef. Admito que fiquei com pena dele porque nada deu muito certo, salve a recuperação de seu pai.
Flávio: Sobre o Kai, fiquei com a impressão que ele foi zoado pelos roteiro, pois até a Choko que mal chegou no aquário arranjou um par, enquanto o Kai não.
JG: Bom, feitos esses breves comentários, acho que o episódio nos entrega algo bem legal quanto as duas protagonistas, reforçando não só a independência de ambas, como a vitória que alçaram na conquista de seus sonhos, em especial a Fuuka que pôde se reencontrar e sair ainda mais feliz do que quando era uma idol em ascensão.
Flávio: A vida é feita de chegadas e partidas. As duas sentiram falta uma da outra mas não esqueceram o laço formado entre elas. Algo que fez que o reencontro se tornasse especial e uma boa forma de encerrar o anime.
JG: Confesso que gostaria de ver um salto de tempo maior, até pra ver todo mundo ainda mais adulto do que já é, mas o reencontro foi bem significativo por conta do que foi a jornada dessas duas irmãs separadas pelo nascimento.
Inclusive achei de uma lindeza ímpar ter a conclusão com a família da Kukuru completa, pois deu pra ver como seria a irmã dela se estivesse viva e com a idade das duas, mas ao mesmo tempo ficou bem marcado que a menina estava numa nova fase, seguindo em frente com seu sonho e com sua nova família, diria até que foi uma passagem do bastão para a Fuuka.
Flávio: Já esperávamos um salto temporal, que veio, mas não foi tão grande assim. Seria legal, por exemplo, ver uma Kukuru mais velha sendo uma cuidadora renomada.
JG: Penso que no fim Aquatope nos ensina uma grande lição sobre os diferentes caminhos que podemos tomar para chegar onde queremos. A Kukuru mesmo amando ser uma cuidadora, acabou aprendendo que ela pode fazer muito mais sendo uma marketeira pela vida marinha – e ouso dizer que até gostando de fazer algo fora de sua zona de conforto.
Curioso que ainda nesse final ainda fica aquela pulguinha na orelha dela, justamente se questionando se escolheu o caminho certo, mas felizmente o avô acalmou o coração dela, falando que nem sempre será fácil, contudo a trilha pode ser recompensadora.
Flávio: É normal passarmos por momentos de dúvidas. O avô dela pode dar as orientações, mas é a Kukuru que tem que achar as respostas.
JG: Acredito que o casamento também deu a ela as respostas que procurava, pois em todos os detalhes tinha a sua mão e o cuidado que ela sempre empregou para com os animais.
O que a aguarda ninguém sabe, porém com toda a certeza posso dizer que ela vai saber como administrar as vidas que tanto preza e as outras que precisa encantar, para que amem o mar assim como ela.
Do lado da Fuuka, como eu já disse, ela saiu completa de toda essa experiência inesperada, estudando, se aperfeiçoando e amando a nova chance que a vida lhe deu.
Flávio: Curioso que o casal tinha uma ligação com a vida marinha graças ao extinto aquário Gama Gama, ou seja, o casamento no Tingaara não foi feito apenas por ser algo exótico. E mesmo que a escolha fosse pelo exotismo, ainda seria uma oportunidade de atrair pessoas que não tem muito interesse em aquários e/ ou na vida marinha de um modo geral.
JG: Mais uma vez o anime conectou a vida marinha com todas as almas que circulam por ali e isso é interessantíssimo, porque mostra que o mar não era só uma ambientação, ele teve uma função clara na vida de cada personagem e em cada situação vivida – e o Gama Gama pode não estar de pé fisicamente, mas será eterno nos corações de quem o conheceu.
Flávio: Dentre os animes deste ano, Aquatope está entre os memoráveis, graças as suas cativantes histórias de amadurecimento e superação.
JG: Aquatope definitivamente conseguiu cativar com o tempo, por meio da sua progressão cuidadosa, realista e simples, somada a um grupo de personagens carismáticos, cuja jornada encantou por não jogar fora a essência da obra.
Faço das suas palavras as minhas e não tenho dúvidas de que ele entra para o hall dos memoráveis. Obrigado P.A Works por mais um ótimo anime.
Agradecemos a quem leu até o final e nos vemos na próxima!