takt op.Destiny – ep 11 – Faixa bônus
O Takt e a Destino seriam colocados em animação suspensa segundo a Lotte, mas acordaram foi em casa tendo que partir para a Sinfônica a fim de enfrentar a última ameaça e acabar o anime. Isso foi confuso, mas passou longe de me desagradar como a reviravolta no final desagradou.
Takt op.Destiny melhorou em comparação a primeira parte, mas sinto que esse episódio deu umas derrapadas perigosas ante ao grande final. Felizmente, em qualquer contexto para o qual a gente olhe as chances do final ser ruim são pequenas. Então, vamos ouvir essa faixa bônus?
A morte do Sagan (ele morreu, né?) abriu outro vão no posto de antagonista da série. Quando o Felix foi descartado logo o Sagan pareceu ter tomado esse posto, mas a verdade é que o objetivo nunca teve a ver com os humanos, ao menos não ao ponto deles quererem vê-lo realizado.
Mas qual o objetivo? Não sei. Só o que me parece bem claro é que a Orpheus é um D2 e que, para a surpresa de zero pessoas, as Musicarts derivam da mesma fonte (como se fossem a outra metade da mesma moeda) dos monstrinhos. Foi roubada confiar nessas fadas (in)sensatas?
Não foi. Por quê? Porque não havia outra saída. Para mim a questão é mais sobre o que cerca a criação da Sinfônica, porque seus próprios líderes trabalhavam para espalhar os D2s no mundo e o que esses seres realmente querem agora que, com o surgimento da Orpheus, há “inteligência”.
Sem as Musicarts sequer haveria chance de se opor, como provavelmente a Orpheus não teria nascido. A gente sabe que a Destino vai dar um pau nela, mesmo que apanhe bastante antes disso, só nos resta saber como isso se dará, qual dos dois ou se os dois heróis vão morrer, etc.
As construções narrativas para chegar até esse cenário não foram ruins, alguns momentos pareceram bastante convenientes, mas convenhamos, sem isso quase nenhuma narrativa se sustenta. Será que a Lotte acabou sendo paraplégica para acentuar o grau de tensão desse episódio?
Se foi esse o caso, não funcionou muito bem, pois estava na cara que elas seriam salvas, o que poderia muito bem ter ocorrido pelas mãos da própria dupla de protagonistas se pensarmos que a Walkure apareceu apenas para encher linguiça, lutar um pouco e aliviar para os heróis.
Porque, se tem uma coisa em que eu acho que o anime pesou a mão, foi na debilidade do protagonista. Mas ao mesmo tempo, entendendo que o próximo episódio é o último, talvez isso tenha ocorrido para evidenciar o esgotamento físico do herói. Mas a mim só ganha se ele morrer haha.
Com a promessa feita pela Destino a Anna fico pensando que é mais fácil ela morrer que ele, além de que, será que dá mesmo para explicar qual a intenção da antagonista, lutar e a Cosette voltar; tudo em um episódio só? Duvido. A Cosette já morreu. E nós já fomos preparados para isso.
Quem não deve ter tido descanso foram os animadores desse episódio, que entregaram um trabalho final decente, mas que apresentou um pouco menos de consistência que em outros episódios. Deve tiver sido assim para arrebentar a boca do balão no episódio final.
Agora, focando mais nos personagens, uma das melhores coisas desse episódio foi ver a altivez do Takt em expor sua forma de pensar e porque faz as coisas que está fazendo. Takt mostrou muita maturidade, já vinha fazendo isso, no máximo questiono a transição do antes para o agora.
Em todo caso, é inegável que se a Destino e o Takt já amadureceram como personagens, assim como uma boa química se definiu entre os dois, faltava a Anna algum momento de destaque. E ele veio com direito a um beijo que vi alguns questionando, outros apreciando e entendendo.
Desde o princípio do anime me pareceu razoável imaginar que ambas, Cosette e Anna, gostavam dele porque, na moral, só assim para aturar o chato de galocha que era o Takt nos primeiros episódios. Além disso, cai no clichê de amiga de infância, onee-san, o que você quiser aí.
Esse beijo foi um “fanservice” que não fez mal, até porque, com a Anna imaginando que o Takt poderia muito bem morrer na luta, que outra hora ela teria para fazer isso? Ela se arrependeria se não tivesse feito isso, como a Destino vai se arrepender se não disser que gosta dele.
Por fim, já peguei spoilers do final, mas não vou comentar aqui. Não gostei da Orpheus, pois, repito, ela bagunça ainda mais o antagonismo da série. Por outro lado, sabendo que o anime é uma prequel para o jogo, não vai ser bizarro se ele terminar “incompleto’ em alguns aspectos, né.
Se o desfecho para quem realmente importa (Destino, Takt e Anna) for bom, não devo encucar demais com todo o resto.
Até a próxima!
P.S.: A Orpheus foi aquela faixa bônus que aparece no meio do cd quando o ouvinte não está esperando e é uma música de qualidade inferior as outras do tracklist original do álbum. Vamos ver se mudo de ideia após uma segunda ouvida, por ora é só isso o que posso falar dessa boss final.