Para Henderson o mais importante é a elegância, para Damian o reconhecimento de seus pais ausentes, já a Anya tem o futuro em suas mãos, pois é a chave para a paz mundial. Não tem como deixar a estrela dessa heroína se apagar, então vamos falar dela agora?

Esse episódio foi todo construído em cima de zoeiras, referências e absurdos; pontos que muito me agradam nesse tipo de anime. Desde o princípio deu para sacar como todo esse boato da estrela para o MVP do torneio de carimba era estranha, ainda assim, valia a pena arriscar, né?

O mais bizarro foi o Twilight não ter se envolvido ao ponto de, por exemplo, fazer o Bill faltar de uma forma ou de outra no dia do torneio. Será que seu pai Major o blindou dos avanços do espião ou foi tudo apenas conveniência para promover a queimada mais zoada dos animes?

Não que isso importe de verdade, importa mais o divertido treinamento que a Anya recebeu da mãe, a qual mais tarde ela acusou de só a ensinar coisas inúteis, mas ponha a mão na consciência dona Anya, não foi você que executou errado? Não que executasse certo resolveria.

Por quê? Porque o Bill Bazuca só tem 6 anos, mas parece ter 26 e comer frango com batata temperado com whey no café da manhã. É sério, de todas as coisas bizarras que Spy x Family poderia ter feito nesse campeonato de queimada, essa foi uma das mais absurdas e divertidas.

Eu morri de rir vendo esse novo personagem e ali mesmo me pareceu que mais do que as motivações da Anya ou do Damian, o roteiro não poderia fazer o Bill perder porque aí já seria demais também. E ele não perdeu, o que sem estrela manteve o desfecho satisfatório.

Depois de tantas referências a battle shonen e arcos de treinamento clássicos dos animes, além de questionamentos pertinentes a absurda figura do Bill, não teria mesmo como eu ficar exigindo seriedade ou uma grande construção narrativa em cima da conquista da estrela.

Até porque, convenhamos, essa recompensa não veio, mas a atitude do Damian de proteger a Anya não desperdiçou os esforços. O objetivo não era virar amiga dele ou discípula imperial? Ainda que por linhas tortas, e sem perceber, ela está chegando cada vez mais perto disso.

E ele pode até não ter protegido ela conscientemente, mas inconscientemente a gente sabe do carinho que está surgindo entre os dois (na verdade, mais dele), que é reforçado quando ele olha para ela e vê como ela pode ser forte e admirável. Aí ler mentes vem a calhar, né.

Me diverti muito vendo o Bill contrariado pelos desvios da Anya, o que naturalmente implicaria em golpes especiais e uma quebra cômica bem condizente com o boato e todo o absurdo da disputa. A Anya saiu desse episódio podendo dizer, “It’s not even my final form” hahaha.

Gostei também das impressões do velho Henderson, que se deixa guiar por elegância e tenta enxergá-la nos mínimos atos dos alunos, mas a verdade é que se espremer (ainda) não dá um suco. A relação da Anya com o Damian ainda está nos estágios iniciais rumo a uma bela amizade.

Por fim, foi bom ter tido menos do Twilight nesse episódio, deu mais liberdade a comicidade que advém da responsabilidade que a Anya tomou para si, além de ter dado mais espaço ao Damian, uma criança (diferente do bombado Bill Bazuca) que estreitou laços jogando queimada.

Até a próxima!

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