Kuroko no Basket 3 – Ep 13 – Um início nada milagroso
[sc:review nota=5]
Esse episódio foi tão legal, mas tão legal, que eu já assisti três vezes. E isso não é algo que eu faça com frequência. Mas ver a Geração dos Milagres desde o seu surgimento, os treinos, o esforço junto ao talento natural, a evolução que seis anos fizeram aos rapazes, foi tudo muito inspirador. Mas a melhor parte de tudo isso é: quero ver alguém tem a pachorra de ver todo o treino e dedicação que o Kuroko tem ao esporte desde os 10, 11 anos e ainda assim chamar o seu jogo de “bênção do protagonismo.”. Isso tem nome, minha gente: é amor.
O time que mudou a vida do Kuroko teve forma fixa desde o começo. Os flash backs têm início no primeiro ano do ginasial, com nossos garotos na faixa dos 13 anos. Kuroko já jogava basquete há um tempo, e queria continuar, tanto por paixão quando para cumprir a promessa de se encontrar em quadra com seu antigo amigo. Mas, como é óbvio, ele nunca foi muito talentoso nisso, tanto que assim que entrou no time não foi capaz sequer de se qualificar para o time secundário. Na ponta oposta, os novatos Aomine, Midorima, Murasakibara e Akashi chegaram causando inveja por serem escalados para o time principal, mesmo sendo recém chegados. Kuroko se sente chateado, mas não para de treinar compulsivamente. Ele quer ser bom, ele quer alcançar o seu amigo, ele quer ascender. E nada o deterá.
O tempo passa, e Akashi se torna o vice-capitão mesmo sendo um primeiro anista. Kuroko continua treinando, e, em uma noite dessas, topa por acaso com Aomine. O moreno não gosta de treinar na quadra principal e se agrada em ver o esforço do protagonista, e é daí que se inicia o famoso bromance da sombra e sua luz original. É quase gritante a diferença entre o jovem Aomine, um garoto alegre e comunicativo, com o mesmo atualmente, arrogante e desdenhoso. Ele é quem convence o Kuroko a não sair do clube quando suas notas caem. É por ele estar usando a segunda quadra que Akashi os encontra, e repara em Kuroko pela primeira vez. Então rola uma conversinha, que mudaria para sempre o rumo dos cinco jogadores.
Akashi diz a Kuroko que nunca viu alguém treinar tanto sem conseguir evoluir, chocando o garoto. Mas ele completa dizendo que isto não é de todo um defeito, mas que pode ser um talento. Kuroko absorve estas palavras e começa a estudar mais sobre técnicas para desviar a atenção, que vão desde o movimento dos olhos até a atitude corporal. Eu bato palmas para ele, não é nada fácil contrariar o instinto dos próprios movimentos, trair o seu próprio corpo. Eu pensei que o Misdirection fosse predominantemente talento natural, mas foi uma técnica completamente desenvolvida e estudada por ele mesmo em apenas três meses. Minha admiração apenas aumenta.
Kuroko recebe uma chance de mostrar do que é capaz para o time principal, impressiona a todos e é imediatamente elevado ao time principal. Não é surpresa saber que Akashi o manipulara o tempo todo, na intenção de conseguir um sexto homem que fizesse a diferença no time. Logo a chance de ser este homem surge, quando ele é escalado para substituir um faltoso Haizaki. Não me surpreendendo, ele entra em pânico e arruína sua estreia, tropeçando, errando passes e caindo. Tá bonito. Foi retirado em poucos segundos. Os técnicos consideram até mesmo rebaixá-lo para o segundo time, causando desespero em Aomine, que implora por uma nova chance. O moreno acredita em seu potencial, e Kuroko precisa estar à altura, já que esta pode ser a sua última chance. Na volta ao jogo, ele entra em quadra mesmo com o retorno forçado de Haizaki, ouve o conselho sussurrado daquele que se tornaria seu capitão e muda a intensidade dos passes. As coisas começam a dar certo daí. E Kuroko se torna oficialmente o sexto homem do time, vestindo a camisa 15. Uma lenda tem início.
Ainda estou curiosa pra saber quem é o amigo do Kuroko, e o porquê de ele ter desistido. Provavelmente perdeu de lavada e não aguentou a pressão, mas faz parte. Só espero que a existência dele não seja esquecida após estas lembranças. Já o Kise, que perambulou por aí o episódio inteiro, vai demorar um pouco para dar as caras, mas nem me incomodo. Ele já foi bastante explorado, deixa o palco pros demais agora.