Kyoukai no Rinne – Ep 2 – Não é o que parece.
[sc:review nota=3]
Sakura tem probleminhas com portais abertos. Leia-se: problema em aprender a não atravessá-los. Já fez isso ao menos duas vezes na vida, e o faz pela terceira. Em todas elas, correu risco de vida. Tá tão difícil assim de entender que o outro mundo não é lugar para vivos? Rokudou-kun não estará lá sempre pra salvar sua vida! Ele está ocupado demais guardando o almoço pra comer no jantar.
A escola já estava em polvorosa com a lenda da casinha de música, mas um sonho estranho e coletivo aumentou ainda mais a fama do local. Uma entidade estranha ameaça todos de serem amaldiçoados caso não usem a tal caixinha. Ela é, na verdade, a mesma pessoa que Sakura conheceu quando era criança, mas a garota não se lembra dela, então pensa que tudo era culpa do pobre (literalmente) exorcista. Afinal, era ele quem mais estava lucrando com o fato. Enquanto isso, o inocente Rinne continua fazendo seu trabalho bonitinho, afinal ele é um trabalhador honesto, e não faz ideia do que é que os demais estão falando. A culpada não demora a surgir: é a avó de Rikudou. Com carinha de inocente, diz que fez isso pra ajudá-lo, e pede a ele que volte a morar com ela. O garoto nega, está se virando muito bem em seu emprego. Tudo bem então, só que ela confisca as oferendas que ele ganhou às custas dela. Lembrando que no episódio anterior ele chorou sangue por perder um uniforme de ginástica velho que acabara de ganhar, então perder uma caixa inteira de suprimentos? Nunca! É compreensível o desespero com que ele a segue portal afora para o mundo dos mortos… Com Sakura agarrada à sua manga. Claro.
Desta vez ela começa a lembrar que já estivera ali antes, mas o manto de Rinne rasga antes que ela termine de explicar, e eles se separam. Sakura de repente cai no meio do que parece ser um festival, no entanto só encontra idosos ao redor. Acontece que o lugar é uma das entradas para a roda da ressurreição, especificamente aquela para onde vão as pessoas que não têm arrependimentos após a morte. Por isso há apenas pessoas velhas, e por isso todos estranham ao ver uma adolescente. E o perigo não acaba aí: Sakura é seduzida pelo clima de satisfação que paira no ar, e um deus da enganação em forma de coelhinho a atrai para que atravesse a roda. A avó descobre seu paradeiro a tempo, e ele se apressa em salvá-la mais uma vez. Chegou bem a tempo: a manga rasgada do manto dele na mão da Sakura se tornou o seu arrependimento, e só por pensar em devolvê-la ela quebrou a magia que a cercava. Derrotar o deus da enganação foi até simples, mas o uso de equipamento especial custou absurdos 348 ienes (R$ 9,07). Se fosse eu, cobraria pelo serviço dispendioso.
Já em segurança, as memórias de Sakura voltam a fluir, enquanto ela e a vovó comem as oferendas de Rinne e este costura seu manto de volta (deve ter se saído bem nas aulas de economia doméstica). Quando criança, ela fora atraída pelo mesmo coelho para o mundo dos mortos, e foi salva por uma senhora de cabelos brancos, flor vermelha na cabeça, um quimono preto e um manto igual ao do Rikudou… Quem disse que foi a vovó ganhou um serviço de exorcismo grátis. E mais: é dela a culpa de a garota ter começado a enxergar fantasmas e youkais. É que quem come algo do mundo dos mortos adquire tal habilidade, e a vovó presenteou a pequena Sakura com um doce. Irresponsável. Mas é curioso como a garota se conformou apenas em saber a origem de seu maldito dom, e não está preocupada em erradicá-lo.
O episódio podia ter terminado assim, sem grandes surpresas, mas já na porta de casa Sakura pergunta a Rikudou o porquê de ele não querer voltar a morar com a avó. Certamente a vida dele seria mais simples, além do quê o fato de ele morar no mundo humano não faz o menor sentido. Mas ele responde que é porque não é um shinigami, como ela, mas sim um humano… Ou algo do tipo. Como assim, garoto? Você já esteve vivo e agora está morto? Ou é um humano corrompido? Uma pessoa que simplesmente tem contatos no outro mundo? Claro que isso não será respondido tão cedo, então nem adianta especular. Por enquanto, se eu fosse eles ficaria atenta aos boatos sobre os dois que logo logo circularão pela escola, huhuhu.