Devido aos artigos de primeiras impressões da nova temporada (e desleixo meu) a volta de Major 2nd 2 ao blog acabou adiada, mas cá estou com o artigo do oitavo episódio (logo mais deve sair do nono) e muitas coisas a escrever sobre a trama e seus bons e ótimos personagens. Esse anime é uma lindeza mesmo, todo episódio é um home run diferente!

Achei o embate de estratégias fascinante de ver, ainda mais porque a Seiwa tem uma forma de jogar bem definida e foi a Fuurin que precisou se adaptar mais ao adversário. Dentro desse contexto faz sentido um time que treina um estilo há dois anos ter mais experiência na hora do jogo, tanto para notar as intenções do adversário, quanto para reagir a elas.

Foi o que a Seiwa fez com a Fuurin e por isso marcou primeiro, não só por aplicação tática e capacidade técnica, mas também por ter tido mais inteligência emocional. A Sakura e a Anita foram o elo fraco no primeiro turno justo quando o time contava com elas, mas ao mesmo tempo o nervosismo e a falta de apuro técnico são compreensíveis dado o pouco tempo que tiveram para traçar a estratégia e a forma rápida e concentrada que o time da Seiwa reagiu.

Ao mesmo tempo, a dupla dinâmica Urabe e Andy, mas principalmente o Urabe, parece subestimar o time. Na verdade, eles subestimam o Daigo, o que me pareceu um forte indício de que vão perder por isso, ao menos em parte, já que o elo mais sólido da Fuurin é o capitão. O Daigo me parece o mais capaz de afetar positivamente o psicológico dos colegas, mas não só isso, foi ele quem bolou a estratégia, é ele quem deve sofisticá-la. E será preciso fazer isso.

Enfim, se a partida se fez mais interessante devido aos erros, principalmente os da Fuurin, tem uma personagem que ficou marcada por eles e esta foi a Anita, a receptora, aquela que deveria orientar com mais inteligência a companheira de bateria. O trauma que ela carrega da liga infantil acaba sendo uma boa justificativa para a forma até autoritária como tentou mandar no time. Era uma forma de defesa, para não repetir os mesmos erros, mas é complicado…

Algo parecido ocorreu com o companheiro de time dela, mas, diferente do senpai, não parece algo que dê para melhorar sem que ela vá além, corriga suas falhas, mas também dê mais ao time. Para isso, a concentração perdida após a bronca que levou do colega precisava voltar e o Daigo foi certeiro nas palavras de aconselhamento. Sem amaciar demais, mas também sem culpar, e a lembrando que ainda estavam no meio da partida. Sem tempo para chorar.

Mas também não posso esquecer do Nishina, que mostrou mais comprometimento com o time. Sem o choque de realidade que ele deu na Anita talvez ela não se desse conta dos erros cometidos e não descesse do salto. Ela também é uma novata em fase de testes, não é melhor que ninguém, mas também não é pior que ninguém, não pelos erros do passado. Para superá-los, só resta uma opção, se esforçar, desistir a levará mais rápido ao fracasso.

Por outro lado, não desistir não garante o sucesso, mas a dá uma chance, que ela pode aproveitar com uma rebatida bem dada ou correndo em uma base, por que não? Essa é uma das coisas mais legais do beisebol, você tem várias oportunidades de ajudar o time ao longo de uma partida, seja correndo ou rebatendo, e se integrar uma bateria tem mais uma.

Por fim, o abalo psicológico da Anita foi bem bacana para humanizar mais a personagem e reforçar a importância do emocional no esporte. Não é só ele, claro, mas sem ele é muito difícil explorar o máximo do potencial de qualquer atleta, ainda mais quando a insegurança deriva de algo recorrente, e que só pode ser resolvido em campo, ao se reestabelecer a confiança perdida. No decorrer da partida a gente vê o que ela vai precisar encarar e como fará isso.

Até a próxima!

Comentários