Entre problemas e soluções nos governos de Eastal e Westelande, no fim o caminho inicialmente escolhido é aquele que melhor representa Log Horizon, o diplomático. Uma possível guerra está aí querendo brotar, mas será que as ideias do Shiroe vão de fato florescer positivamente, para que esta seja menos sangrenta do que seus idealizadores querem?

Antes de tecer meus comentários sobre o episódio quero me corrigir logo, porque eu vim desde a estreia falando “távola redonda”, quando na verdade a conferência dos aventureiros é a “mesa redonda” mesmo. Não que isso vá mudar nada, porque no fim das contas não faz a menor diferença já que os termos são semelhantes, mas eu quero respeitar a originalidade da obra, então está feita a correção.

Feita a devida reparação, começo dos pontos que deixei soltos no episódio anterior, já que uma das minhas teorias estava parcialmente certa – por enquanto. Falei sobre o posicionamento do Eins e o seu novo título, colocando a possibilidade de ele realmente estar buscando um caminho próspero para todos e servir de marionete e é isso que parece mesmo.

Ainda não sei em que posto colocar o moço, porque embora Westelande não seja completamente a favor das dissensões entre ambos os estados, ali ainda existem peças que tramam a favor de uma guerra e outras cujas intenções não são tão claras, começando pela família Saiguu.

Achei mais interessante o problema da vez não necessariamente se originar no lado dos protagonistas, até porque tudo o que se construiu na temporada anterior, foi com o intuito de ligar todos os habitantes de Akiba e seus interesses. Desse modo, não havia uma razão tão forte para que o Eins simplesmente virasse a casaca e pensasse em outros rumos para o que está dando certo.

Por outro lado, gosto de como a situação evidencia algo que ninguém tinha se dado conta, ou se importado devidamente, que é a ausência da participação do Povo da Terra nas políticas públicas – coloquemos assim. Embora tenham um sistema problemático, mais por conta dos seus líderes que da estrutura em si, Westelande sai na frente nesse quesito por dividir as responsabilidades.

Durante muito tempo a Mesa Redonda defendeu o bem estar geral, mas sem pensar devidamente na importância que o povo teria ali e como eles também poderiam contribuir para resolver os interesses de todos. Digo isso até pela própria Rayneshia, pois uma vez que ela era uma aliada, porque não contaram com o apoio direto da família dentro dessa aliança, para solidificar o trabalho do grupo e integrar aqueles que querem ajudar?

Bom, o Eins acaba pondo esse detalhe em xeque e com a chegada do Touri eu consigo ver uma motivação para que o aventureiro se unisse ao outro lado, justamente pela chance de muitos saírem feridos num processo doloroso e incitado por gente louca – sim, eu falo da Indicus ou Intix se preferirem.

O rapaz é introduzido como alguém de boa índole e que quer manter a paz e o equilíbrio entre os vizinhos rivais, mas como ainda não se explicou muita coisa acerca do outro lado, não se sabe quem é quem, e pode ser que nem toda a nobreza partilhe do mesmo desejo pacífico que ele tem.

Falando na Indicus, com as informações repassadas por Eins e Touri, agora eu consegui entender a fala dela quanto a Nureha ser uma “rainha da Inglaterra” e os Saiguu também, já que é o Senado – formado por NPCs e aventureiros – que se deixa influenciar pela sua mente doente e cria a divisão no povo, tomando a frente de todas as decisões importantes.

É curioso que frente a essa nova necessidade, o duque justificou de uma forma bem concisa suas ações e até me surpreendeu como ele é consciente das próprias limitações e dos erros que cometeu por não pensar da forma mais correta – pensei que ele realmente se via como um bom líder -, diferente do Shiroe que na sua constante tentativa de viver bem nesse novo mundo e evitar conflitos, idealiza até demais e por isso é eficaz nas suas ações.

Confesso que eu não estava gostando do rumo que o diálogo estava tomando, porque senti que o protagonista poderia ceder a qualquer minuto, já que diante do que estava sendo dito, não se tinha muita opção a não ser estar nas linhas de frente e como parte do Governo Akiba. Felizmente para minha tranquilidade, foi o Krusty a peça involuntária que salvou a jogada, mesmo que de longe.

Acho que para qualquer ser humano, é um tanto óbvio as marcas que o cavaleiro deixou na Rayneshia, tanto no caráter em formação da garota, quanto no coração, portanto eu não esperava mais dela que não fosse ser resiliente e forte para tomar as rédeas de seu próprio destino como ela se propôs um tempo atrás.

O casamento não é a única ferramenta que poderia permitir uma aliança entre um lado e outro, assim como virar marionete em um sistema meio capenga também não resolveria a questão. Acredito eu que a princesa captou bem o espírito da mudança que a Conferência da Mesa Redonda precisava e sua própria vocação, optando por fazer aquilo que já devia ter sido feito há tempos.

Não acho que ela simplesmente surja como uma líder poderosa que vai salvar todos agora, mas fico bem curioso e animado para ver como ela crescerá, sendo parte de um grupo tão importante e como a guia deles, já que a prévia deixa claro que ela será a porta voz e representante desse novo “partido” proposto como rival do Governo de Akiba.

Como sempre a ideia do Shiroe é ótima e acho que ele também entendeu como poderia levar Akiba ao próximo nível, sugerindo as primeiras eleições da cidade. É um passo importante para um povo que nunca teve voz ativa e que mesmo não sendo desprevilegiado, poderia conquistar mais do que tem.

Me pergunto como a CMR (Conferência da Mesa Redonda) pretende combater o GA (Governo de Akiba) e como eles se ajudarão, independente de quem vença a disputa, afinal pelo que entendi todos tem um mesmo objetivo, a diferença está apenas no caminho que cada um decidiu traçar para chegar lá.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

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