Nos apegarmos às coisas é muito fácil. Quantas vezes, por exemplo, nos apegamos àquele anime que mal estreou, mas pelo qual somos cativados nos primeiros episódios? Várias, não é? Ainda seguindo com essa linha de raciocínio, quando um anime que gostamos muito acaba temos aquela sensação de vazio (que logo pode ser preenchida com um outro anime).

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O título do artigo é uma expressão em espanhol que significa ” ter uma vida longa”. Curiosamente, essa expressão também é um título de uma música famosa da banda inglesa Coldplay, que buscou inspiração numa obra da pintora mexicana Frida Khalo (1907-1954), a qual continha tal expressão para dar nome ao quarto álbum de estúdio da banda intitulado “Viva la Vida or Death and All His Friends”. Aliás, Viva la Vida também é uma das principais músicas de trabalho desse álbum, e consequentemente, uma das mais populares do mesmo.

Frida Khalo (Magdalena Carmen Frida Khalo y Calderon) não é apenas conhecida pelo seu trabalho artístico e político no México, mas tem uma história de vida interessante e ao mesmo tempo sofrida. De uma poliomelite na infância à um acidente de bonde (o bonde no qual ela estava chocou-se com um trem), e quando parecia que ela tinha encontrado uma razão para viver, através da arte e de uma grande paixão, veio ainda mais sofrimento devido a um casamento conturbado e consequências derivadas ao acidente que sofrera.

Enfim, qual o possível paralelo entre a história de vida trágica supracitada e um anime tão fofinho como Sewayaki Kitsune no Senko-san? Continue a ler o artigo e saberá o motivo.

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Há muito tempo participei de um debate na escola cujo tema era se o ser humano poderia viver sem depender de mais ninguém. Tentei defender com todas as forças, ou melhor, com argumentos (dos mais variados e absurdos possíveis) que era possível sim viver sem depender de ninguém só para ser do “contra”, e não porque eu realmente acreditava realmente que isso era possível.

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Sísifo foi condenado pelos deuses a repetir por toda a eternidade a tarefa de subir uma montanha carregando uma pedra enorme e no cume soltá-la para rolar encosta abaixo. Em certo momento, Sísifo desce a montanha para agarrar a pedra e novamente subir com ela. É nesse momento que, livre do esforço, ele pensa sobre sua condição e se revolta sobre a tarefa absurda e sem sentido que terá que fazer por toda a vida.

O escritor e filósofo Albert Camus observa no mito de Sísifo a imagem do proletário, homem trabalhador que está condenado a repetir tarefas indefinidamente por toda sua vida. Para Camus, o instante em que ele reconhece sua condição só aconteceu no tempo livre, momento em que ele deseja ter uma existência com mais sentido.

Diferentemente da visão pessimista sobre trabalho supracitada, segundo o Calvinismo, a prosperidade material é vista como sinal que você é um eleito para habitar o Reino dos Céus após a morte. Max Weber (um dos pensadores clássicos responsáveis pela fundação da sociologia) na sua obra mais famosa (A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo) notou a relação do protestantismo com as ideias de trabalho e riqueza. Evidentemente que a burguesia em acensão na época gostou de saber que havia uma religião que ia de encontro aos seus interesses.

O que tem a ver tudo isso que escrevi com esse singelo anime no qual comento? Vou chegar lá.

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