Finalmente Phantom World está de volta ao blog! Sei que estou muito atrasada e peço mil desculpas por isso. Bom, para acabar com o atraso e não saturar ninguém publicando dois artigos seguidos, decidi juntar os meus comentários em um artigo só. Por sorte, esses episódios foram muito bons e trouxeram alguns momentos memoráveis! Ainda não tenho certeza se só estou pensando assim porque aquele desastroso episódio dos macacos fez as minhas expectativas ganharem uma passagem só de ida para um submarino amarelo no oceano do descrédito, ou se o anime realmente obteve uma melhora significativa. De qualquer forma, alguns pontos específicos chamaram muito a minha atenção e acho que vale a pena faze-los serem lembrados aqui. Vamos lá então!

O bendito dispositivo continua aparecendo em cena como se dissesse: “Calma, ainda tem um mistério guardado por aqui...”. Para de tentar me iludir, poxa!

O bendito dispositivo continua aparecendo em cena como se dissesse: “Calma, ainda tem um mistério guardado por aqui…”. Para de tentar me iludir, poxa!

Se existe um tema que é retratado incansavelmente em Phantom World, é a importância de se ter um desejo, sonho ou ambição e enfrentar os desafios necessários para torná-lo real. Alguns dos próprios Phantons são criados justamente a partir da forte manifestação desse tipo de desejo humano, como é o caso do Phantom em destaque no episódio nove. Ele surgiu por causa do desejo frustrado de todos os alunos que gostariam de ter visto o clube de teatro da escola ganhando pelo menos um prêmio em alguma das competições em que o clube participou. Obviamente, é o grupo da Mai que acaba aceitando a “missão” de ajudar o clube de teatro a realizar esse sonho, antes mesmo de saber que a única integrante do clube era um Phantom. A grande sacada do episódio foi ter transformado a peça de teatro que eles ensaiaram em uma verdadeira caça roteirizada ao Phantom, e tudo ainda ambientado no fim do Período Edo. Ver o Haruhiko e companhia atuando de maneira totalmente improvisada enquanto tentavam seguir o roteiro e derrotar o Phantom, foi certamente muito divertido.

Glória Pires feelings.

Glória Pires feelings.

Apesar de ter sido um episódio muito interessante e com algumas cenas de ação maravilhosas (KyoAni sempre sabe como nos deixar babando nos aspectos técnicos), faltou algo essencial para tocar o público: substância. O anime passou metade da temporada usando episódios que estimulam o espectador a criar uma certa empatia e intimidade com os personagens da obra, e qualquer um deles que fosse retratado passando por algum problema, impasse ou drama, conseguiria atingir o público de uma forma mais concreta. Por mais absurdo ou sem noção que fosse o contexto da história, ainda nos sentiríamos envolvidos, porque nos importamos com os sentimentos de determinado personagem. Pense bem, você conseguiu se importar com o “drama” do clube de teatro? Eu não consegui. Na verdade, acho que eu não poderia me importar menos com esse “problema”. Nunca havíamos conhecido ninguém do clube de teatro; nem sequer se deram ao trabalho de introduzir essa aluna Phantom, nem que fosse durante poucos segundos, em algum episódio anterior para criar ao menos alguma curiosidade prévia sobre ela. Isso só serviu para demonstrar a forma preguiçosa como o anime tem sido dirigido. Foi um bom episódio, mas com alguns cuidados muito simples, poderia ter sido muito melhor.

 

O episódio mais recente de Phantom World superou a dificuldade de conseguir manter o espectador envolvido sentimentalmente com a história deixando em foco a Ruru, uma personagem por quem o público já tem um certo carinho, mas da qual ninguém esperava ver nada além de pequenas aparições nos momentos oportunos para as suas típicas piadas. Com a narrativa sendo feita a partir do ponto de vista da Ruru, foi possível perceber coisas que jamais repararíamos: as dificuldades que ela enfrenta por ser pequena (o modo como o chão treme quando o Haruhiko caminha perto dela, por exemplo); sua vontade de comer tanto quanto os seus amigos; a alegria que ela sente ao ser tratada de forma gentil pelo Haruhiko e ao perceber que o restante do grupo também se preocupa com ela e sente sua falta. Enfim, são pequenos detalhes que fazem com que o espectador consiga se colocar no lugar dela e passe a valorizar mais a sua presença em cena, além de tornar quase inevitável ficar feliz em vê-la realizando seu desejo de viver como humana.

A Ruru conseguiu se transformar em humana graças a uma bruxa do bem que gosta de sair por aí realizando os desejos de outros phantons. Apesar de sua postura bondosa e singela, essa bruxa também é um Phantom e, aparentemente, o pré-requisito para agir como um Phantom é não ter bom senso para distinguir que tipo de atitudes são inofensivas e quais podem ser fatais para os seres humanos. Ela realizou o desejo de um Phantom em forma de fogo de artifício que, não fosse pela interferência da Ruru, poderia ter transformado o festival de fogos de artifício em uma grande tragédia. Tudo foi tão bem arquitetado que o clímax do episódio realmente conseguiu passar a impressão de que havia uma possibilidade real de perdermos a Ruru bem ali! Ainda bem que foi só um susto, mas certamente tanto o Haruhiko e suas amigas quanto o público, passarão a vê-la com outros olhos a partir de agora.

Nunca pensei que Phantom World conseguiria me deixar emocionada...

Nunca pensei que Phantom World conseguiria me deixar emocionada…

Foi um episódio extremamente divertido e completo! Espero que os próximos se mantenham neste nível. Aliás, eu não gostaria de voltar a criar expectativas, mas finalmente está chegando o momento do anime voltar o seu foco para o Haruhiko! Se enrolaram esperaram tanto tempo para isso, será que podemos esperar algo bem especial para combinar com o “peso” dele ser o protagonista? Bom, é melhor ser surpreendido do que decepcionado, então não tirem as âncoras de suas expectativas (ainda). Obrigada por ter lido até aqui. Até o próximo episódio!

 

Bônus: o Fábio fez uma galeria com imagens super fofas da Ruru nesse episódio! Você pode conferir clicando aqui.

  1. Fábio "Mexicano" Godoy

    Melhores episódios =) O que veio antes (em particular o que veio imediatamente antes) pode não ter sido tão bom, ou ter sido completamente ruim, e talvez o que virá depois também seja ruim, mas esses dois episódios foram muito bons. Já passada a apresentação dos personagens, eles expandem o mundo do anime. O episódio 10 ainda por cima foi o melhor dos dois, apelando à emoção, mas as cenas de ação e a caracterização histórica do episódio 9 foram muito legais também.

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