Alô, pessoal! Aqui estou eu, Tamao-chan, trazendo o último artigo deste anime incrível: Sangatsu no Lion!

E o último episódio não deixou de me surpreender. Desde o início, o anime seguiu à risca os acontecimentos dos pequenos capítulos que o mangá traz. E mais: os sentimentos de Kiriyama se tornaram mais reais. Dá para sentir o quão angustiado ele é, a depressão dele, o que se passa na cabeça dele com exatidão. E ainda rola aquela dúvida do porquê ele voltar para o colégio, sendo que ele é um jogador profissional de Shogi, e que obviamente os seus colegas de classe nunca se ateram a isso, já que Rei é um ano mais velho e todos se perguntam o que o faz faltar tanto. Lembrando que todos os jogos importantes caem em horário de aula e até mesmo de provas e que jogadores profissionais só podem faltar por motivos de morte de alguém próximo.

E, com o início de um novo período escolar, também vem os julgamentos. Como a adolescência é uma coisa linda, não é mesmo? Ainda mais quando o adolescente repetiu de ano por consecutivas faltas por causa dos jogos de Shogi e é totalmente recluso. Enquanto todos já haviam formado suas panelinhas, Kiriyama obviamente se sentiu sozinho, e um ano a mais não mudou nada em sua vida, nem mesmo o fato de que terminaria almoçando com o seu antigo professor, Hayashida-sensei. Esse é o professor mais companheiro da história e, com apenas um olhar distante de seu aluno percebeu que algo estava errado, e obviamente era o fato de que permaneceria sozinho outro ano.

E, como todo bom amigo desesperado para também se enturmar com o resto da classe(mesmo que seja apenas para se reunir com os alunos para as festas de final de ano), Hayashida ofereceu um ombro amigo, dizendo para seus discentes que precisava ajudar um aluno depressivo, passando-se por herói, e Kiriyama se sentindo um fracassado. Além disso, houve outras questões, como o porquê dele resolver voltar para o colégio, e como os dois poderiam continuar se encontrando sem parecer muito estranho. E a saída foi simples: criar um Clube de Shogi no colégio, onde além do professor poder ser conselheiro de Rei, também poderia receber aulas de graça de um jogador profissional, e conseguiria vencer mais partidas de Net Shogi.

Como ninguém estava interessado em Shogi, eles decidiram fazer a sua última aposta: ir ao Clube de Ciências. Como os meninos de lá ajudaram o Kiriyama passar de ano por conta de suas atividades extracurriculares no laboratório, decidiram pedir ajuda mais uma vez. Com êxito, e descobrindo que, além do chefe do grupo já saber o básico do Shogi por conta de seu avô, ele também está passando por dificuldades já que seu clube está prestes a se fechar, o professor deu a ideia de juntar os dois clubes e formar o Clube de Shogi e de Ciências, dando um total dos 5 alunos que precisavam e do conselheiro. O episódio 45 termina de maneira amistosa, e ninguém precisou seguir o seu próprio caminho.


O GUERREIRO

Vamos começar uma história de um menino que sempre ficava sozinho em qualquer situação. Seu nome é Kiriyama Rei, e todos queriam evitar sentar ao seu lado. Motivo? Ele era estranho. Talvez por ser fechado demais, talvez por se mostrar um pouco metido demais, ou talvez por simplesmente… jogar Shogi? Serão esses motivos suficientes para provocar a exclusão de um colega de classe? Talvez se as outras crianças não puxassem papo com ele, o mesmo não responderia? Elas tinham medo dele? E ele entendia muito bem que os seus colegas tinham… ódio dele e fingiam que o pequeno lutador não existia.

Até que, um dia, houve uma excursão escolar, e nela ficou ainda mais claro o ódio que as outras crianças sentiam pelo Kiriyama. Ele não chorava, apenas escutava, e entendia a situação. Entendia tanto que preferiu almoçar em um lugar isolado para não chamar muita atenção e nenhum colega ter mais ódio dele por ser tema da aula seguinte. Mas Rei não ligava, e era uma criança tão incrível que conseguiu resolver um problema de Shogi que nem o seu pai adotivo conseguiu durante anos. E o que era mais incrível ainda é que ele é uma criança que conseguiu perceber como a natureza agia com uma simples mudança na atitude(dar balinhas às formiguinhas).

Na hora de partir, o nosso pequeno guerreiro continuou com ninguém ao seu lado, e disse isso ao professor responsável pela classe com um nó na garganta, e com o mesmo respondendo “Ah, tá” como se nada tivesse acontecido. Mas aí, Kiriyama lembrou de um fato muito importante: ele sempre recebia um bilhete mágico, e este o levava para vários lugares, onde sempre haveria alguém sentado à sua frente. Desse modo, poderia conhecer diversas pessoas, além de suas personalidades muitas vezes peculiares. Poderiam ser fortes, fracos, gordos, magros, gentis ou mesquinhos, o fato é que a criança teria diversas oportunidades de conhecer semblantes distintos. E percebia que, se descesse do trem onde os bilhetes que recebia o levava, ele poderia perder o seu caminho, e nunca mais conseguir voltar.

E então foi aí que, desde criança e até hoje, a história de nosso guerreiro Kiriyama Rei começou.


E assim termina outra história linda… aliás, termina, não! Só começa! Haha! Uma nova temporada da aventura de Kiriyama Rei se inicia em OUTUBRO! Não percam mais uma enxurrada de artigos vindos de mim, Tamao-chan, que acompanha esta maravilhosa obra da Umino Chika!

E muito obrigada a quem acompanhou o artigo até aqui e que me deu forças para escrever bastante HUHSDFIUSDH. Termino por aqui e até o próximo artigo. 🙂

  1. Sangatsu acabou e já deixa saudades. Pelo menos até Outubro. Este episódio foi muito bom, principalmente a segunda parte do episódio. Mas começando pela primeira parte, como o ser humano, poder ser tão maldoso e mesquinho. Achei repugnante a atitude dos colegas do Rei, a julgarem-no só por causa que ele é mais velho e joga shogi. A maneira como eles olhavam para o Rei, era um olhar de indiferença e auto-julgamento. Por sorte o Rei, tem aquele professor de óculos para o apoiar, o professor para mim, é dos melhores personagens de Sangatsu. Como eu fiquei feliz de ver o presidente do clube de ciências aceitar o pedido de junção de clubes, que o Rei propôs. E mais feliz fiquei quando o responsável do clube de ciências, disse que já sabia o básico do Shogi. A cara de felicidade o Rei, era mais do que evidente, mas quando o professor e o responsável de bigode lhe pediram se ele lhes podia dar lições de shogi, o olhar dele ficou brilhante.
    Mas a segunda parte do episódio, sobre o passado do Rei é que me marcou e emocionou. O Rei sempre esteve sozinho após a morte da sua família de sangue, mesmo com o amor e carinho do seu pai adoptivo, ele nunca teve o amor e companhia dos seus irmão adoptivos. Aliás, ele sentia-se fora do contexto, na sua família adoptiva. Tal situação moldou a personalidade do Rei, deixando mais reservado e introvertido. Mas nada justifica aquela atitude feia e execrável, que aquele garoto teve com o Rei, dentro do autocarro escolar. Se ele não se queria sentar ao lado do Rei, muda-se de lugar, mas agora dizer ao professor, que não se quer sentar ao lado do Rei, porque ele era estranho, foi demais. É aqui, que se nota, que o ser humano, pode desenvolver a maldade desde da fase da inocência que é a infância. Mas o Rei, como guerreiro que sempre foi, conseguiu suportar essa fase. E o ponto de abrigo que o ajudava a suportar estas situações, era aquele cartão verde do Shogi. O Rei com esse cartão, podia encontrar-se e conviver com o mais variado de tipos de pessoa, aquele cartão do Shogi a um ponto era essencial para o Rei.
    Sangatsu como um todo, foi muito bom, gostei bastante dos personagens, animação agradável e acima de tudo uma história cativante, que a certa altura nos leva a torcer para que tudo corra bem na vida dos personagens. Eu tenho, que te agradecer Tamao-chan, por ter seguido a tua recomendação para este anime, ele foi muito melhor do que eu imaginava, numa primeira fase. Depois de 6 meses a acompanhar os teus artigos de Sangatsu, até vou estranhar esta pausa, até à segunda temporada de Sangatsu em Outubro.
    Como sempre, mais um excelente artigo de Sangatsu Tamao-chan.

    • Olá, Kondou-san!
      Eu também gostei muito da adaptação deste anime. O mangá é igualmente bom, e está em uma parte crucial.
      Para falar a verdade, ao final do artigo, eu ia colocar um vídeo da música FIGHTER de BUMP OF CHICKEN(que é a mesma que toca como encerramento dos 11 primeiros episódios), MAS tem um spoiler muito grande nele e acabei desistindo. O spoiler é de uma parte que ainda não foi adaptada na animação, e ia ficar bem chato para quem não lê o mangá. O vídeo é promocional e resume com exatidão os dez primeiros volumes de Sangatsu no Lion.
      Bom, mas voltando ao anime em si, eu até agora fico abismada com algumas coisas que a Shaft implementou(que não foram os pescoços quebrados, nem os closes nas bebidas, muito menos a propaganda de Sangatsu no primeiro episódio que apareceu em um trem que o Kiriyama estava), e sim obras de arte. No mangá, a Umino Chika já coloca algumas referências de autores famosos que ela gosta de fazer desde Honey & Clover, que é igualmente bom. Temos Van Gogh, por exemplo, em uma das cenas do nono episódio, mostrando as dúvidas daquele velho sobre se aposentar, e os tons pastéis em todos os episódios torna tudo mais aprazível de assistir. Os personagens são marcantes e fantásticos, e senti muito orgulho ao ver todos eles animados, principalmente Shimada e Nikaidou.
      Sobre o episódio em si, as duas partes se complementam. Mostram o quão sozinho o protagonista pode ser, mesmo tendo pessoas que o amam em sua volta. Mas na primeira parte, mostra que Kiriyama pode ter um futuro diferente com ajuda do professor e de seus colegas do Clube. Não só eles, como todas as pessoas que encontra no caminho enquanto joga Shogi. É como se ele recebesse um bilhete mágico que permitisse com que nunca fique sozinho. E, como é normal as pessoas que não passam pela mesma situação que você, elas o julgam, assim como aconteceu no episódio. Os adolescentes são cruéis algumas vezes. Aliás, nem só eles, como também vários adultos já julgaram muitos personagens da obra pelas suas costas ao longo do anime.
      E, com muita tristeza, essa primeira parte acaba. Mas vem uma segunda aí, e tem material suficiente para cobrir tudo. O que acho bacana é que a animação conseguiu cobrir 45 episódios com uma precisão incrível. Shaft está de parabéns, e pensei que não fosse algo que ela conseguiria mais, assim como fez em Arakawa Under The Bridge(apesar de não cobrirem todos os episódios, mas 120 é coisa para caramba) e em Sayonara Zetsubou Sensei.
      Muito obrigada por acompanhar todas as matérias! Ainda estou decidindo os próximos animes que escreverei, porém a segunda temporada de Uchouten Kazoku é certeza! Recomendo a assistir a primeira temporada dele!
      Muito obrigada pelo comentário! 😀

      • Obrigado pela recomendação de Uchouten Kazoku, Eu era para ter perguntado, se este anime era bom, mas agora que o recomendaste, quando tiver tempo verei Uchouten com certeza (e talvez comentar os teus artigos sobre ele).
        Eu conheci os trabalhos do estúdio Shaft, em Arakawa o estilo do estúdio fez-me um pouco de confusão, a mistura da paleta de cores, o design e perfil dos personagens. Se Arakawa já era uma obra, meio doida, antes de ter anime, depois de ter um anime feito, pelo estúdio Shaft mais doida ficou a obre. Mas o anime, em que o estilo, do estúdio Shaft me fez diferença, foi em Bakemonogatari e consequentes continuações. Afinal ver personagens sem pescoço, montes de frases em japonês, em que um anime nem dá um segundo para ler e ainda dar um destaque absurdo às expressões faciais e corporais das personagens tanto masculinas como femininas, é demais, para um fã casual de animes, como eu. Mas o trabalho do estúdio Shaft em Sangatsu, não posso reclamar, só elogiar. Como eu gostava de ver o design fofo das irmãs, a paleta de cores, nas cenas delas, era muito harmoniosa e calma. E a atmosfera tensa que rodeava o Rei, tudo isto mostrou e vai mostrar o empenho do estúdio Shaft em Sangatsu. Só lá pela metade do anime, é que percebi que o Shinbou estava envolvido no anime, ele é a carta na manga do estúdio Shaft. Todos os animes em que ele participa parece que viram ouro.
        Eu gostava de ter visto a primeira opening de Sangatsu no artigo, eu gostei bastante dela. Não desmerecendo a segunda opening, onde eu não gostei tanto da música, mas adorei a animação de fundo (é impressionante, como o Shaft faz uma mistura de uma animação mais crua, com uma mais completa).

      • Eu gostei das duas openings. A cantora que faz a segunda é maravilhosa. Ela canta as aberturas das duas temporadas de Honey & Clover e, quando ouvi que era ela quem cantava a segunda opening de Sangatsu, eu adorei. IUSDHFUISDHUISDH Acho que a voz dela chega a estranhar um pouco, mas depois de escutar várias vezes a mesma música, você se acostuma.
        Eu não cheguei a assistir muitas obras da Shaft. Apenas Arakawa, Sayonara Zetsubou Sensei e Sangatsu no Lion, mas nos três já dá para perceber o quanto o estúdio se esforçou. As expressões, as viradas dos pescoços, as cores muito loucas. Tudo isso marca o anime, e as três obras são excelentes. Pretendo ver mais, mas Monogatari é extenso e parece ser confuso, e Madoka parece ser bem maluco.

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