Esse é o penúltimo saldo da temporada! Alguns animes já acabaram e eu já assisti e estão aqui nesse artigo, outros eu não assisti o final ainda ou não quis incluir porque já havia o penúltimo episódio para esse mesmo artigo, e quase todo o resto deve acabar semana que vem. Já dá para ter uma boa noção de quais foram os melhores da temporada, não dá? Mesmo que faltem tantos finais ainda. Por isso, já abri a enquete para eleger os melhores (e os piores, por exclusão) animes dessa temporada. Diferente da temporada anterior, nessa resolvi incluir todos os animes que passaram na temporada e foram cobertos de alguma forma por esse blog, e não só os encerrados (se bem que quase todos se encerrarão nessa temporada, ao contrário da anterior onde vários continuaram). Está na barra lateral, vota ali, escolha seus três animes preferidos da temporada, é rápido! De novo, não assisti Koufuku Graffiti e Rolling Girls, que agora já acumulam três episódios e terão quatro quando eu for assistir. Prometo que vou assistir! Embora, sendo realista, talvez acabe assistindo só bem depois que essa temporada tiver acabado, porque é episódio pra caramba.

Semana que vem sai o décimo segundo saldo, e daí em pelo menos mais uma semana (talvez mais) publicarei as impressões finais sobre a temporada. O guia da próxima temporada deve sair até segunda, e eu sei que a essa altura você já leu guias noutros lugares, mas leia o meu guia também, pois só ele trará as minhas opiniões e as da Lidy! Se gosta dos nossos artigos e das nossas opiniões, vai querer saber o que nós esperamos da próxima temporada, não vai? E semana que vem começa a temporada de primavera. Tentarei publicar artigos com primeiras impressões de tudo o que eu assistir, vai ser complicado, mas vou tentar. E quando sair o primeiro saldo, já terei definidos os animes que merecerão artigos exclusivos episódio a episódio. A Lidy já está escolhendo os dela também.

Sem mais delongas, segue a classificação dos animes da semana!

20 – Dog Days”, episódio 11

É cada uma. Um pixie (ou coisa assim, uma fadinha macho) quer que a Aura cante só pra ele, mas ela quer ir pra superfície porque acha o Gaul um gatão (piada infame intencional). Então ele pega uma espada demoníaca maneira que estava dando sopa dentro da baleia e vira o cramunhão, e por isso a Baleia Estrela e tudo dentro dela tá zuado. E o danado ficou forte, precisou do Gaul e do Shinku juntos e em forma heróica para derrotá-lo. Daí a princesa que eu sempre esqueço o nome porque todo mundo só chama ela de princesa chegou e cantou dentro da baleia e todos ficaram curados e felizes. Mas é constrangedor, porque ela só canta “lá lá lá”. E depois as sereias todas cantam “lá lá lá” também. Pô, se vocês podiam fazer isso porque ficaram regulando essa mixaria? Bom, problemas resolvidos, fim. Ou eu gostaria que fosse o fim, mas tem mais um episódio ainda.

19 – Akatsuki no Yona, episódios 23 e 24 (FINAL)

De Tokyo à Osaka, de Sapporo à Naha, é difícil imaginar um final mais melancólico. A série teve seus pontos altos, boas intenções, personagens razoáveis, mas sempre pecou no ritmo. Episódios inteiros andando pelo mato, ou concentrados genericamente em coisas que ninguém queria saber. Sobrou coisa demais para os dois últimos episódios: o reencontro entre Soo-won e Yona e o resultado dele, a partida de Awa, a definição de qual, afinal, é o objetivo de Soo-won (o que não foi respondido direito até o fim do anime!), a adesão do dragão verde, e apenas no último episódio o quarto dragão aparece do nada, não oferece resistência nenhuma (pelo contrário, ele praticamente pede para entrar no grupo), a decisão da Yona sobre o que fazer dali por diante, e … e termina assim. Não sei como é o mangá, e não consigo odiar Yona porque tem elementos suficientes para uma história interessante, e se não ficou bom não foi por elementos ruins mas sim por uma péssima direção. Mas esses episódios finais foram uma boa metonímia para o conjunto bagunçado e indefinido que Akatsuki no Yona foi, no fim das contas.

18 – Shinmai Maou no Testament, episódio 11

Apenas mais um episódio chato, com uma luta sem graça e um enredo previsível. O lado positivo é que mais um e acaba. O lado negativo é que vai ter segunda temporada. O outro lado positivo é que eu não vou assistir.

17 – Binan Koukou Chikyuu Bouei-bu Love!, episódios 10 e 11

O episódio 10 foi só mais um episódio chato. Mas se você for uma garota, deixe-me aproveitar e te perguntar: você gosta de insinuações de homossexualismo meia-bocas assim? Porque em animes para garotos, mesmo quando é acidente, isso costuma ser mais explícito, e eu acho mais interessante assim. Esse ponto que não dá sequer para dizer talvez mas é suficiente pra dar ideia me soa apenas irritante. Enfim, o episódio 10 foi ruim e não merece mais palavras do que isso. Já o episódio 11, era exatamente disso que eu falava: o acontecimento na infância do presidente Kusatsu que o afastou to Atsushi e o tornou amargo. A batalha é até decente para o padrão Binan Koukou. Claro que como vai ser resolvido às pressas no final do anime em apenas dois episódios vai ser bem idiota. É uma pena.

16 – Sailor Moon Crystal, episódio 18

Marginalmente melhor que o episódio anterior. Não porque o formato mudou: uma irmã sibilina (esse era o nome delas desde o começo? não lembro) apareceu e lutou contra a Sailor Vênus e morreu no final. A diferença é que a Sailor Moon conseguiu dissipar o poder dela e o Rubeus não capturou a sailor. O que tornou esse episódio um pouco melhor foi ter feito a trama finalmente andar: Chibiusa veio do futuro (do século 30, para ser mais específico) onde alguma coisa aconteceu com sua mãe, e a Black Moon também não é daqui, é de um tal planeta Nêmesis da onde extraem poder do Maligno Cristal Negro, que só pode ser derrotado pelo Cristal Lendário de Prata. Imagino que tenham derrotado a Sailor Mãe da Chibiusa no futuro mas a menina tenha fugido de alguma forma para o passado com o cristal, e eles vieram atrás e toparam com a Sailor Moon, o que não é inesperado já que a menina veio justamente roubar o cristal dela. Os subordinados do príncipe malvado da Black Moon desconfiam do tal Wiseman, o que por enquanto não significa nada, e o Tuxedo Mask agora consegue conversar com os fantasmas dos seus servos e disparar raios pela mão.

15 – Sanzoku no Musume Ronja, episódio 24

Ronja e Birk voltam a viver em seus respectivos meio-castelos, Mattis resgata os ladrões capturados dos dois bandos e Skalle-per o lembra que, divididos, os bandos de Mattis e de Borka serão fatalmente derrotados de todo modo, à despeito dessa vitória temporária. A solução, continua o velho, é unir os bandos, e para que isso seja possível é necessário um duelo entre Mattis e Borka para decidir quem irá liderar o bando unido. Ronja diz para todos ouvirem que melhor ainda seria pararem de roubar, com o que Skalle-per concorda mas ele entende que ele e Mattis estão velhos demais para isso, e promete que irá dizer para Ronja, quando ela se tornar a líder, como viver sem roubar. No final surge a chance para um duelo quando Borka vem avisar Mattis que os soldados estão de tocaia na floresta e os dois concordam em unir os bandos. Nada de errado com esse episódio. É só que, como já foi um costume horrível em arcos anteriores, não aconteceu muita coisa nele e mesmo assim terminou em um gancho decepcionante. Bom, está melhor do que episódios em que um arco acaba no meio do episódio e o arco seguinte começa no resto dele. E o gancho desse episódio é um gancho legítimo. Só que não consigo crer que fosse mesmo necessário um episódio inteiro para construir a luta entre os chefes dos dois bandos de ladrões. Se o combate fosse levar o próximo episódio inteiro, vá lá, mas eu tenho certeza que acaba antes da metade. Mas de todo modo foi bom ver a racionalidade vencendo esses ladrões cabeças-duras.

14 – JoJo’s Bizarre Adventure – Stardust Crusaders, episódio 35

Eu preferia que o jogo tivesse mais do que apenas duas rodadas, com a segunda sendo um enorme blefe. Nem é que eu seja grande fã de pôquer, mas bom, eu esperava um pouco mais.

13 – Durarara!!x2 Shou, episódio 11

Leia meu artigo sobre esse episódio.

Parece que o conflito entre Dollars e Toramaru foi resolvido. Um grupo de maloqueiros da Dollars que sequestrou as garotas acabou pagando o pato pelo que os Blue Squares fizeram (bem feito). Os vilões de verdade agora serão os russos mesmo, o que deve envolver a Awakusu. Episódio decente, e foi legal ver personagens da primeira temporada salvando as garotas.

12 – Tokyo Ghoul ?A, episódio 11

Leia meu artigo sobre esse episódio.

Certo, era tudo um plano da Aogiri. O ataque ao Anteiku era uma armadilha, depois de derrotarem o Yoshimura, já obviamente desgastados, a verdadeira coruja apareceu junto com toda a Aogiri. Admito que é um plano inteligente. O que se seguiu foi um massacre, embora praticamente nenhum daqueles rostos conhecidos da CCG tenha morrido. Amon e Kaneki lutaram, porque o Amon não podia deixar o Kaneni passar ou algo assim. Em dado momento pareceu também que o Kaneki queria destruir a arma do Amon, mas não ficou claro o suficiente. Enfim, os dois quase se mataram. Pelo menos o Kaneki sobreviveu, já o Amon eu não sei, apostaria que morreu. Mas o plano não era só esse! A Aogiri queria colocar a CCG contra a parede para atrair um super-inspetor ou algo assim. Acho legal (mentira) quando coisas assim são introduzidas no final da série. E atraíram. O cara tem duas armas especiais, que de tão especiais ficam até dentro de malas adornadas, diferentes das outras. Porque para ser forte é preciso ser chique também. Ele quase derrota a Coruja, que foge depois de engolir o Coruja. E o Hideyoshi serve café para o Kaneki no dia seguinte enquanto a Touka continua vagando à esmo (agora vigiada pelo irmão). Não foi um episódio especialmente ruim mas foi uma bagunça que não dá para dizer que foi boa.

11 – Cross Ange, episódio 24

Combates razoáveis. A boa notícia é que conseguem libertar Aura, e a má notícia é que isso não adianta nada. Embryo foge com Ange para sei lá onde. Quando estudamos mitologias e religiões, frequentemente nos deparamos com deuses ou criaturas místicas que não lidam muito bem com a rejeição ou que não abordam as mulheres que desejam de uma forma, digamos, ortodoxa. Mas mesmo assim, em todos os casos que me vêm à mente agora, do boto a Zeus, eles pelo menos se dão ao trabalho de seduzir a garota. Usando magia sim, enganação claro, feitiçaria e tudo o mais de ruim que você imaginar. Mas Embryo não precisa de nada disso. Ele sequestra e força sua vontade sobre a garota e pronto. Pobre Ange.

10 – Assassination Classroom, episódio 10

Leia meu artigo sobre esse episódio.

Um episódio duplo. Não de duração dupla, mas com duas histórias independentes. Na primeira, a professora Irina tem que provar que é uma assassina boa o bastante para ser uma professora da turma 3-E, e com ajuda dos professores Koro e Karasuma ela consegue derrotar seu mestre. Mais ou menos, quero dizer. É que de fato o importante não era ela vencê-lo diretamente, mas mostrar que se esforça e que a sua natureza esforçada é um bom exemplo para seus alunos. Professores são exemplos para os alunos, e não apenas pessoas que repetem o conteúdo das disciplinas! Na segunda história, o professor Koro leva Karma e Nagisa (e Ritsu, que se instalou nos celulares de todos os alunos da turma) para o cinema no Havaí, a pedido deles. Não tenho tanta certeza sobre o significado desse arco, se é que houve algum, mas ele foi divertido. No final, mais um novo aluno aparece, esse parece ser humano e é tratado por um homem todo coberto como se fosse “irmão” do professor Koro.

9 – Junketsu no Maria, episódio 11

Leia meu artigo sobre esse episódio.

A Maria chega a tempo de atropelar Galfa (ela ainda está sem magia e vestindo um saco de batatas – sem batatas, claro) e salvar Joseph. Agora começo a achar que a família do Joseph é nobre, ainda que só um pouquinho nobre. Bom, isso explicaria o comportamento do conde. No final, com a ajuda da Maria Joseph consegue derrotar Galfa, e em um acesso de raiva porque o mercenário ficou a briga inteira falando sobre a virgindade da Maria ele continua espancando Galfa. Joseph só parou quando Maria o agarrou. Por causa disso, ele fica se sentindo mal e todo emo e essas coisas e diz pra Maria ir embora sozinha porque ele não merece ela e groselha. Maria dá um bofete merecido na cara dele e diz que quer que ele fique com ela, que às vezes ela também fica emo assim e quer ele pra botar juízo na cabeça dela e essas coisas de casalzinho virgem. Só aí o Joseph sai do transe de depressão em que se encontrava e pede a Maria em casamento, que fica feliz, recupera a magia, transforma a cidade em uma floresta e acaba com a batalha de novo – mas bom, essa já estava praticamente encerrada mesmo.

8 – Kamisama Hajimemashita 2, episódio 11

Leia artigo da Lidy sobre esse episódio.

Um fugiu e o outro está prester a morrer. Kamisama Hajimemashita, eu percebi o que você fez aqui! De repente Tomoe e Mizuki descobrem que, ainda muito nova, Nanami teve de lidar com tudo de pior que os dois lidaram em suas longas vidas. Só não digo que foi um episódio perfeito porque ficou estranho dividir espaço com o arco do Akuraou tentando recuperar o seu corpo, que é bom também, por sinal, mas se o próximo episódio é o último não consigo imaginar como ele possa ter uma resolução ainda nessa temporada.

7 – Yurikuma Arashi, episódio 10

Leia meu artigo sobre esse episódio.

Depois que a história já está inteiramente revelada, é simples até, bem mais que Utena ou Penguindrum, as duas obras anteriores do diretor Ikuhara. É uma história de amor em meio a muitos contratempos, contada de forma complicada e com doses generosas de metáforas. Não fosse a mensagem pungente à favor da liberdade de relacionamento e sexual feminina, seria até um anime bobo, dispensável. Nesse episódio, Kureha faz às pazes com seu passado enquanto as garotas da escola montam uma força-tarefa paramilitar para exterminar ursos. Kureha ajuda Lulu a fugir para o outro lado da Barreira enquanto está convencida que não há paz possível entre humanos e ursos independente dos sentimentos pessoais que ela possa ter, e ela própria é descoberta e julgada traidora pelas colegas. Uma Ginko caída está à espreita e Kureha foi para o tribunal yuri onde, suponho, terá que decidir se desiste ou não de seu amor.

6 – Yoru no Yatterman, episódio 11

A grande reviravolta é que o Dokurubey é um alienígena, por isso ele é tão poderoso e vive por tanto tempo. Mas o bom e o emocionante desse episódio é a redenção do general Goro, que finalmente se lembrou de quem ele era e deu sua vida para permitir que sua filha Alouette, Galina e a gangue Doronbo pudessem fugir da prisão. Agora começa a batalha final. Gosta dos meus chutes selvagens? Espero que goste, por que vou mandar mais um: Galina e Alouette se tornarão os novos Yatterman. Ele já tem aquele brinquedo estranho que usa como arma, e Goro deixou sua bengala elétrica que Alouette poderá empunhar. Os Doronbo eram vilões e os Yatterman é que eram os símbolos da esperança, depois de descobrir que não foram os Yatterman que arruinaram o sonho das pessoas acredito que Doronjo não vá querer assumir para seu bando o papel de governar depois de derrubar Dokurobey (e nem acho que eles sejam capazes disso). Será uma despedida sofrida.

5 – Aldnoah.Zero, episódio 23

Esse episódio constrói cuidadosamente seu gancho final com maestria. Inaho está debilitado por usar demais o implante neural em seu olho, mesmo assim irá lutar – e com o implante operando plenamente. Asseylum foge com Klancain (o novo Conde Cruhteo, filho do anterior) para o castelo de Mazuurek. Ela tem uma última conversa com Slaine durante a fuga, mas embora ele prometa discutir a proposta de paz dela, depois de tudo o que aconteceu ela simplesmente não consegue confiar nele. Ela acha que ele mudou, mas Eddelrittuo diz que ele não mudou, a preocupação com a princesa continua a mesma de sempre. Perceber isso deve ter sido o que mais doeu para Asseylum. Ela entra em contato com o avô, o imperador, mas ele está doente demais e em estágio avançado de demência, incapaz até mesmo de manter uma conversação, que dirá impôr o fim da guerra. Nem se ele quisesse – e ele não quer, o ódio dele pela Terra é legítimo e profundo. Enquanto isso, as forças da Terra armam um novo ataque contra a base lunar e Slaine pretende responder com um contra-ataque ainda maior contra o próprio planeta. Vendo-se impotente em sua atual posição, Asseylum fecha seu coração e sela seu destino assumindo o trono de imperatriz no lugar do avô e tomando Klancain como seu marido para ordenar o fim da guerra. A reação de Slaine foi a esperada, e impagável. Gostaria de ter visto a reação de Inaho, mas essa ficou para o próximo episódio. O próximo e último episódio promete um final trágico, quer os Cavaleiros Orbitais obedeçam a nova imperatriz quer não (E será que como imperatriz Asseylum agora pode simplesmente desativar todos os motores aldnoah remotamente? Ela faria isso, sabendo que pode custar a vida de um versiano, a quem cabe a ela proteger?).

4 – Garo: Honoo no Kokuin, episódio 23

German está morto, Leon, Alfonso e Emma estão enormemente feridos e desacordados, e Anima caminha sobre a cidade. Que adversária terrível que foi Octavia! E de uma forma distorcida ela tem razão: Mendoza nunca pediu a ela que se sacrificasse, ela fez isso por vontade própria, por amor e devoção. Enquanto isso, a Cão de Guarda pretendia explodir uma cidade inteira e pulverizar todo o seu povo para derrotar um horror. Sem dúvida Mendoza é um vilão, mas é difícil dizer quem está do lado do Bem desse jeito.

3 – Kiseijuu, episódio 23

Leia meu artigo sobre esse episódio.

Gosto dessa abordagem sobre o ecologismo. A vida na Terra é grande demais, vasta demais, forte demais, para acharmos que nós, humanos, podemos fazer bem ou mal a ela. Não nego que estamos matando várias espécies e devastando biomas, mas e daí? Nós somos parte da vida no planeta também. Se um leão mata várias zebras, nós matamos vários leões, destruímos seu habitat e fazemos coisas ainda maiores capazes de afetar diversas formas de vida em larga escala. Mas a vida não vai acabar. Não advogo pela irresponsabilidade também, só tento pôr em perspectiva o quanto é prepotente nossa crença de que podemos destruir a vida, ou que é nossa missão protegê-la. Apenas somos parte de um todo maior do que nós. Shinichi derrotou Gotou com a ajuda de um revivido Migi (se ele foi absorvido pelo Gotou antes de terminar de morrer ou se algumas células suas sobreviveram dentro dele durante sua batalha eu não faço ideia) e por um breve instante, enquanto o vilão se regenera, decide deixá-lo viver por achar que não é seu direito julgar a vida e a morte de outros seres. Nisso ele está certo, ele não é um juiz que determina quem vive e quem morre. O irônico é que ele faz isso por não querer impôr a moral humana a outra forma de vida, mas é precisamente isso que ele está fazendo em relação a toda a vida na Terra quando se acha superior o suficiente para ser apenas um observador. Não, Shinichi não é um observador, é um ser vivo como qualquer outro e matar outros seres vivos apenas faz parte de sua própria luta pela sobrevivência. Shinichi percebe isso e mata Gotou antes que ele tenha tempo de se regenerar. Com lágrimas nos olhos, pois se ele é apenas parte da natureza, ele o é como um ser humano e é da natureza humana chorar nessa situação.

2 – Death Parade, episódio 11

Leia meu artigo sobre esse episódio.

Será que “Chavvot” foi mesmo só um nome escolhido aleatoriamente? Suponho que o roteirista do anime tenha feito alguma pesquisa sobre religiões, e por isso acho tão difícil que o nome de um livro religioso judeu tenha sido escolhido por acaso. Claro, mesmo já tendo pesquisado o livro, ele pode tê-lo escolhido apenas pela sonoridade no fim das contas. E apesar de eu não encontrar nada ligando o Chavvot a suicídio, isso absolutamente não quer dizer que não haja nenhuma ligação. Dito isso, os dois juízes que acompanhamos são tratantes, não é? Ginti engana Mayu a acreditar que poderá salvar a alma de Harada e a joga no vazio, enquanto Decim, após ouvir toda a história de Chiyuki, decide mantê-la consigo ao invés de julgá-la (ou eu entendi errado essa parte). Porém Oculus já está a caminho, será que o final será um clichê do tipo “eu disse que tinha que ser assim por uma razão, vocês tentaram fazer diferente e olha como só conseguiram arranjar problemas? escutem os mais velhos!”? Espero que não.

1 – Shigatsu wa Kimi no Uso, episódio 22 (FINAL)

Tenho visto um festival de lágrimas nas redes sociais sobre o final de Shigatsu wa Kimi no Uso. Eu confesso que histórias tristes me fazem chorar com alguma facilidade (e é choro e lágrimas mesmo, juro que apago qualquer comentário falando em “suor nos olhos” ou termos correlatos; deixem de ser idiotas), mas embora tenha quase chegado lá, KimiUso não conseguiu. Fazer o quê, quando uma série de 22 episódios telegrafa no quarto que a protagonista irá morrer e conta a história de como ela lentamente agoniza, a coisa toda simplesmente perde o impacto. Com isso não estou tentando dizer que a morte dela não me deixou triste. Deixou sim. Ela era minha personagem preferida, era linda, tinha uma personalidade cativante (embora agressiva demais para o meu gosto) e foi o verdadeiro motor da série. Se ela fosse a protagonista principal, se a história fosse contada do ponto de vista dela (e como não era segredo nenhum que ela iria morrer isso não traria prejuízo nenhum à história), esse anime teria sido simplesmente sensacional. O Kousei é simplesmente quebrado demais, emocionalmente, para guiar o espectador nessa jornada. Não é por acaso que sua história pessoal causa mais incômodo e irritação do que simpatia. Ele era espancado pela mãe, e mesmo assim não dá para gostar de verdade dele. Fora que, do ponto de vista dele, a morte da Kaori é só mais uma tragédia. Para a Kaori, contudo, essa história é a sua história, é tudo o que ela tem, é tudo o que ela é. Ela é um personagem tão forte, marcante, que é uma pena que o anime seja apenas mediano. Outro elemento desperdiçado no anime é a música. KimiUso tem música de boa qualidade, que consegue, de fato, arrancar emoções de dentro de nós, mas eles não respeitam sua própria música, a interrompendo repetidamente com comentários, descrições e flashbacks que muitas vezes sequer são novos, e com frequência não têm importância nenhuma na história. Descanse em paz, Kaori, você fez tudo o que pôde por esse anime mas algumas coisas não tem mesmo salvação.

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