[sc:review nota=3]

 

 

Bem, algumas questões menores se esclareceram com certa facilidade até. Pelo visto, guardar mistérios nem de longe é uma das prioridades de Rin-ne. Já sabemos que Sabato é seu pai, que ele é o culpado por sua pobreza, que não vale as prestações que força seu filho a pagar, etc etc. Na verdade, a única dúvida que ficou no ar foi: afinal, Mamiya Sakura está ou não na do Rokudou-kun?

Até que o conflito entre pai e filho foi resolvido com certa facilidade, mesmo que tenha levado um arco inteiro de dois episódios. Sabato só queria duas coisas do filho – além de f*der com sua vida, claro: que ele se tornasse o presidente de sua companhia damashigami (consequentemente assumindo as dívidas), e que ele se casasse. Ainda não entendi bem a necessidade dele em casar seu filho adolescente, mas minhas teorias vão desde forçá-lo a viver no pós-mundo até manter um maior controle sobre ele. De um jeito ou de outro, um monde de abutres em forma de garota estavam loucas pra agarrar seu sobrenome, status e uma suposta grana, o que só atrapalhava o garoto. Mas o próprio pai acaba com a brincadeira sem querer, revelando pra todo mundo que o garoto já estava apaixonado. QUÊÊÊ?

Um problema menos, faltam os outros (e é claro que digo isso porque a Sakura nem de longe desconfiou que ele estava falando dela). Um combate mano a mano é necessário, só que o papai Sabato saca o que, em minha humilde opinião como uma garota com 11 anos de experiência otaku, é a melhor, mais genial e mais traiçoeira arma já apresentada em um anime desde sempre. Seu nome: Roda de Fogo Sanguessuga. Modus operandi: transforma tudo em que toda em dinheiro, mais especificamente no valor exato que tal item vale. Ponto negativo: não funciona em seres vivos nem inflige grandes danos físicos, claro, mas se valendo do fato que ela transforma até as roupas do oponente em grana, eu diria simplesmente que quero o número da fabricante pra encomendar um lote pra mim. E tem mais um detalhe: os itens não somem, mas são transportados para o cofre particular dele. Ao contrário do Masato, que era esperto e transformava tudo em armadilhas, Sabato aparentemente é burro mesmo e arrombar seu escritório é mais do que simples. Affe.

 

Papai tem estilo. Quero muitas dessa.

Papai tem estilo. Quero muitas dessa.

 

A situação se reverte quando Sakura recupera os itens apreendidos do cofre… com uma pequena ajuda de um damashigami leão marinho. Que aliás, anda ajudando-os o tempo todo desde o começo. Sim, é a avó de Rinne. Tá na cara. Nem foi uma grande revelação. Ela certamente etsava se sentindo culpada pelas atitudes vis do filho vagabundo dela e tentou ajudar o neto como pôde, já que não pode tirar o nome dele como fiador. Bom, os truques que Sabato usou pra tentar pegar a assinatura do garoto na tentativa de aplicar mais golpes me tiraram certas dúvidas. Eu já sabia que no Japão muitas pessoas usam um carimbo com o sobrenome da família como assinatura oficial de documentos, mas não sabia que ainda se considera a impressão digital também. Acho as duas formas perigosas e imprecisas, afinal, é muito simples falsificar ambos os desenhos em documentos, ou mesmo enganar o usuário para obtê-los. Conhecendo melhor o relacionamento dos dois, creio que Sabato deve ter simplesmente roubado a digital do filho para fingir que ele concordou em ser seu fiador. Golpe baixo sim, mas basta lembrar que ele roubava o dinheiro do garoto o tempo todo, desde sempre. Isso seria simples pra ele.

Ah, Tamako também acaba com a briguinha de abutres contando a todo mundo que Rokudou e Sakura têm um caso. Ele fica estremecido, mas a garota nem se abala. Começo a duvidar de um romance engrenando em menos de cinco anos, porque olha…

 

Escutem aqui bitches, essa garota >>>>>>>>. cês tudo.

Escutem aqui bitches, essa garota >>>>>>>>. cês tudo.

 

O final é colorido por uma grande surra, seguido do roubo (eu diria reapropriação) do dinheiro de ruivo-pai e o resgate da caderneta de poupança e documentos de Rokudou. Ou seja, mesmo que ele não consiga pagar a dívida toda de uma vez agora, ao menos não será mais usado inescrupulosamente. Pode ter sido um final feliz pra ele, mas eu achei muito chato. A pobreza do garoto era um ponto forte na caracterização do personagem, e acaba assim, de boa? Ele vai ter dinheiro como qualquer um, sem sufoco nem perrengue? Chato. Pelo menos ele pode se concentrar um pouco na garota de quem gosta, vai que insistindo um pouco as coisas melhoram. E a história também.

 

Eu tinha esquecido de que ele estava doente. Mas tenho certeza de esse calor não é da febre, não.

Eu tinha esquecido de que ele estava doente. Mas tenho certeza de esse calor não é da febre, não.

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