Esse episódio funcionou muito bem como uma recapitulação da série. Não uma recapitulação de tudo o que já aconteceu, mas uma recapitulação dos momentos chave da história do Jirou, que são também chave para o enredo de Concrete Revolutio. Isso não foi feito através de uma recapitulação tradicional, com flashbacks ou memórias dos personagens, mas de duas formas paralelas e criativas: um filme produzido pela Imperial Propaganda com a intenção de difamar os super-humanos (especialmente o Escritório de Super-Humanos e o Jirou) e a imagem produzida pelo capacete do Claude que o Jirou usou que retrata o próprio Jirou aos olhos do Claude.

O assustador: o vídeo produzido com a intenção de difamar tecnicamente não contou uma única mentira. Não no que realmente importa, pelo menos. Os Super-Humanos que formariam o Escritório são retratados como uma sociedade secreta maligna, mas enquanto essa nunca foi a intenção deles (bom, talvez tenha sido a intenção do Akita em algum momento), do ponto de vista das demais pessoas suas ações, corretamente retratadas no filme, sem dúvida podem ser sim consideradas malignas. Ou pessoas nunca morreram por causa dos gigantes criados pelo Escritório de Super-Humanos?

Ler o artigo →

A guerra contra Hakumen no Mono ainda não atingiu seu ápice mas todas as tropas já estão em campo. Bom, quase todas: o Tora ainda não se recuperou, mas creio que isso ocorrerá no próximo episódio. A Lança da Besta já se restaurou – sozinha – e Ushio a empunhou e removeu dela o seu limitador. Ele está disposto a ir até as últimas consequências. Os youkais estão lutando a boa luta e oferecendo o apoio necessário. Os monges se posicionaram estrategicamente e eles, junto com as guardiãs (a mãe do Ushio e a Mayuko) estão mantendo o Hakumen preso na mais poderosa barreira que jamais foram capazes de conjurar. Outra que deu sua contribuição para a barreira foi a antiga líder da Seita Kouhamei, falecida mas cuja alma pôde voltar para o mundo dos vivos uma vez mais graças à um portal aberto pela Saya. Os mortos nas ilhas japonesas devem se contar aos milhões ou no mínimo centenas de milhares (para comparação: contam-se em cerca de 30 mil os mortos e desaparecidos na morte que veio do mar no Grande Terremoto de Tohoku em 2011, que atingiu apenas a linha costeira de uma região do Japão medianamente povoada). Entre tantas mortes trágicas, as forças que se opõe ao Hakumen no Mono não temem a sua própria morte. Heroica.

Ler o artigo →