Chocolate Branco não é Chocolate: Arquétipos em Fullmetal Alchemist Brotherhood
Ai, ai, chegou a hora do laboratório assombrado. Eu queria tanto ter escrito sobre ele no Hellouwin, mas acabou que esse post saiu um mês depois. Atrasos acontecem, principalmente com os meus trabalhos da faculdade. Mas enfim, voltando onde paramos.
Quando Ed vai buscar os livros, a única coisa que ele consegue é carvão. Indignado com isso, Shezka escreve toda a papelada do Marcoh em algumas horas?(Juro que daria alguns dias pra escrever aquilo). Anyway, agora chegamos a parte mais interessante do episódio. Quando os irmãos descobrem a pedra filosofal. A pedra, em si, representa um arquétipo diferente, é como se fosse uma metamorfose (quando algo muda, fisicamente ou mentalmente). No caso da Pedra, ela muda as pessoas nos dois sentidos, ela muda a porra toda. Ela muda tanto as pessoas que são sacrificadas, as que usam a pedra, e os arquétipos. Em fma ela significa poder, fazendo com que quem a tenha mude tudo de acordo as suas ações. Um exemplo, bem, é spoiler, mas é quando Kimblee pega a pedra e aniquila a família do Scar. Ou mais psicologicamente, no caso do Marcoh, em que ele não aguentou a pressão da pedra e decidiu fugir. Geralmente, o pensamento da metamorfose vem quando pessoas questionam do porquê sim e porquê não. No que na maioria dos casos lida à uma mudança, resultando na metamorfose. Um exemplo é quando os irmãos Elric decidem transmutar a mãe, ou um exemplo não FMA é quando o Naruto é traído por aquele professor do primeiro episódio. Em outros casos, mais sérios, pode ser porque o personagem não se adaptou ao ambiente e muda. Como a Kagome de Inuyasha, depois de conhecer o mundo do Inuyasha, ela muda um pouco. O interessante desse arquétipo é que os personagens podem ser algo que eles não podem ser via imaginação, muitos personagens imaginam o que eles querem ser, enquanto na vida real eles são meio que os opostos. Isso afeta mais o Al. Até agora a gente já viu o quanto a pedra afetou ele. Sendo obrigado a viver em uma armadura, ele anota todas as coisas que ele quer fazer em um caderninho, imaginando e esperando que um dia ele realize elas. Mas no geral, quando algo é metamorfose, o que define definitivamente isso é quando tem uma mudança de arquétipos. Como ir da Era de Ouro pra Era do Ferro, como foi na história do Scar ou dos irmãos Elric.
Agora que vocês sabem como a Pedra mudou até o momento, vocês vão perceber que de repente a história começa a andar mais rápido. E que a quantidade de revelações e confissões começam a vir mais rápido. Os laços entre os personagens também vai aumentando e ficando mais fortes. E, de agora em diante, vemos os “vilões” tendo mais ação também.
Pulando pra morte do Hughes, no geral, a morte dele foi mais pra deixar os leitores tristes mesmo. Mas podemos dizer que a morte dele foi a primeira mudança que a Pedra fez depois de ser introduzida. E graças a essa mudança, a história anda, tirando um pouco do foco dos irmãos conseguirem seus corpos. Enfim, eu poderia comentar mais sobre isso, porém, eu to esperando o Roy fazer mais coisas, pra dar o que falar mesmo. O que eu posso falar é mais como a autora fez o Hughes ter tanto impacto usando arquétipos como Ano humano. No geral, como coloquei antes, usando o Ano humano ajuda a deixar a obra mais fácil de entender, como, por exemplo, usando chuva pra momentos tristes porque geralmente as pessoas ficam assim. E nesse episódio não é diferente. Vemos, no começo, um dia normal, Hughes dando tchau pra família e Winry, trabalhando,etc… até que de noite ele é assassinado.
Considerando o fato que os irmãos e Winry saem da Central até Rusty Valley – Dublith. Se eles não tivessem descoberto a pedra há pouco tempo e o fato deles viajarem não ser descobrir mais informação sobre a pedra, esse arquétipo não seria tão efetivo. Esse episódio marca o “fim” de uma “era”. É a partir daqui que a série completa (quase) todos os arquétipos que eu falei que eu ia focar no primeiro post. A Era de Ouro representando a infância do Ed e do Al, A perda da inocência é todo o processo de ressuscitar a mãe quebrando o tabu / e ou o caso do Tucker, The God Teacher, que foi pouco coberto, mas com a Izumi esse arquétipo vai ser melhor apresentado (Hohenheim não é ruim, mas ele é de mais pro começo da história). O Ano Humano foi coberto em quase todos os episódios (mas eu não comentei de todos… porque né, muita coisa s/2), e por último A Enchente é a única exceção. Mas, logo depois, no funeral, Roy cita uma “chuva”, e eu acredito que isso cai na Enchente, falando que Hughes foi pro paraíso, ou em outras religiões fazendo apologia à reencarnação. E eu não lembro se a morte do Hughes envolve água (chuva). Mas caso envolva, talvez tenha um pouco desse arquétipo.
E aqui parece uma boa parte pra encerrar o artigo, como falta de tempo faz mágica, olha o tamanho desse post. Espero que o próximo saia antes do Natal.