Quando battle shounen encontra slice of life dá no que? Nesse episódio 11 de Black Clover!

Como quase sempre, não há muito o que se falar sobre esse anime, que já não esteja bem na cara do telespectador. Esse episódio teve uma primeira parte arrastada, enrolada e meio meh, e uma segunda melhorzinha já que mudou o cenário e, se não me engano, adaptou normalmente um capítulo do mangá. Aliás, acho que o anime se sai melhor quando segue o original sem alterar muito, quando ele tenta “encorpar” a história se perde, pois, a parte original do roteiro é bem questionável.

Confesso que esse episódio não me incomodou tanto e que até achei ele divertido, mas acho que isso se deve mais a eu já ser um fã, pois ele foi no máximo mediano. Uma coisa que me incomoda é a repetição constante das piadas dos integrantes dos Touros Negros. Tirando a Vanessa – que não andou no meio da rua com um copo de cerveja na mão ou ficou falando de bebida toda hora –, os outros secundários do Esquadrão só repetiram suas piadas bobas, o que poderia ser cortado, e se cortassem também grande parte da enrolação da primeira parte já daria para adaptar outro capítulo. Esse primeiro cour vai acabar com o quê? Com os personagens batendo em ladrão de bolsas? WTF!!!

Ao menos explicaram o mapa do Reino, o que provou que eu que fui desatento e não me toquei que Diamond e Heart eram a área vizinha, que só os nomes na legenda é que estavam “invadindo o território” de Clover. Faz sentido os camponeses e a plebe cercarem a nobreza, mas não é possível que o autor não pensasse em obviedades como essas ao desenhar o mapa do Reino que ele criou, né? Agora me incomoda o nome das divisões, será que o povo não acha ruim morar em um reino “esquecido” ou em um reino “comum”? Ao menos já ficou claro que o comum é a nobreza deter maior poder mágico, então dá para dizer que eles podem sim dominar o resto da população pela força bruta caso queiram, não é como se fosse assim tão fácil rolar uma luta de classes nesse mundo.

Também foi bom vermos que há um Mercado Negro – o normal para qualquer sociedade “civilizada” ao menos um pouquinho realista –, mas acho – e isso já desde o mangá – um desperdício não tornar esse espaço mais interessante, parece apenas um mercado onde vendem umas bugigangas e só. Também não curto muito o carinha lá da risada, mas entendo que ele é apenas uma ferramenta de roteiro para mostrar o quanto o Asta é cabeça de vento e gente boa, ele é tipo a equipe Rocket e o Asta o Ash, só que sem conflito direto. Que analogia fodástica hein! Vai Astúpido, eu escolho você!

Por fim, o que eu poderia falar mais desse episódio? Que fico feliz pela Noelle estar se apaixonando pelo Asta porque sou um shippador sem vergonha? Que a Vanessa rende mais no mangá mais para frente, mas que isso não deve ser adaptado nesses 51 episódios e que só lamento por isso? Que vai ter Yuno – e waifu nova – episódio que vem e só isso já me deixa animado porque Yuno >>> Asta?

Também apareceu um personagem que eu adoro, mas não me lembro se ele entra para o primeiro plano da história agora. Ademais foi isso, um episódio leve e bobo, divertido para quem gosta desse tipo de situação em um anime clichê, mas provavelmente ruim para quem já não estiver gostando.

Verdade, houve a explicação do sistema de pontos do Exército e uma reforçada no estigma de “perdedores problemáticos” que os Touros Negros carregam. Digo também que derrotar um inimigo misterioso e salvar toda uma vila da morte certa me pareceu sim um feito digno de reconhecimento e condecoração do Rei Mago. Será que o Asta e a Noelle vão mudar a situação lastimável na qual o Esquadrão deles se encontra? Vocês não perdem por esperar para saber! Ou perdem, mas aí cada um sabe como gasta seu tempo, né. Se é vendo anime duvidoso ou fazendo outra coisa. Até mais!

Me perdoem pelo trocadilho no título, mas deve ter de novo, vocês não perdem por esperar hehe…