Black Clover é originalmente um mangá publicado na Weekly Shounen Jump, escrito por Yuuki Tabata e que conta com 14 volumes lançados até o momento. Sua adaptação em anime terá 51 episódios – um modelo que praticamente já caiu em desuso – e é sobre ela que irei falar agora.

Se você já acompanhou algum “shounen infinito” deve conhecer o famoso estúdio Pierrot, não é mesmo? Ouvir esse nome te dá arrepios na espinha ou faz seu coração vibrar de emoção? Acredito ser mais provável a primeira opção, e Black Clover infelizmente entrega algo que bem a justifica, uma proposta manjada e simples que facilmente poderia compensar a sua falta de originalidade e profundidade com dinamismo e objetividade, mas acaba fazendo exatamente o contrário.

O estúdio Pierrot mais uma vez produz um anime de mais de 50 episódios entupido de fillers – Sousei feelings – na tentativa de adicionar mais detalhes sobre seu universo e explorar alguns personagens, o que acaba se provando um tiro pela culatra por arrastar uma obra que mesmo se fosse mais movimentada já não teria no roteiro o seu forte. Entendo que foi na tentativa de melhorar a história, mas não dá para melhorar uma história entregando algo pior do que o que já se tinha, não é mesmo?

Nem tudo é “azar” e Black Clover consegue entregar algumas cenas de ação competentes e nos apresenta uma dinâmica entre seus personagens principais bem mais saudável e natural que a de muitas duplas rivais de animes battle shounen por aí – sim, Bakugou e Sasuke, essa foi para vocês!

Mas isso não é “sorte” suficiente que prenda o telespectador e ao menos em seu primeiro compilado de episódios o presente e o futuro não são muito promissores, limitando o potencial de algo que claramente já não poderia oferecer muito além de uma diversão satisfatória e momentânea para quem não se incomoda com histórias genéricas cheias de clichês e uma trama que até tem potencial para dar algo a mais, mas ainda vai demorar a se desenvolver até poder ser melhor compreendida.

Se você tem muita paciência, não liga tanto para clichês e não desanimou com a sinopse – entenda que se trata de um battle shounen que segue praticamente todas as regrinhas desse “gênero”, sendo assim, esperar demais dele já sabendo disso é falta de bom senso de quem for assistir o anime – então pode dar uma chance a Black Clover por sua conta e risco, mas se for mais exigente e não curtir mais do mesmo e nem esteja afim de gastar seu tempo para encontrar algo de interessante de se ver na obra sugiro que passe longe, pois o trevo negro deu o azar de não ter lá muita magia…

P.S.: não vou continuar mesmo comentando Black Clover semanalmente – é um tempo que eu posso gastar falando de animes bem mais interessantes, tipo um que começa com N? –, mas pretendo falar dele em outra oportunidade, sendo em uma resenha do anime ou falando de um conjunto de episódios caso haja algo de muito interessante a se comentar sobre eles.

Indico que acompanhem as primeiras impressões de início de temporada, assim como os outros artigos do blog e até a próxima!

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