Lostorage Conflated WIXOSS – ep 11 – O quarto das derrotas e vitórias
O melhor episódio do anime até agora e a porta de entrada para um ótimo desfecho que de uma vez por todas dê fim as batalhas. É entre derrotas e vitórias que a aliança das heroínas devasta as vilãs e se dirige ao quarto das janelas brancas. Kiyoi e Tama, a luz superar a escuridão só depende de vocês!
Quando a Carnival saca o nível 5, admito que fiquei um pouco com pena da Suzuko, porquê entre as heroínas principais ela é a única que não chegou a atingir esse nível no anime e agora não terá mais essa chance, afinal, ela inicia a batalha buscando vencer, mas ao se dar conta de que não teria como fazer isso, sua intenção passa a ser expor a força máxima da Carnival para que a Kiyoi derrote a vilã!
Fico dividido entre criticar isso ou não. Por um lado, antes critiquei darem mais tempo de tela para as garotas de Lostorage, mas, pensando bem, isso fez sentido, afinal, ainda é Lostorage do que estamos falando. Contudo, se elas ainda são o foco, por que não dar esse boost na Suzuko? No fim, ela acabou aquém das outras duas, além de que o drama da Chinatsu não acrescentou mais nada de relevante a história e nem deve mais. Acha que nesses casos as personagens foram um pouco mal aproveitadas, não rendendo tudo aquilo que poderiam entregar no que dizia respeito aos seus dramas e desfechos.
Mas é verdade que o anime ainda não terminou, então ainda não posso afirmar que o desfecho de alguma personagem foi assim tão aquém do que eu esperava. Retornando as batalhas, as vilãs não poderiam deixar de expor o que queriam antes de serem apagadas, não é mesmo? Algo bem comum para a história e que não trouxe nada de novo. Talvez só dê para fazer um paralelo entre inimiga B e Tama. É como se as duas fossem apaixonadas por batalhar, só que enquanto uma busca a luz ao usar seus punhos, a outra anseia pela escuridão, desejando a violência ao invés do afeto. Se é para o bem vencer no final, nada melhor do que a guerreira da luz derrotar a guerreira da escuridão, não acham?
Longe de ser super criativo ou genial, diria até que muito previsível – nada do que supus pela prévia no último episódio –, mas nem por isso ruim, pois era o esperado, foi por esse momento que toda a trama evoluiu dessa forma, foi por essa catarse. Sem mais rodeios, sem mais desvios, apenas uma batalha entre o bem e o mal, a luz e as trevas, para decidir quem teria o controle sobre o destino das batalhas. E quem poderia chegar ao quarto das janelas brancas senão uma guerreira como a Kiyoi?
Diferente da Ruuko e da Suzuko, ela teve um caminho mais calejado e até pareceu má em distintos momentos, seja como LRIG ou como selector, andando sobre uma linha ainda mais tênue do que as outras protagonistas andaram. Ela foi construída como coadjuvante, mas na hora certa souberam a elevar a status de protagonista, e fizeram isso de uma maneira que não pareceu forçada, não só por terem contado a história por trás da sua história, mas pela forma como ela evoluiu desde o começo.
A Kiyoi é a recompensa pelos mais de 40 episódios da franquia até o momento, é a heroína que tem a personalidade mais interessante, a história mais envolvente e passou pelas maiores dificuldades – o que devem tornar esse episódio final muito gratificante para quem acompanhou a franquia até aqui.
Ela é tão autêntica, em uma franquia cheia de padrões de personagens e situações, que não venceu pela força, mas fazendo a adversária explodir por conta do excesso de poder que ela tanto desejava.
Uma presença de espirito marcante e uma confiança inabalável. É assim que a Kiyoi deve encarar a situação que se delineou, a posse do quarto das janelas brancas que guarda as memórias roubadas.
Do outro lado, a Tama deve resgatar a Yuki e talvez ela agora também ganhe um corpo para chamar de seu, passando a viver com suas amigas – que arranjem mais uma boca para a vovó alimentar, né.
O título da prévia do próximo episódio indico o final feliz previsível, mas não menos desejado, que talvez sele o fim dos animes da franquia de WIXOSS, mas será um fim bom, daqueles que costumam deixar saudades, mas deixarão, principalmente, o público satisfeito. Que a luz supere a escuridão!