Segundo os contos de fadas, o príncipe encantado sempre chega para salvar a princesa para dar um final feliz ao conto com direito ao clássico “e viveram felizes para sempre”. Todavia, Girly Air Force está longe de ser um conto de fadas, embora tenha garotas tão lindas quanto qualquer princesa.

Enquanto a guerra contra os “Zai” não chega ao Japão, Gripen e Kei podem ter um momento tranquilo, digno de um conto de fadas. Claro que isso não durará muito tempo, mas situações de calmaria são comuns em animes de ação antes de algo tenso acontecer.

Há quem gostaria de ver cenas de ação em que os personagens principais enfrentem os vilões, mas a calmaria não foi à toa, pois serviu para apresentar melhor a Gripen.

Coisas cotidianas como comer uma refeição gostosa, passear e ver o pôr do sol na praia podem ser consideradas coisas sem graça para algumas pessoas na ficção. Entretanto, para a Gripen isso tem valor porque a mesma não conhecia essas coisas, ficando restrita à base militar onde ela vive.

O Kei, como um bom príncipe encantado, tirou a “princesa” de sua bolha e deu um pouquinho de humanidade a uma garota que não apenas é considerada uma arma, mas também tem consciência do que ela é, e para quê foi criada. Embora ela seja uma ferramenta, somente pelo fato de ter uma aparência humana, e agir como uma, ela pode ser mais do que a arma secreta criada para derrotar os temíveis e misteriosos “Zai”.

A velha questão ética sobre inteligências artificiais volta à tona. Se as “Anima” podem agir como um humano, é correto descartá-la como se fosse ferro velho? A manutenção de um “Anima” e  do avião estilizado que ela pilota (Daughter) é cara. E do ponto de vista dos cientistas a Gripen é somente uma arma, e não alguém que possa ter a capacidade de ser “humanizada”. Ela não tem senso comum, e o Kei vai aos poucos a ensinando a ser “humano”. Teve algumas situações cômicas funcionais, justamente pelo fato de faltar senso comum na Gripen, e isso colaborou para o clima leve do passeio dos personagens principais.

Não sei até aonde vai o “poder” desse príncipe encantado, mas as singelas atitudes dele estão fazendo efeito, e devem continuar a fazer efeito ao longo dos episódios.

É perceptível que os militares não vão muito com a cara da Gripen. Talvez seja ciúmes e sinal de impotência, pois ela tem potencial para enfrentar os “Zai”, e eles não. Então só resta o lamento de não poder fazer muita coisa. Como isso é só especulação, posso estar errado, e o motivo dos soldados não gostarem pode ser outro.

 

Galeria de Imagens

Obrigado a todos que leram este artigo, e até a próxima!

  1. Aquela fala do Cientista no final me deixou com receio que essa obra seja igual o Ulysses. Já que aparenta que pra Grippen conseguir pilotar ela precisa de um beijo do MC. Além de provavelmente ser mais um anime com a amiga de infância sendo rejeitada. Vamos ver o que esse anime pode mostrar daki pra frente

  2. Este segundo episódio de Girly Air Force meio que acalmou o interesse que tive no primeiro episódio. Não que o segundo episódio tenha sido mau, tive a breve sensação de ver muitos clichés embutidos na Gripen.

    Foi interessante ver um pouco da rotina da Gripen dentro da base militar, ela basicamente parece uma garota normal, meio distraída e trapalhona, mas com boa personalidade. Foi bem interessante ver que a Gripen assimila bem os conselhos que lhe dão, o cientista disse-lhe que ela podia ter um esconderijo/lugar especial para passar o seu tempo livre dentro da base, e assim ela ela fez (o local escolhido foi excelente, é impossível bater de frente com um esconderijo localizado dentro de uma caça da Segunda Guerra Mundial).

    Outra coisa interessante foi a canção que a Gripen cantou quando estava na companhia, a canção que ela cantou chama-se “O Jardim da Celeste”, é uma canção para crianças de origem portuguesa (parece até que tem algum português na staff). Também foi interessante aquilo que a Gripen disse sobre a Nova era, será que isso é alguma informação em código da origem dos Zai?

    De resto,o encontro entre a Gripen e o Kei foi divertido e ao mesmo tempo interessante, já que durante vários momentos, dá a entender que os outros soldados não toleram bem a Gripen.
    Tal como o New York Jets disse, a parte final do episódio deu a entender que a Gripen tem uma limitação do tempo que dura activa, só espero que a solução não sejam beijos, isso seria estragar o anime ainda antes da metade.

    A galeria de imagens representa bem o que aconteceu no episódio.

    Como sempre, mais um excelente artigo de Girly Air Force Flávio.

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