Hello pessoas, como estão? Espero que estejam bem. É a Bruna mais uma vez e hoje eu gostaria de falar sobre um manhwa que me fez dar uns gritos de euforia por ser muito bom. Estou falando de American Ghost Jack. Ele é uma produção sul-coreana com a temática de horror em sua constituição, com todas as cenas coloridas mantendo uma paleta de tons mais escuros; a narrativa de terror é incrivelmente boa para se ler à noite ou no início da manhã.

Uma das coisas que mais gostei foi os motivos que levam cada personagem a tomar certas atitudes, e como, a partir disso, as consequências surgem e eles lidam com elas de uma forma bizarra. Não entendam esse “bizarra” como algo incrivelmente estranho, na verdade esta palavra está se referindo a todo o contexto sobre cada ação deles. Tendo isto explicado, posso indicar com todas as minhas forças esta obra de Han Ji-hye, pois sem dúvida tem um traço formidavelmente desconfortante em alguns momentos, assim como uma leveza que te faz acreditar em algo inexistente.

Os personagens, de modo geral, te fazem especular sobre seu papel na história e o porquê de ele estar ali, porém, conforme você vai entendendo a vida deles, novas hipóteses começam a surgir e não tem como fugir disso. Por conta da paleta de cores que compõem o manhwa, juntamente com o traço de Ahn Jeong-eun descaracterizado em certos momentos, o leitor não consegue tirar os olhos da página e fica analisando cada sombrinha que aparece.

American Ghost Jack conta a história de Ma Go-eun, uma jovem que mora com seu pai numa espécie de casa mal-assombrada em um parque de diversões, quase ninguém vai até o local para se divertir e quando vão não conseguem se assustar. Graças a isso, ambos estão sendo despejados do parque para que uma nova área seja criada no local, porém Go-eun não está disposta a deixar seu lar repleto de memórias com a falecida mãe, por isso, ao saber de um prêmio de 1 milhão de dólares para aquele que conseguir passar 15 dias na Ghost Jack’s House, a garota viaja até os Estados Unidos em busca do prêmio e de novas ideias para colocar na sua casa mal-assombrada.

Uma coisa que vocês precisam ficar sabendo antes de lerem esta narrativa, é que ELA NÃO DÁ MEDO ALGUM, porém o plot é muito bom e vale a pena investir um tempo somente para observar o desenrolar da história. Além da vida da Go-eun, que não se assusta com absolutamente nada e pensa a cada instante em como poderia dar vida àquela casa mal-assombrada que está tentando manter de pé, temos paralelo a história de cada personagem dentro da mansão do Jack.

Alguns deles nós teremos vislumbres da sua vida à medida em que vão sendo caçados pelos fantasmas – vou precisar dar um destaque especial para eles, por ser muito bem desenhado e transmitir uma sensação de agonia fabulosa. Confesso que em um determinado momento na trama, eu fiquei levemente tentada a shippar a protagonista com o fantasma Jack, mas irei esperar pelos próximos capítulos antes de pensar neste ponto.

E por falar no ilustre pianista Jack, este cara é muito bem construído e tem uma vibe altamente legal para se observar, ao mesmo tempo que o achamos louco encontramos pontos para simpatizarmos. Mas apesar disso tudo, não podemos descartar o gênio forte e infantil diante de certas decisões, algo que faz o leitor pensar: Meu Deus, isso é horrível… QUERO MAIS! E por este motivo consigo dizer que Jack foi muito bem pensado para poder dar à trama um ar artisticamente macabro.

Um personagem que me chamou muito a atenção foi o mordomo, Sebastian (óbvio), ele transmite uma sensação estranha e o leitor sabe que dali não pode vir nada de bom, algo que só atrai mais olhares para o senhor. Em um determinado momento, enquanto conversava com Jack, o homem fala sobre um trato entre eles e isto só dá mais asas para quem está lendo criar teorias a respeito disto, da morte de Jack (sim, ele já está morto… a princípio, pelo menos) e como este fato pode afetar a protagonista.

Com imagens muito lindas e perturbadoras, para àqueles de espírito mais fraco, o manhwa tem um dos plots mais legais de horror que já tive o prazer de conhecer, apesar de ele não chegar a dar medo e te fazer imaginar espíritos saindo debaixo da cama, a narrativa segue um estilo bom e cativante, porque você conhece os motivos da protagonista, daqueles que interagem com ela e passar a ficar curioso sobre a vida dos outros personagens.

Nada na história é por um acaso e ter ciência deste fato faz o leitor clamar por mais um pouco de sangue, loucura e até delicadeza nas partes em que o Jack está tocando. Este manhwa me lembrou da música Calalini do Vocaloid, a sensação ao vê-los foi muito semelhante e na primeira cena só consegui lembrar desta canção.

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