A Netflix aproveitou o excelente timing do lançamento da segunda temporada de DanMachi para adicionar ao seu catálogo o primeiro filme da franquia. Arrow of Orion (Orion no Ya) consegue captar a essência da série regular e coloca os personagens queridos pelo público em situações divertidas. O problema é que o longa não vai muito além disso.

Desta vez, a trama gira em torno da deusa Ártemis, que precisa da ajuda de Bell, pois é o único capaz de usar uma lança para deter uma grande ameaça chamada Antares. Não vou entrar em muitos detalhes para não dar spoiler, mas posso adiantar que há um tom de mistério, pois Ártemis está diferente de quem costumava ser.

A deusa é a grande novidade deste filme e sua chegada cria boas dinâmicas entre os personagens. A mais divertida é o ciúme que Hestia sente por ela, já que divide a atenção de seu aventureiro. O trio é responsável pelos melhores momentos do longa, que não se limitam apenas ao alívio cômico, como também entregam cenas emocionantes. Também vale destacar a relação de cumplicidade entre as deusas Hestia e Ártemis, já que as duas eram grandes amigas quando viviam no Paraíso.

Vale a pena assistir por momentos como esse

Os heróis precisam chegar até um lugar específico e concluir uma missão, portanto acompanhamos essa trajetória e o desenvolvimento de suas relações. O problema é que em muitos momentos sentimos que há personagens demais em tela, e todos com poucas funções. Pela própria história, apenas Bell é necessário para a missão de derrotar Antares, pois é o único que consegue usar a lança, então, para que Lili e Welf também vão? No caminho eles ainda encontram a família de Hermes e outros aventureiros, que são totalmente desperdiçados pois literalmente não têm o que fazer.

A história também incomoda pelos momentos extremamente expositivos, em que os personagens reservam um tempo apenas para explicar tudo que está acontecendo ao espectador. Porém, o que mais deve decepcionar os fãs é a parte da ação. Diferente do título da franquia, o Dungeon fica totalmente de lado, o que, até então, não é um problema. A questão é que os protagonistas apenas enfrentam monstros genéricos de CGI pelo caminho e o grande inimigo também é um monstro gigante de CGI. Eles não têm qualquer tipo de personalidade, habilidade especial, ou nada que cause algum impacto e crie sensação de perigo. Ainda existe uma tentativa de criar empatia entre Ártemis e Bell, pois, no final, isso seria muito importante, mas há pouco tempo de desenvolvimento dessa relação. Pelo menos não o bastante para acreditar no que o filme quer passar.

Apesar das críticas, Arrow of Orion conta com boas ideias e conceitos interessantes. Entre eles, o que mais gostei é a forma como aproveitam o design da lua para fazer um arco que atira flechas do céu em Orario. Além disso, os novos visuais dos personagens, apesar de serem totalmente gratuitos, também são muito bonitos.

O filme ainda conta com diversos momentos de fanservice. Seja pelas personagens femininas, como Hestia e Ártemis, ou pela aparição de personagens queridos pelo público, como Ryuu e Ais. O problema é que, mais uma vez, nenhuma delas têm muito o que fazer, servindo apenas como um agrado para os fãs. Mesmo assim, confesso que é muito bom reencontrar essas personagens. Como disse no início da resenha, é mais um “esquenta” para a segunda temporada.

Dungeon: Arrow of Orion é um filme divertido da franquia, mas não vai além disso. É sempre bom ver novas aventuras deste universo, mas esta especificamente não é tão memorável. O filme funciona como uma história paralela, portanto não é necessário assisti-lo para entender o que acontece na série regular. O mesmo acontece para aqueles que só forem assistir ao longa, que explica tudo que é necessário para seu entendimento, funcionando de forma independente. Se esse for seu caso, saiba que a série é bem melhor.

  1. QUE ANALISE É ESSA? WHAAAAAAAAAAAT?
    O filme é maravilhoso, com um plot incrivel e inesperado, foi totalmente pertinente visando que o anime conta com um plot nada inovador no qual já se sabe o desfecho, o filme aborda uma área fora da sua zona de conforto no qual agradou uma grande massa dos espectadores. Anda bem que essa sua “análise” mostra apenas seu ponto de vista!

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