Como no último capítulo, Fire Force mostrou que não é um simples Shounen, confesso que o subestimei – assim como o novo recruta subestimou a Maki – e isso é mais explícito quando chegamos na segunda parte do episódio, mas presumo que seja melhor começar esta análise com o início do episódio, que já mostra que teremos um evento de recrutas.

Não é algo que eu goste muito, mas isso está presente na maioria dos animes desse tipo. Para quem acompanha o rumo dos animes sabe que coisas assim quase sempre aparecem, no entanto, podemos nos surpreender com o esbanjamento da animação, principalmente em momentos de clímax. Os participantes serão o Shinra e Arthur – este último até me deu uma má impressão quando o vi.

O cara chegou chegando, moral em si mesmo não faltava. Eu não gosto de personagens assim, mas claro, para não generalizar a personalidade dele, eu resolvi dar uma chance, e olha, eu não me arrependi, minhas impressões mudaram aos poucos na continuidade do episódio. Não quero “estragar” o personagem, até porque ele não é tão ruim assim e acompanhando o final do episódio eu percebo isso, mas eu tenho aversão a personagens que sempre estão de ranço com o protagonista – Bakugou que o diga. Apesar disso, é meio exagerado comparar o Arthur com o personagem de My Hero Academia, e pior ainda dizer que são do mesmo nível.

Os personagens nem dizem um “oi” e já vão pra briga, ok, normal, mas aí aparece a personagem que eu mais simpatizei nesses dois episódios do anime: a Maki. Ela entende o potencial da 3ª geração, por isso é disposta a se esforçar mais ainda sendo da 2ª geração. Como falado, diferente da Shinra, que é da 3ª, ela precisa de um iniciador, então há limitações. Pelo que vi, achei bem interessante o que ela pode fazer, criar criaturas com nomes estranhos, domar e apagar fogo é algo que me fascinou, até agora é a habilidade que eu mais gostei.

Mesmo com a chegada do Tenente Hinawa, o clima humorístico não se foi. Este foi um personagem que não me interessei muito, como falam, é meio “meh”, mas, pelo menos dessa vez, tentaram trabalhar sua personalidade de maneira engraçada, principalmente com os monstrinhos da Maki. Também foi dele a ideia da luta, que mostrou as qualidades da garota criadora de Bobobo-bobo-bobos, que por sinal é um nome muito bonito. Ela se mostrou experiente e atenciosa, além de não subestimar os inimigos.

A nova missão do batalhão foi bastante interessante, houve bons diálogos, principalmente por parte do Tenente Obi. O anime retratou a importância de não elevar as armas ao ponto de esquecer o principal objetivo: descansar a vítima. É uma vítima, não acha? Ainda não sabemos a real causa dessas combustões espontâneas, mas aqueles que acabam sofrendo disso não têm culpa, são só vítimas. O batalhão é de bombeiros, então não é nada mais lógico do que ter compaixão pela vida, mesmo que, como dito pelo Tenente, alguns não entendam isso.

Dar o descanso a um infernal é algo inevitável, mesmo que pareça difícil, como foi visto nesse episódio, é necessário. É muito doloroso ver um parente numa situação tão dramática – não que eu ache que devemos dar um descanso, assim como os infernais, só que me lembra um pouco disso –, mas assim como as doenças terminais que vemos, essa combustão também parece ser algo doloroso, é aí que vemos a seriedade de Arthur. Eu esperava que esse episódio tivesse ação ao mesmo nível que o primeiro – claro, não tanto –, mas vejo que este se preocupou mais em falar de valores do que mostrar que o gênero é só feito de lutas, o que é necessário para desmistificar essa generalização de algumas pessoas.

Um personagem desconhecido foi introduzido neste episódio, guardando consigo um tipo de pó que dá origem às chamas. Assim como os infernais vão para as cinzas, parece que esse pó – que mais lembram cinzas – se tornam chamas, ou seja, o inverso. É uma teoria, não sei bem o que é, mas isso deve, talvez, estar relacionado à combustão espontânea que os humanos sofrem, não foi mostrada muita coisa, então não dá para criar muitas teorias. Como o Tenente Obi falou, nos últimos tempos estão havendo incidentes nestes casos de combustões, vejamos como vai prosseguir a história.

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