O anime de super-heróis mais popular do Japão terminou recentemente sua terceira temporada, que evoluiu bastante sua história, cobrindo diversos arcos importantes. Começamos com uma simples viagem escolar que deu muito errado e terminamos conhecendo a nata da U.A., os Big Three. Seria a temporada dos vilões, a temporada do Bakugo ou a temporada mais “Naruto”?

Se a segunda temporada da série terminou apresentando novos vilões, como Toga e Dabi, esta temporada foi onde vimos a maior equipe até então, o Esquadrão de Ação de Vanguarda. Apesar dessa diversidade não ser refletida em qualidade, o grupo conseguiu dar bastante trabalho para os alunos da 1-A, concluindo o arco com o confronto mais importante até então: All For One vs All Might.

Durante todo esse tempo o vilão foi guardado para uma aparição triunfante, assim como aconteceu com Thanos no Universo Cinematográfico da Marvel, e podemos dizer que ele não fez feio. Apesar de ser derrotado, ele obrigou All Might a se aposentar, gerando consequências drásticas para o anime, pois o Símbolo do Paz deixou de existir. Com isso, a nova geração precisou se preparar, resultando em outras mudanças na trama, como a introdução dos dormitórios na U.A., além dos exames para conseguir as licenças provisórias.

O universo se expandiu explorando outros colégios pela primeira vez, como Ketsubutsu e Shiketsu, apresentando novos amigos e rivais, com destaque para Yoarashi. Sempre é legal desenvolver a competitividade em um shounen, e isso fez com que as coisas fossem muito mais além do que o Festival Desportivo, que contou apenas com os cursos da U.A. Foi também neste arco que conhecemos as individualidades mais estranhas do anime, mas não necessariamente as mais fortes.

Como sempre, nosso protagonista foi o que mais evoluiu, tomando decisões importantes ao longo da temporada e quando não esteve presente nos fez perguntar: “O que Izuku faria?”. Depois de quase perder os braços diversas vezes, ele fez o que deveria ter feito desde o início, que é usar outros membros do corpo para lutar, como as pernas.

Chega um momento na vida de um herói que ele precisa aprender a chutar

Quem também recebeu bastante destaque foi Bakugo, que provou ser um excelente rival. O personagem foi muito bem trabalhado nesta temporada, ganhando importância desde o primeiro arco, sendo sequestrado pelos vilões, até o fim, com sua luta contra Izuku que lembrou o duelo no Vale do Fim de Naruto. Parando pra pensar, esta temporada foi bem parecida com alguns arcos do Naruto Clássico, incluindo o resgate do Sasuke e o Exame Chunin.

Assim como aconteceu em todas as temporadas, os coadjuvantes também tiveram seus momentos para brilhar, cada um do seu jeito. Uraraka parece que finalmente aceitou seus sentimentos por Izuku – só falta dizer o que sente para ele – Mineta estava mais tarado do que nunca e todos ganharam um power up, tanto no uniforme quanto na individualidade, que pôde ser utilizado em algum momento.

Em geral, tivemos uma excelente temporada que conseguiu manter o nível das anteriores. Enquanto a primeira foi muito curta e a segunda ainda é a melhor – na minha opinião – podemos dizer que a terceira foi a que contou com as mudanças mais importantes e drásticas, se tornando um marco pela coragem de suas decisões.

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