Alguém por aí com saudades das tramas e personagens de “Toaru”? Caso a resposta seja sim, se regozijem, pois o malvado favorito de muita gente retorna essa temporada para mostrar que quem é rei nunca perde a majestade. Chegando para mexer um pouco no lado mais sombrio da Academy City, o anime se vale de Accelerator como força motora dessa história que promete bastante.

Primeiro queria já deixar claro que embora a série seja um spin-off, ela contém informações que são mais fáceis de se absorver e acompanhar se você já assistiu seus “predecessores”. Apesar disso, para quem tem pouco conhecimento desse universo – como eu -, ela consegue fazer uma boa introdução e lança pequenos flashes ou explicações que situam bem o momento atual e como as coisas ficaram daquele modo, não tirando o prazer de se assistir pela falta de contexto. Agora vamos ao que interessa!

A instalação de pesquisa da 4ª Zona Acadêmica sofre um ataque misterioso e tem equipamentos e dados roubados no processo – itens esses que concernem ao nosso protagonista. Accelerator está passando pela fase final de sua recuperação, pós os eventos que o levaram ao seu estado de fraqueza, e nesse meio tempo ele cria um vínculo com a pequena Last Order ou Misaka Misaka – se preferirem.

Particularmente a dinâmica entre eles é algo que me agrada bastante, pois a inocência e amorosidade da garota consegue extrair o melhor de seu amigo – fora o fator cômico que deve crescer em função dessas personalidades opostas. Apesar de suas características vilanescas, é notório que o acidente e o tempo que levou descansando, fizeram com que ele repensasse algumas coisas e assim demonstre pequenas mudanças.

Vejo essa história muito próxima ao que foi trabalhado em Zettai Karen Children: The Unlimited – Hyoubu Kyousuke, no qual o antagonista possui um poder ilimitado e não só passa ao papel heroico, como tem seu lado bom ressaltado e preservado por seus companheiros e uma criança por quem se afeiçoa e protege. Accelerator é alguém cheio de camadas como Hyoubu, não é preto ou branco, ele tem muito cinza e isso está notório aos olhos de quem o vê agora – como Kikyou e Yomikawa.

Voltando ao eixo principal, ainda não sabemos quem são os mandantes por trás do ataque à instalação, mas seja lá quem for eu imagino que deva planejar a criação de um clone aperfeiçoado do Accelerator, pois não imagino outro motivo para quererem os genes dele – e depois dos vários clones da Misaka, isso não seria novidade.

O fato é que os bandidos que foram enviados, além de serem adolescentes tontos, ainda eram despreparados para o combate. Isso mostra a clara falta de organização no plano e principalmente a pouca mentalidade do idealizador.

Qualquer pessoa minimamente inteligente saberia que o protagonista não é um expert qualquer e mesmo debilitado ele ainda detém um poder fora do normal – e um conhecimento altíssimo, vide a explicação que ele dá sobre o ataque tolo dos vilões. Isso foi mais do que determinante para o fracasso total desse plano sem pé nem cabeça e que foi resolvido nesse primeiro momento mesmo.

Falando em ataque, a ação aqui foi um fator positivo, o episódio definitivamente não economizou na dinâmica da pancadaria e entregou bons momentos com uma animação decente e que não fez feio quando exigida. Como o estúdio tem vários projetos não sei como isso ficará mais para frente, mas até agora não tenho queixas quanto a parte técnica.

Ao fim Toaru Kagaku no Accelerator estreia com um bom episódio, trazendo protagonistas bem carismáticos, ação a todo vapor e uma história que embora não muito definida, soube se introduzir bem até aqui, explicando apenas o necessário. Nos últimos minutos temos um rápido cliffhanger que nos apresenta a uma misteriosa personagem e creio que seja a Estelle Rosenthal, a outra protagonista – que por sinal já demonstrou ter poderes bizarros.

Se essa figurinha não te convence a ver, desista, você não tem coração!

Acredito que é um anime com bastante potencial e vale a pena ser conferido . Obrigado a quem leu e até o próximo artigo!

  1. A estreia foi melhor do que o esperado e de certa forma serviu para matar as saudades do personagem que mais gosto na franquia Toaru (nenhum personagem chega perto do Ace)..

    O que matou um pouco a estreia para mim, foi a parte técnica menos cuidado, logo nos primeiros minutos o traço das personagens estava muito inconsistente, os cenários a mesma coisa (e ainda faço vista grossa para aquele CG fraco dos carros).

    Espero que os próximos episódios façam jus ao melhor personagem (Ace) e que continue a mostrar a convivência do Ace com a pequena Last Order (outra das personagens que mais gosto na franquia).

    Excelente artigo, de primeiras impressões de Toaru Kagaku no Accelerator JG.

Comentários