Araburu Kisetsu no Otome-domo yo – ep 9 e 10 – O que será que me dá
Bom dia!
O episódio 9 começa com Onodera e Sonezaki nas nuvens. Elas foram as “vencedoras” do festival escolar, afinal – termo que eu usei então e que o Professor Yamagishi usou nesse episódio conversando com Hongou.
Ao final do décimo episódio tudo está em ruínas. Apenas Onodera permanece em abençoada ignorância no alto de sua torre de cristal.
Tem algum amigo ou amiga que já se apaixonou e de uma hora para outra se tornou uma pessoa insuportável? Isso acontece na vida real e acontece no anime, mas lá como aqui, ainda que fiquemos irritados, sabemos que não estão (geralmente) fazendo nada de errado. Estão apenas felizes. Como poderíamos desejar sua infelicidade?
Hongou estava bastante irritada e cobrou Sonezaki sobre isso. Justo a Sonezaki, que vivia falando contra relacionamentos e contra garotos! É claro que Hongou estava apenas ventilando sua própria frustração, mas ninguém ali sabia disso.
Mas a também apaixonada e “vencedora” Onodera entendia muito bem como Sonezaki se sentia, e, assim, uma reforçou o sentimento da outra e elas passaram a destoar ainda mais das outras colegas de clube.
Até o Professor Yamagishi concordou que a Sonezaki estava apenas contando vantagem sobre as outras por agora ter um namorado e ele ser (aos seus olhos pelo menos) uma pessoa maravilhosa. Claro que ela não fez isso de propósito. Ela nem tem experiência para isso.
Mais tarde o professor conversa com Hongou, e é aí que ele menciona a coisa das “vencedoras” e “perdedoras”. Ele advoga uma visão romântica da literatura segundo a qual um artista que sofre (um “perdedor”, portanto) é capaz de criar obras melhores.
Hongou se identifica, como artista e como perdedora, e não pode deixar de ficar incomodada de ter que escutar isso do próprio Yamagishi, de quem ela gosta. Então decide provocar. Pergunta sobre a Professora Tomita.
“Emi-san”, diz Yamagishi. Hongou se sente insegura. Está a ponto de explodir, mas ela vai fazer isso como uma escritora que é.
Em outro lugar, as primeiro-anistas têm seus próprios problemas. Ou melhor: Momoko e Sugawara têm problemas. Onodera continua em céu de brigadeiro.
Como a pessoa do meio e que por “acaso” (ou talvez porque a tenha perseguido e bisbilhotado durante o festival mesmo) sabe de tudo, Momoko está preocupada com as amigas. Ela não quer perder Sugawara ou Onodera, mas sabe do conflito que se insinua entre elas. Por isso ela vai conversar com a outra “perdedora”, Sugawara.
Que na verdade é quem ela realmente teme perder contato, apenas talvez não tenha realizado isso. Porém abordar a Sugawara dá errado, talvez muito errado, já que não consigo evitar a impressão de que aquela conversa ajudou a garota a decidir investir no Izumi mais uma vez.
Quando Momoko a pergunta se vai insistir, quando diz que “é contra”, ela não está senão sugerindo que a Sugawara é uma ladra de namorados, coisa de que já reclamou para a própria Momoko de que se cansou de escutar e a irrita em particular ouvir isso vindo de quem ela considera como amiga.
Se é o Izumi ou as amigas, o Izumi que prometeu apoiá-la até o fim e nunca pensou mal dela ou as amigas que sempre desconfiam, ela vai então escolher o Izumi.
Se não importa se ela é ou não é “uma dessas garotas”, então talvez ela ganhe mais sendo e ponto final.
Era esse o estado de espírito de Sugawara quando recebeu uma ligação de Saegusa – o cara que é pior pra se livrar do que sarna. O diretor conversou com ela sobre um livro.
O Pequeno Príncipe, o mesmo que Juujou, por qualquer motivo que não importa, estava procurando na biblioteca da escola e pediu ajuda da Sonezaki, que estava por ali.
Foi a primeira vez que as duas puderam ser apenas duas amigas, duas garotas. É a primeira amizade da Sonezaki fora do clube de literatura e fora do tipo de pessoa com quem ela costuma estabelecer amizades.
Juujou queria encontrar esse livro porque se lembrava vagamente dele, mas Saegusa tinha motivos muito mais sórdidos.
O Sarna descreve para Sugawara uma das passagens mais famosas do livro: o encontro do Pequeno Príncipe com a Raposa. Ele fez questão de lembrar à garota como ela era como a Raposa, tendo ajudado o Príncipe (Izumi) a entender porque a sua Rosa (Onodera) era especial.
O que acontece com a Raposa depois que o Príncipe vai embora? O que acontece é que o Saegusa despeja todo seu fel sobre a fragilizada Sugawara. A Raposa “desaparece”, ele diz. “Ninguém sabe”. “Como é o destino de um personagem secundário”.
Ele criou a Sugawara desde criança para ser a protagonista, a estrela principal. E ele a violentou – pode não ter ido às vias de fato, pode não ter havido penetração, mas ele a violentou sexualmente. E a fez achar que isso era bom.
Não que pedofilia fosse bom, isso ela entendeu que era ruim, como disse para o Izumi. Mas no caso dela seria um sinal de que ela em si era desejada, e ser desejada é bom. Foi assim que ela foi criada.
Garotos e homens sempre a desejaram, e ela aprendeu que isso era bom. Sugawara construiu sua personalidade em torno disso: ela tem valor porque os homens a desejam.
Menos o Izumi. Para o Izumi, ela é só um personagem secundário. Para piorar, o encanto dela logo irá acabar: ela também foi educada, pelo seu querido pedófilo, que, afinal, em algum momento em que uma adolescente de torna adulta ela perde todo o brilho e o encanto. Ela “morre”, como disse para a Onodera no começo do anime. Por isso ela precisa se apressar.
E então ela se apressa. Acredito que não tenha planejado exatamente o que fazer, apenas decidiu que deveria fazer algo. Como boa atriz, ela só precisava improvisar. E improvisou um chikan (abuso sexual em trens, tragicamente comum no Japão) “invertido”.
Quando Izumi percebeu o que estava acontecendo saltou fora do trem. Sugawara foi atrás e insistiu. Disse que estaria só “aconselhando” ele. Que ele e a Onodera inexperientes não “iriam dar certo”. Que ele poderia “treinar com ela”.
Izumi a rejeita, mas não sem uma demora ambígua: demorou a responder porque estava pensando em aceitar ou porque o trem estava entrando na plataforma com o escândalo ensurdecedor característico?
Sugawara vai embora, mas desconta sua frustração pela rejeição com uma última maldade: se o Izumi não quer mesmo, por que estava excitado?
Enquanto isso Momoko estava sozinha jogando em um arcade. Ela joga em arcades? Bom, agora joga. Nesse dia jogou. Talvez tenha sido o jeito do anime fazê-la parecer um pouco mais “masculina”, da mesma forma que aquela conversa que ela teve com a Sonezaki durante a viagem.
Momoko já entendeu o que sente pela Sugawara, mas não pretendia a essa altura se declarar, acredito. Quero dizer, havia coisas mais sérias em jogo, não é? A Sugawara estava ameaçando romper a amizade. Momoko queria manter essa amizade, então manda uma mensagem para Sugawara.
O que recebe em resposta é uma mensagem de Sugimoto, o seu pentelho de estimação. Eu tinha achado que ele tinha entendido a real no festival escolar e não ia mais encher a paciência, mas infelizmente eu estava errado. Ainda tínhamos que ver o Sugimoto mais uma vez.
A Momoko aceita se encontrar com ele, mas não devia. O que se seguiu foi o “Manual do Cara Legal”, por Sugimoto.
Se ela saiu com ele, então é porque estava afim.
Se ela saiu com ele sem estar afim, então é porque é uma vadia.
Em qualquer caso, ele sabe ser razoável. É só ela pedir desculpa que ele e os amigos dele não irão contar para o cursinho inteiro que ela é uma vadia.
Como ela ousou ignorar e foi embora, ele a segurou. Ela não tem esse direito!
Por fim, ela reagiu à violência dele, e portanto só pode ser uma louca histérica.
Essa foi uma das cenas mais dolorosas de se assistir nesse anime. Porque é real, não é? Não tenho experiência em primeira mão porque sou um homem, mas eu sei que acontece. Se você for uma mulher, talvez tenha uma história de um “cara legal” desses para contar. Caso tenha se sentido mal consigo mesma, caso ainda se sinta mal consigo mesma, não se esqueça: ele é que está errado. É só um Sugimoto. É só um “cara legal”.
Eu sei que não é tão simples assim, e nem Araburu tenta fazer parecer tão simples. Foi “só” um agarrão pelo braço. Quero dizer, poderia ter sido muito pior, não é? Mas foi mais do que suficiente para Momoko se sentir indefesa, violada (e se não fosse em público, será que ele pararia só com um grito??), suja.
Como estava em crise e como Sugawara ainda não havia respondido, ela telefonou para a amiga que ela ama. E, no turbilhão de emoções que estava sentindo, confessou seu amor para uma Sugawara que também estava em crise após ser rejeitada pelo Izumi.
Sugawara não sabe responder e Momoko não sabe mais o que dizer. Elas não se encontram. Fim da ligação.
Momoko termina em crise, se sentindo violada e suja por causa do Sugimoto, e abandonada pela Sugawara, a quem queria ter como amiga, mas se declarou sem pensar e agora acredita que perdeu tudo. Sozinha.
Longe dali, Sugawara também termina em crise. A sua é uma crise de identidade. Ela foi educada a se dar valor de acordo com o quanto é desejada pelos homens, mas o único homem que ela quis do fundo do coração a rejeitou. Ela não compreende o sentimento de Momoko e trava no meio da rua.
Izumi, na estação de trem, ficou profundamente abalado pelas palavras de Sugawara. Não só pelas palavras, mas porque ele sabe que estava mesmo excitado. Porque provavelmente cogitou, porque provavelmente, no fundo de sua mente, quis transar com Sugawara quando ela ofereceu. Porque não conseguia desviar os olhos do corpo da garota que se oferecia abertamente a ele.
Por causa desses sentimentos todos Izumi se sente culpado, afinal, isso não é algo que ele deveria sentir apenas pela Onodera, sua namorada? Não é ela quem ele ama? Ele ama ela, não ama..?
Como que querendo se reafirmar, Izumi liga para a namorada e diz que a ama.
Onodera vai às nuvens mais do que nunca: seu namorado ligou no meio da noite só para dizer que a ama! Ah, se ela soubesse. Izumi não estava dizendo aquilo para ela mais do que estava dizendo para si mesmo. Antes de agradar a namorada, ele queria se convencer de que a ama.
Izumi termina em crise. Ele ainda é muito jovem e inexperiente para entender que sentimento e excitação sexual são duas coisas que costumam andar juntas, mas são diferentes. Não é anormal que se sinta excitado com uma pessoa, mesmo amando outra. Ou talvez ele realmente não ame Onodera, e tenha percebido isso agora – mas acredito que sua falta de experiência não o permite entender essas sutilezas ainda.
De volta às veteranas, depois da conversa com o professor Hongou decide chantageá-lo e partir para o tudo ou nada: ou ele transa com ela, uma primeira e última vez apenas, ou ela vai espalhar o boato de que os dois tiveram relações sexuais. Mesmo que ela não possa provar nada, e portanto não tenha nenhum efeito legal sobre Yamagishi, o risco é grande, ela calcula, de afastar dele a Professora Tomita.
Se esse risco existia ou não ninguém sabe, mas Yamagishi decidiu jogar o jogo dela. Ele não pretende transar com a aluna, e ela é inteligente o bastante para saber disso, mas vai levar a farsa o tão longe quanto necessário para fazê-la desistir.
Inteligente como é, Hongou pensava sempre um ou dois movimentos a frente, e, sabendo que o professor não pretendia transar com ela, queria provocá-lo ao máximo. Jogou fora a própria calcinha antes de entrar no carro. Pretendia levar a mão de Yamagishi às suas partes assim que o carro parasse em um farol vermelho, mas isso não aconteceu.
Será que Yamagishi imaginou que ela poderia pretender fazer algo quando parasse em um semáforo? Nunca vamos saber, mas sendo ele também inteligente e procurando pensar a frente, não é impossível. Quem dirige (não é meu caso, mas eu sei disso mesmo assim) sabe que em algumas vias é implementado uma coisa chamada “onda verde”: se você seguir uma velocidade constante adequada, não irá pegar nenhum farol fechado.
Em todo caso, no instante seguinte os dois estão em um quarto de um motel barato qualquer. Um tentando ser mais esperto que o outro. Hongou vai para o banheiro, sob o pretexto de tomar um banho, e Yamagishi fica esperando.
Sem mais ideias, ela pesquisa na internet como conseguir forçá-lo a ter sexo. Sem saber o que a Hongou planeja, Yamagishi se arrepende de tê-la deixado ir tomar um banho, mas acha que ainda conseguirá manter a situação sob controle.
O que o Professor Yamagishi fez foi uma tremenda irresponsabilidade, tenho que deixar isso bem claro. Como adulto e responsável, ele deveria ter rejeitado de forma mais firme. Muito antes de chegar a esse ponto, ele deveria ter agido para impedir a Hongou.
É claro que existem garotas que estão dispostas a tudo e a qualquer coisa, e contra uma dessas talvez houvesse pouco o que ele pudesse fazer sem envolver mais pessoas, mas não é o caso da Hongou. A jovem escritora é apenas uma adolescente confusa, inexperiente, experimentando o amor e o desejo sexual pela primeira vez e lidando terrivelmente mal com isso.
Yamagishi não é uma má pessoa, mas foi irresponsável. E essa irresponsabilidade quase os levou às vias de fato: Hongou saiu do banheiro e o atacou, preparada para praticar felação no homem.
Na verdade, dizer que estava “preparada” é impreciso. Ela apenas montou nele e decidiu que agora era a hora e pronto. Quem nunca se entregou ao impulso, por qualquer motivo, em qualquer circunstância, que jogue a primeira pedra.
Felizmente a garota fica chocada ao perceber que seu professor não estava excitado (certamente resultado da circunstância), e irrompeu em lágrimas. Verdadeiramente derrotada.
Que ele não gostava dela a Hongou já sabia, mas ela era tão ruim assim? Não conseguia sequer deixar um homem excitado, mesmo montando em cima dele e abrindo-lhe as calças?
O professor tenta confortá-la no que ainda é possível. De algum jeito, usando outras palavras, o que ele diz para a menina é que a culpa foi dele, e não dela. Àquela altura não dava para fazer melhor, então pelo menos no fim Yamagishi fez o melhor possível.
É interessante como essa situação é quase o inverso da entre Sugawara e Izumi: ele a rejeita, mas ficou excitado. Yamagishi não pôde rejeitar Hongou porque chantageado, mas não ficou excitado.
Eu já escrevi sobre excitação sexual, então apenas complemento que, da mesma forma que não se pode controlar quando ficamos excitados, seu oposto também não é possível. Mas isso não significa necessariamente o que Hongou achou que significasse: que ela era tão ruim como mulher que sequer conseguia excitar um homem.
Hongou termina em crise. A garota mal teve seu primeiro amor, um proibido, que nasceu quase por acidente e um pouco por despeito, e já experimenta seu primeiro coração partido. Sem ter experimentado qualquer sentimento em troca, do corpo ou da alma, ela se sente inadequada.
Quando Hongou entrou no carro do professor, Sonezaki e Amagi estavam por perto e viram. E suspeitaram. A calcinha da Hongou no lixo a fez temer (corretamente) pelo pior, e, como boa amiga, decidiu tentar fazer alguma coisa.
O casal os seguiu mas perdeu seu rastro quando entraram no motel. Sonezaki tentava contato com a Hongou, mas não tinha sucesso. Não parecia haver nada o que pudesse fazer.
Para além disso, Amagi começou a se sentir desconfortável por causa do local onde estavam – era uma região de motéis afinal, e ele estava ali sozinho com sua namorada.
Isso acabaria estreitando ainda mais os laços entre os dois pombinhos, e considerando essa experiência e a história de sua nova amiga, Juujou, Sonezaki estava começando a se abrir não apenas para o romance, mas para a sua sexualidade.
Um pouco confusa mas no geral feliz, Sonezaki acaba passando a noite em claro. Como nada que é bom pode durar, logo chega a bomba: Juujou saiu da escola porque engravidou.
Em primeiro lugar, mas que porcaria, hein Japão? Quero dizer, ok, isso é só uma história, não sei se é assim mesmo, mas desgraçadamente não consigo duvidar. Quero dizer, e daí que ela engravidou? Não pode mais estudar por causa disso, por acaso?
Claro que tudo fica mais difícil nessa circunstância, mas não deveria ser o caso da escola impor dificuldades a mais. Porque dado o comportamento do professor nesse episódio eu tenho certeza que ele já está cheio de julgamentos sobre a garota, e não são os melhores.
Adolescentes precisam de educação sexual, e não de medo. O que vem agora? Irão proibir relacionamentos entre alunos? Não vai funcionar, e os relacionamentos empurrados para a clandestinidade, com jovens ainda menos educados, tendem a causar mais estragos. Doenças, gravidezes.
E a Sonezaki estava começando a aprender a lidar de forma mais natural e saudável com a sexualidade.
Assim, a Sonezaki também termina em crise. Ela, que sempre teve medo do que os outros dizem, não vai ser alguém que vá querer ter um relacionamento clandestino. Não importa se ela ou o Amagi planejem fazer sexo ou não, ela sabe que nesse clima é o que irão pensar e falar dela. E ela não vai suportar isso.
No final das contas, Onodera é a única que termina no alto de sua torre de cristal, sozinha, imaculada, sem perceber toda a ruína que a cerca.
Ou talvez ela já tenha começado a desconfiar com o comportamento suspeito do Izumi naquela manhã.
James Mays
Eh peoples esses eps aí foram do sublime ao inferno…Praticamente ninguèm feliz ou saciado…Uma lastíma, um vale de lágrimas para quase todas. Mas fica um “se” nessa historia toda e esse “SE” se daria com apenas mais um pouquinha de nem tanta reflexão por parte dos personagens e terem aliviado no seu desespero pela realização do ato em si e não a procura de suas consequências prazerosas…Ponto ,em termos de hombridade, para o Izumi, foi honesto consigo conseguiu superar os avanços da femme fattale (sim ela é e tá confirmado) penso que ele não gostou de ser uma peça em seu jogo fatal devido as suas formas fatais, agora fica com a cabeça pesada na contradição (deveria ter ido? e se fosse?….Como me comporto com a Kazusa? Pq no dia seguinte ele daria na cara e mulher por menos preparada sente isso no radar poderosissimo que acompanha todas elas. (não adianta crianças vc pode ser o rei dos disfarces elas na voz do dia seguinte descobrem e aí começa o interrogatorio nivel Mossad). Fez bem garoto! Ao perceber o risinho ironico viu que era apenas um brinquedinho. E não desista da Kazusa garoto ela é a que deve recebe-lo com todo o amor que o mundo lhe dará.
A Momo já estava irritada com o Sugimoto que não leu os sinais da irritabilidade causada por ele. E foi nisso que deu, acredito nunca mais se verão. Referenciais se perdem e ela está perdidinha….Quem vai encontra-la?
A Sonezaki nem muito a dizer, está avançando devagar, mas vai chegar lá…As reações que lhe causa o Amagi vão se tornar mais frequentes (e vamos falar ele é um cavalheiro, atrapalhado, mas de um coração do tamanho do mundo e dedicado a Sonezaki).
A Hongou foi a que teve a oportunidade mais real, mas limitações bioquimicas masculinas (chamada brochada ou o cara não tava nem aí para o que poderia acontecer e duvido que ele tomaria as redeas….) O problema dela era a Emi-san, na cabecinha dela a Emi gera ereções espetaculares com ela nada disso….Frustração total…
Em resumo, tantas horas de leitura erotica da melhor qualidade não adiantaram de nada nos momentos mais proximos um dos outros. E aí foi muito triste e melancolico.
Apesar de triste e melancólico a historia está bem interessante e acompanho com sofreguidão nessa altura…..Tio James torce e muito para que por mais que estão passando possa parecer um choque de trens em dia de chuva há de chegar sempre um outro dia..UM abraço ao “Mexicano”pela excelente resenha e aguardando o ep 11 que seja muiiiitoo “lovey-doovey”….
Fábio "Mexicano" Godoy
Olá James, tudo certinho?
Estava aqui a me preparar para responder seu comentário, quando o Kondou comentou também. E daí virou um debate entre vocês dois! Perdi completamente o timing 😂
Vou responder abaixo, ok? E por temas que vocês abordaram, não necessariamente respondendo em particular a um ou a outro.
Obrigado pela visita e pelo comentário!
Kondou-san
Não esperava que Araburu fosse mostrar um caso de gravidez na adolescência, agora é ver como a Sonezaki irá processar a noticia da gravidez da Juujo.
Não é de hoje que se sabe que a educação sexual nas escolas japonesas beira o nulo e isso prova-se fatal quando a curiosidade sexual é despertada na adolescência. Também fiquei meio perplexo pelo facto da Juujo ter que abandonar a escola por ter engravidado, como dizia a minha avó a gravidez não deixa a mulher incapacitada (e mesmo que a Juujou continuasse na escola, a chacota, o mal dizer dos colegas e a desaprovação do professor, seria demasiada pressão para ela).
Agora é ver se o jovem que engravidou a Juujo tem a capacidade de assumir a responsabilidade e não ser daqueles homens covardes que fogem ou dizem que o filho não é deles.
Passando a adiante, o Sugimoto é um merda, não tem outra forma de o descrever, aquela atitude suja dele para cima da Momoko só confirmou o que eu achei dele desde da primeira vez que apareceu. É necessário não ter olhos na cara para perceber que a Momoko não queria nada com ele, e ele sempre a forçar a barra. Forçou ainda mais a barra quando o Sugimito chamou a Momoko de mulher fácil só porque ela saiu com ele, é preciso descaramento.
Quando o Sugimoto agarrou à força do braço da Momoko e ela gritou, por breves momentos tive a sensação que a Momoko sofre de androfobia (o que seria normal, depois de todo o tempo a ser chateada pelo Sugimoto).
Foi muito bom ver a Momoko a declarar-se para a Sugawara, não esperava que ele tivesse a coragem para tal (a conversa sobre ela se sentir suja pelo facto do Sugimoto ter lhe tocado foi um pouco pesada, nesse momento não era a Momoko normal a falar).
Sobre Sonezaki e o Amagi não tem muito a dizer, o Amagi, tal como o James disse e muito bem, é um verdadeiro cavalheiro e ama de verdade a Sonezaki. O Amagi foi muito sincero quando disse que se sentia constrangido estar numa rua rodeada de love hotels e que queria sair dali, a reacção da Sonezaki a essa resposta foi muito boa.
A Hongou, o que se passa na cabeça dela, e o que se passa na cabeça do Milo sensei também. Já era sabido que o Milo sensei não ia fazer nada com a Hongou, foi ardiloso, mas a Hongou não se fica atrás. A piada do love hotel barato até que ficou boa e a reacção da Hongou também, mas não esperava que a Hongou se atirasse para cima do Milo sensei com tal impulso.
A conclusão dessa parte foi boa, por momentos quase que senti pena da Hongou (tenho que destacar o detalhe na animação das expressões faciais e voice acting nessa parte).
Quanto à Sugawara, gosto bastante dela, mas aquela simulação de chikan no trem só para atrair o Azumi não me desce da garganta, ela está a trair uma das únicas pessoas que foi amiga de verdade dela.
A Sugawara nem culpa directa de ser assim, ela foi envenenada desde de cedo por um pedófilo, ela neste momento é uma marioneta controlada por tal pedófilo e isso só lhe trará desgraça. O Azumi por outro lado está num dilema também, achei normal o facto se ele ter tido uma erecção quando tocou na Sugawara, não dá para controlar essas coisas. Agora é ver como o Azumi vai fazer para resolver o dilema que ele tem entre o amor que ele sente pela Kazusa e a possível atracção sexual pela Sugawara.
Por fim, a Kazusa, ela protagonizou os momentos mais engraçados neste episódio, o choque dela pelas calcinhas eróticas é impagável. Se me permite usar a sua frase “No final das contas, Onodera é a única que termina no alto de sua torre de cristal, sozinha, imaculada, sem perceber toda a ruína que a cerca.” tenho a sensação que ela descreve com exactidão o que acontecerá nos próximos episódios.
Como sempre, mais um excelente artigo Fábio.
Fábio "Mexicano" Godoy
Olá Kondou, tudo certinho?
Estava aqui a me preparar para responder o comentário do James, quando você comentou também. E daí virou um debate entre vocês dois! Perdi completamente o timing 😂
Vou responder abaixo, ok? E por temas que vocês abordaram, não necessariamente respondendo em particular a um ou a outro.
Obrigado pela visita e pelo comentário!
James Mays
O prazer de ler um comentário do K-San…Inenarravel!!!
O ponto que levantou sobre a educação sexual no Japão é de grande valia…Sexo ainda é tabu lá…E não é a toa que a industria do pornô lá se deu de uma forma digamos bem comédia (se bem que com cenas trágicas) recomenda-se “O diretor Nu” está na Netflix (os três primeiros episódios são de chorar de rir).
Quanto a Sugawara sim para mim ela é ainda uma femme fatale, sim ela pode ter a cabecinha cheia das minhocas do satânico do carinha mau, mas ela não dá um minuto de ressentimento ou culpa. Ela sabe o que é certo e o que é errado, sim ela tem noções de ética, mas parece que está sempre as desprezando.
A Hongou só para complementar ela queria a “magica” que as outras tem e ela não, que seria a provocaçao de uma ereção, uma satisfação, um poder manipulativo nos homens e caiu do cavalo só por estar na frente deles sem roupa. Não vai ser tão assim fácil…Mas também a moça já quer ir pros finalmente! O querida nessas horas tem de aprender a dançar e enebriar não é uma competição.
E que não abandonem a Momo…Por favor…
Seu paragrafo sobre a Kasuza beira o sublime e o completaria com ” e ainda tinha consciência de que ela era feita da mesma essência de que os sonhos são feitos”
Mais uma vez gostaria de registrar a honra de estar aqui com vcs nessa jornada de sofrimento libertador deixo aqui mais uma vez um grande abraço a todas e a todos…
E lá vamos nós para mais uma espera pelo proximo episodio desesperadora…
Kondou-san
James, a Momoko não pode ser esquecida, ela é das melhores personagens do anime e aquela com as ideias no lugar.
A educação sexual no Japão é tão nula que daria até para fazer piada, se não fosse trágico. Tudo bem que o sexo lá ainda é tabu e tal, mas não recomendar às mulheres a toma da pílula, porque supostamente faz mal, em contrapartida o aborto é perfeitamente normal, é algo que não faz sentido para mim. Tem a questão cultural também, é sabido que as mulheres japonesas cedem às vontades dos parceiros e têm relações sexuais desprotegidas e depois é o que se vê (nesta história quem fica com a vida estragada é apenas a mulher).
Já tenho planeado ver o documentário que citou.
A Sugawara é uma femme fatal e ensinada/manipulada por um pedófilo com cara demoníaca, o que poderia correr mal aqui. Ela sabe o que é certo e o que é errado, mas está tão quebrada emocionalmente que não liga para isso (vamos ver como ela ficar nos próximos episódios).
A Hongou está com ânsias incontroláveis, antes até compreendia que ela quisesse “adquirir” experiência sexual para usar como referência para os seus livros, mas e agora qual o motivo disso. Está certo que ela não é uma beldade, não pode ter o corpo desenvolvido, mas tem personalidade, ela com certeza acharia um garoto da idade dela que se interessaria por ela. A este ponto só consigo pensar que a Hongou tem uma tara pelo Milo sensei e essa tara a deixa com insanidade temporária.
Quanto à Kazusa, se tem personagem que não merece sofrer no anime é ela, a inocência dela e a sua ingenuidade são tocantes.
Que o próximo episódio não fira os nossos sentimentos.
James Mays
Grande K-San!!! É delicioso chegar e ver por aqui vosso comentário….
Digo exatamente o mesmo…Que não sejamos feridos…
P.S.: Japão é tão louco nessa questão…Não estive e não presenciei o que digo são relatos testemunhais juramentados…Mas não procure no Google o Kanamara Matsuri…Cuidado se estiver por lá em um Abril qualquer….Abraços do outro lado do lago….
Fábio "Mexicano" Godoy
Bom dia caro James, caro Kondou, caros leitores. Nesse comentário vou tratar de uma alegação do James: a de que a Sugawara seria uma “femme fatale”.
Isso já foi ponto de controversa em comentário em artigo sobre episódio anterior, o que torna o tema ainda mais relevante.
Com efeito, eu poderia escrever um artigo inteiro apenas sobre femmes fatales (e sobre o que não é uma femme fatale), quem sabe um dia? Por enquanto vou tentar ser sucinto.
Temos visto uma nova polêmica que ninguém sabe de onde surgiu, sobre um dos clássicos da literatura brasileira: Dom Casmurro. Eu sempre assumi, como acredito que a maioria assuma, que independente de você acreditar que a Capitu traiu ou não o Bentinho, o fato é que se trata de uma história com um narrador não confiável portanto não podemos ter certeza de nada que vai ali.
E, no entanto, algumas pessoas se levantaram com certeza indignada de que não apenas Capitu traiu como a de que ela era uma manipuladora. Se esse fosse o tipo de literatura que Machado de Assis escrevia, talvez pudessem dizer ser ela uma “femme fatale”. Não é muito diferente da certeza que muitos têm (nesse caso infelizmente acredito que seja o pensamento da maioria) de que Dolores, do clássico de Nabokov, ativamente seduziu o pobre Humbert, roubando-lhe a sanidade e a dignidade.
Agora vamos lá, eu sei que a Sugawara ativamente seduziu Izumi. Ela queria fazer sexo com ele, e usou todos os seus charmes para esse fim, a ponto de ter confundido o garoto. Então o caso dela é diferente do de Capitu ou de Dolores nesse momento. Mas só nesse.
Ela não havia seduzido ninguém, não por vontade própria pelo menos, quando James a caracteriza pela primeira vez como uma femme fatale. Ela é bonita e sabe disso, mas nunca havia usado seus dotes femininos para esse fim. Por que ela seria, então, uma femme fatale, se lhe faltava a intencionalidade?
Sugawara se mostrava até mesmo melancólica com o fato de que, independente de sua vontade, muitos garotos se apaixonavam ou tinham uma queda por ela, e isso a fazia mal vista e isolada pelas demais garotas de sua idade, de modo que nunca conseguiu ter amigas antes de conhecer Onodera e Momoko. Àquela altura acusá-la de sedutora pareceu-me mesmo ofensivo, já que para Sugawara isso parecia ser mais um fardo do que uma benção.
Mas isso é como eu entendo femmes fatales: elas ativamente seduzem os homens, seja apenas pelo sexo, seja por motivos ulteriores, não raro indizíveis. Com alguma frequência, elas sequer chegam às vias de fato se esse não for seu objetivo, usando apenas sua sedução para manipular os homens.
Sugawara não manipulou ninguém (antes do caso com o Izumi). Não sabemos se Capitu ou Dolores manipularam alguém porque suas histórias são contadas pelas suas supostas “vítimas”, homens que têm todo o interesse em caracterizá-las como sedutoras manipulativas. O fato de Capitu morrer e de Dolores ser uma criança deveria ser um alerta para que não acreditemos no que dizem delas, e mesmo assim muitos incorrem nesse erro.
Não apenas Sugawara não manipulou ninguém, como ela própria foi manipulada por uma versão auto-consciente e ainda mais vil de Humbert, encarnado em Saegusa. Ela tem tanta consciência do quanto é bela porque ele a fez valorizar isso. Ela tem tanta consciência de sua sensualidade pelo mesmo motivo.
Por fim, é ele quem a empurra para cima de Izumi. Sugawara procurou Saegusa apenas para esclarecer o que sentia pelo Izumi, mas o diretor pedófilo não perdeu a chance de assoprar-lhe: não seja sem graça, Sugawara. Para suas vítimas, e vimos pouco antes ele trabalhando com uma mais nova, isso é como um apito supersônico para um cão bem treinado ao longo dos anos. O anime não é sutil sobre isso. E esse foi só o começo do tormento que Saegusa infligiu à Sugawara na intenção de forçá-la a fazer sexo com Izumi.
Sugawara sabia que o que estava fazendo era errado. Mas aquele apito em seu ouvido abafou o bom senso. Não era apenas o desejo sexual, mas toda a identidade dela que estava em jogo. A Sugawara vai “morrer” em breve, assim que virar a esquina da adolescência para a vida adulta. Ela nunca mais poderá brilhar como brilha agora. Não fazer sexo em seu esplendor seria tornar-se uma pessoa “sem graça”. E ela foi criada para ser a protagonista, não para ser mais uma pessoa sem graça.
Então ela seduz Izumi. Sim, ela agiu como uma femme fatale ali, não resta dúvida. Mas não seremos futebolistas se jogarmos uma pelada com os amigos no fim de semana, certo? Como uma atriz, Sugawara é capaz de encarnar diversos personagens. Isso não significa que ela seja ou se torne qualquer um deles.
Sugawara agiu como uma femme fatale no episódio 10, mas ela não é, nem nunca foi, uma.
Ou pelo menos esse é meu entendimento do tropo. Quem tiver um diferente, convido a compartilhar conosco. Estou particularmente curioso com o que o James entende por uma femme fatale. Não precisamos terminar concordando no final, mas se conseguirmos entender um o que o outro quis dizer já estaremos melhores.
Obrigado pela paciência de quem tiver lido esse enorme comentário 😊
Fábio "Mexicano" Godoy
Agora sobre o Izumi, e esse vai ser curto:
Concordo com o Kondou, até porque foi a posição que eu mesmo defendi no texto, que ele está confuso sobre o que realmente sente, por isso ligou para a Onodera em seguida e no dia seguinte manteve a distância dela. Uma alternativa que eu vislumbro é que ele simplesmente não se sente preparado para isso, então ser abordado pela Sugawara o incomoda também por isso, e ele começou a ficar com medo do que a Onodera pode esperar dele, por ele talvez não ser capaz de corresponder. Quero dizer, talvez ele tenha sido sincero quando ele disse que não tinha a intenção de fazer sexo com ninguém?
Mas não acho que ele estivesse com medo de aceitar a oferta da Sugawara só porque não conseguiria esconder da Onodera depois. E eu até acho que ele não iria conseguir esconder, mas é porque ele é muito honesto, não porque a Onodera tenha habilidades paranormais. Nesses episódios inclusive temos acompanhado uma Onodera totalmente alheia a tudo o que ocorre ao seu redor, independente de eventuais sinais.
Fábio "Mexicano" Godoy
A Momoko.
Parece fácil reconhecer agora que ela foi uma vítima do Sugimoto desde o começo, mas eu fiquei frustrado, e por vezes furioso, em como nos episódios anteriores havia gente culpando ela. Não disseram exatamente o que o Sugimoto disse, mas, tirando as ofensas mais graves, o que diziam ia no mesmo sentido.
Será que agora todos entenderam isso? Ou será que ainda acham que ela tem alguma culpa? Bom, eu sei que já vi gente dizer que ela “exagerou” quando gritou.
Claro, porque agarrar alguém que está indo embora, contra a sua vontade, é normal. Exagero é reagir a isso.
Naquele momento, a Momoko já tinha certeza que detestava o Sugimoto. Ele agarrar-lhe foi uma agressão assustadora para ela. Sim, a gente assistiu e tendemos a achar que, objetivamente, não foi muita coisa, não machucou, não foi violento, mas nesses casos o que interessa é como a pessoa subjetivamente interpreta. E para a Momoko foi terrivelmente assustador e estressante. Apenas tentem imaginar que você detesta te puxando pelo braço. Somos mais velhos e mais maduros que a Momoko, mas duvido que qualquer um aqui não teria pelo menos um princípio de surto.
Fábio "Mexicano" Godoy
A Sonezaki parece estar mais mudada pelo amor do que a Onodera, e faz sentido que seja assim. O Izumi é amigo da Onodera desde que são crianças, e enquanto isso a Sonezaki desprezava relacionamentos e garotos com todas as forças. Então é óbvio que ela mudou muito.
E mudou para melhor! É uma desgraça que justamente ela tenha se tornado o bode expiatório da escola no episódio 11, e ao mesmo tempo não é à toa que isso tenha acontecido. Mas isso é sobre o episódio 11, a hora dele não é agora.
Quanto ao Amagi, de um ponto de vista romântico sim, ele parece um perfeito “cavalheiro”. Mas não nos esqueçamos que estamos assistindo um anime em que cavalheiros não existem, todos são personagens de carne e osso.
Indo direto ao assunto, o que mais ele poderia ter feito ali? Convidar a Sonezaki para entrar em um daqueles motéis estava fora de questão. Conhecendo-a, e sabendo como teve dificuldade até mesmo para querer admitir tornar público o relacionamento, não é difícil entender a linha de raciocínio que fez o excitado Amagi dizer o que disse para a sua amada Sonezaki.
Não tem nada de errado nisso, evidentemente. Saber ler os sinais de seu parceiro é um dos segredos para um relacionamento duradouro e feliz. Curiosamente, Izumi e Onodera têm muita dificuldade com isso.
Fábio "Mexicano" Godoy
Quanto à Hongou, acho que concordo com o James. O problema dela é mais ciúmes (“por que a Tomita serve, mas eu não sirvo?”) do que paixão.
Sim, ela está apaixonada pelo professor. Mas, por ser a ordem natural das coisas, provavelmente teria aceitado se ele a tivesse rejeitado corretamente, no momento certo. Ele deixou a situação chegar onde chegou de forma irresponsável e esse foi o resultado.
O Professor Yamagishi a gente agradece por ele não ser mal intencionado, mas esse é o único elogio que podemos fazer-lhe. A forma como ele lidou com a Hongou foi absolutamente errada, e o pior só não aconteceu porque a garota ainda é imatura demais para entender melhor a fisiologia sexual masculina (ou vocês acham que se ela continuasse o que planejava ele iria continuar não excitado…?).
Mal de quem só conhece o sexo através da ficção, no caso da Hongou, suponho.
Fábio "Mexicano" Godoy
E por fim, quanto à deficiência da educação sexual no Japão, creio que esse seja só um dos elementos que Araburu critica em sua trama que aponta um pouco de tudo o que garotas japonesas são obrigadas a aturar durante a adolescência.
Pedófilos, professores complacentes, o tabu e a opressão sexual, a discriminação, os “caras legais”. E tudo isso explode no episódio 11 em uma reviravolta absolutamente inesperada.
Espero que tenham gostado do episódio, aguardem pela sua resenha 😊
Kondou-san
Como sabe bem ler os comentários do mestre Fábio, tais comentários acrescentaram ainda mais conteúdo ao debate.
Gostei bastante do teu ponto de vista sobre a questão da Sugawara ser ou não uma Femme Fatal. De nós três, eu sou o mais novo e a noção que tenho de femme fatal vem toda da ficção. Se tivesse que citar um exemplo disso no mundo dos animes, a Mine Fujiko de Lupin III seria a femme fatal suprema.
Sobre a Sonezaki, a personagem que mais gostei no anime até ao momento, mal posso esperar para ler o artigo do episódio 11.
Quanto à Momoko desde do começo que sempre a achei que ela era a única que tinha os pés bem assentes no chão. Cada vez que leio alguém a falar mal da Momoko só porque sim, só consigo pensar que essas pessoas não sabem apreciar o anime como deve ser.
Sobre a Hongou, o mestre Fábio disse tudo.
Sobre a última resposta, concordo plenamente.
Que venha o próximo artigo.
Fábio "Mexicano" Godoy
Obrigado 😊
Quanto à femme fatale, não é à toa que só conheça o conceito pela ficção: é um tropo fictício. Em que pese haver personagens históricas que se possam encaixar no arquétipo, ou pelo menos pareçam, a quem vê apenas a superfície, se encaixar no arquétipo, o fato é que ele é um tipo de personagem criado pela ficção, na ficção, para a ficção.
O episódio 11 foi mais que dez 😊
James Mays
Prezados e é assim que uma seção de comentários o deve ser…Julgando a mensagem e não julgando o mensageiro…E…
Femmes fatales não nascem prontas elas se criam através de um processo…E concordo em 110% com o Fábio as FFs são personagens de ficção (que vivem através da mesma), são colagens de fiapos de realidade que no mundo ficcional nos eriçam os cabelinhos da nuca (a Nana de Emile Zola é para mim a “top of the pops”)…
E voltando ao ep. 11 uma referência a Yukio Mishima? (spoilers não intencionados…) Será?
Fábio "Mexicano" Godoy
Esqueça os comentários, preciso escrever a resenha de Araburu, né?
James Mays
E ò pelo último ep. até dou o benefício da dúvida a Sugawara…Com ênfase mais na dúvida do que no benefício…Um abraço a todos!!!
James Mays
E respondendo ao Fábião “Mexicano” o que eu entendo por “femme fatale” vc chamou a baila personagens da literatura bem explicativos…O “fatale” na Sugawara foi lá no ep. 02 quando ela “brinca” com um pervert…Se achando a rainha e usando uma pessoa sem ter envolvimento nenhum na história…Uma ação que não tem respaldo em NENHUM protocolo de segurança, pois as coisas ali poderiam ter dado muito errado (e Graças que estamos falando de ums obra de ficção) porque se o carinha fosse um predador real acho que nem ep. 03 tériamos…Foi essa a parte que me incomodou mais nela…Mas isto agora é passado…E reconheço fui de algo precipitado no meu julgamento dela…