Depois de uma simples batalha, Taichi e Rin precisavam descansar para o próximo compromisso. Ou melhor, talvez nem precisasse descansar tanto assim visto que foi necessária uma quantidade pequena de esforços (talvez eles cansaram mais comemorando do que o resto). Enfim, o grande ponto desse episódios foram as descobertas que tivemos e claro, a luta entre Cassim e Taichi.

Cassim nunca aceitou sua derrota para Taichi. É entendível por um lado pois a vitória dele era certa e além de sair derrotado, ele ainda teve a perda de um braço. Infelizmente o poder do protagonismo não agrada todo mundo, mas o que realmente importa é que ambos travaram uma luta simples, onde nada além do orgulho de ambos estava em jogo. De um lado tínhamos um cara esforçado e do outro, um gênio… ou era assim que pensava o Cassim.

Desde o início ele desconsiderou que apesar de sua força, Taichi precisou de treinamento, ou melhor, justamente por ser tão forte ele precisou aprimorar suas habilidades. Se isso não tivesse acontecido, os poderes do garoto iriam sair do controle eventualmente ou simplesmente jamais teriam o devido uso. E sim, eu entendo que há a questão do caminho ser mais curto por conta das habilidades disponíveis, mas como contraponto temos a questão da mudança de visão de mundo, postura e toda a adaptação que foi necessária ao garoto invocado.

O Taichi veio de um mundo pacífico onde ele nunca teve que se preocupar com sua sobrevivência ou algo do tipo. As dificuldades que ambos passaram são completamente diferentes e por isso, Taichi teve que rapidamente se adaptar para que pudesse ser útil. Entretanto é bom deixar claro que Cassim nunca teve chance de vencer o Taichi, ainda que o mesmo não faça o melhor uso de seus poderes (como por exemplo a Rin faz de vez em quando, infelizmente).

Ao menos foi uma luta legalzinha que serviu como encheção de linguiça digna de anime shounen. O mais bizarro disso tudo é que não houve utilidade ou impacto algum na história, pois ambos saíram machucados e ficou por isso. Ninguém foi grandemente prejudicado e a única mudança foi que Cassim conheceu melhor as intenções de seus superiores, algo completamente inútil para todo mundo exceto ele. 

Já no episódio 11 a guerra finalmente começou e dessa vez não foi algo tosco como anteriormente. Está sendo uma batalha complicada por conta da quantidade de inimigos e claro, por conta dos desafiantes que aceitaram a missão de vencer as principais peças do exército real. É nítido que apesar da competência eles não têm capacidade de vencer nenhum de seus adversários (exceto a Rin que não luta de verdade). Aliás, é bem lamentável as atuações da Rin nas batalhas ainda mais em contraste com o Taichi que só não faz chover porque sua magia é do ar.

Mas uma guerra não tem apenas derramamento de sangue como também precisa de conversas diplomáticas, função que ficou para o Taichi resolver. E confesso que foi decepcionante a tentativa do jovem garoto em para a guerra, afinal, com argumentos rasos e fracos ele jamais conseguiria algo. Novamente a obra peca por não utilizar o fato dos protagonistas serem de outro mundo (e isso ser do conhecimento de todos) e por isso, ter informações interessantes que poderiam ser mais convincentes do que: pessoas inocentes estão sofrendo.

Digo, é sério que ele acha que o líder inimigo não sabe disso? Que o cara chegou até esse estágio depois de anos para simplesmente ouvir aquela classe de argumentos e simplesmente recuar seu exército? Olha, essa parte poderia ser melhor de tantos jeitos que eu não acho melhor nem me estressar com isso. Ao menos teve uma interrupção interessante que gerou um problema difícil de lidar (e que provavelmente vai ser mal aproveitado).

Enfim, o episódio 10 foi bem fraco e o 11 conseguiu empolgar e cumprir sua missão de penúltimo episódio. Resta saber como eles vão finalizar o episódio final e eu espero que seja minimamente bom (nem precisa ser um primor técnico, só sendo decente está bom).