Sim, essa resenha demorou para sair, mas eu infelizmente só terminei Date a Live hoje, depois de 7 meses do término do anime que fez parte da temporada de janeiro deste ano. Após essa terceira temporada eu gostaria de “dizer” duas coisas sobre essa última lançada: a parte técnica me pareceu inferior às outras e o nosso querido protagonista, Shidou, nunca teve tantos problemas para enfrentar. Aliás, também temos a ótima notícia sobre uma nova adaptação da obra foi anunciada e para fechar o pacote só faltou a light novel ser publicada aqui no Brasil (alô New Pop).

Além de ter sido ótima, essa temporada das crises infinitas teve um ótimo fechamento e desenvolveu aspectos muito importantes para a obra. Com um início bem misterioso por conta do novo espírito, a terceira temporada parecia vir baseado na mesma fórmula que Date a Live sempre apresentou. Um novo espírito, encontros, problemas para conquistar a garota em questão e assim selar seus poderes, e por aí vai. Mas felizmente a obra foi muito além disso, trazendo uma trama envolvente que desenvolveu não só a relação de Shidou com as heroínas como também mexendo com o passado dele e da Origami, uma personagem extremamente importante na história.

O espírito principal do primeiro arco se chamava Natsumi. Ela tinha sérios problemas com sua aparência original e com ajuda de seus poderes ela conseguia esconder isso e se tornar mais madura. Confesso que não gostei tanto desse arco pois se tivesse que resumir, foi um apenas um pega-pega onde no final das contas o Shidou pegou a Natsumi. Claro que a obra soube trazer outros elementos no meio disso tudo para que não ficasse monótono e isso foi uma ótima decisão.

Eu sei que vai parecer contraditório mas o arco da Natsumi não foi exatamente ruim, apenas não me empolgou tanto. Porém, apesar disso foi um arco que soube manter o meu interesse com os mistérios e o vai-e-vem que Natsumi criou com seus poderes. Paralelo a isso nós tínhamos o segundo e último arco tendo seu palco montado, com preparações que davam a impressão de que o confronto final seria com um inimigo diferente do que realmente foi. Por um lado isso foi bom, pois guardou um possível arco para o futuro e explorou algo que ainda não havia sido utilizado: o passado da Origami.

Desde a primeira temporada ela é uma figura presente na obra, trazendo boas cenas de comédia e até mesmo apresentando os militares que com o tempo foram se tornando uma ameaça considerável. Porém não sabíamos quem a Origami era de verdade e quais eram suas motivações para odiar tanto os espíritos, algo que mudou completamente com o segundo arco.

Os pais dela foram mortos por um espírito e por isso ela era motivada pela vingança. Mas o choque após descobrir quem realmente havia matado seus pais foi um fardo grande demais mesmo para ela. Com isso o resultado final apenas piorou o que já estava ruim e a partir daí os problemas de Shidou aumentaram ainda mais. Enfrentar Natsumi foi difícil, mas dessa vez ele precisaria de ajuda para poder tentar fazer alguma coisa para salvar Origami.

Particularmente eu gosto bastante quando viagens no tempo são adicionadas nas histórias. Sempre fico curioso para saber quais serão os desfechos que os autores irão produzir a partir das escolhas de seus personagens. E devo dizer que Date a Live não me decepcionou, pois conseguiu não só fazer algo bem interessante e tenso, mas também trouxe informações sobre a Phatom, o espírito mais forte que existe e a causa da existência do todas as garotas.

As tentativas falhas de Shidou, as ajudas da Kurumi e o resultado final foram satisfatórios demais para ser sincero. Ainda que o final tenha sido o esperado (um final feliz), conseguiu trazer a essência da obra e ainda resolver a questão de uma importante personagem. Inclusive a mudança que isso proporcionou na Origami acabou melhorando uma personagem que já era bem divertida, trazendo enfim o sorriso dessa garota que tanto sofreu.

Por fim, o fechamento da temporada não poderia ser melhor. As garotas tendo que salvar Shidou foi uma espécie de episódio extra, como se fosse um OVA, trazendo um tom mais leve perto do que os outros episódios trouxeram. Foi muito bom ver o amor e o carinho entre todos eles se reafirmar e assim, tudo voltar ao “normal”. Isso, é claro, sem esquecer que novas crises ainda piores irão acontecer logo mais e o confronto contra a Phantom se aproxima cada vez mais.

Enfim, apesar de não esbanjar na parte técnica a obra conseguiu compensar e muito na história. Para quem já era fã da série assim como eu, acredito que deve ter amado essa nova temporada depois de tanta espera. Com isso, aguardarei ansiosamente pela nova adaptação que a obra vai receber.