E no final das contas a Irene permaneceu junto ao grupo. Vamos lembrar que o esperado era que ela zarpasse para longe do Japão. Mas o anime deixou ela por mais um episódio inteiro. E o próximo terá ela novamente. Sem mais delongas, vamos ao episódio.

Nele uma mulher vai à  procura dos detetives para que estes achem o prontuário médico que está nas mãos de seu ex-marido. Ele revelaria a falsificação, que uma vez levada aos tribunais seria usada para tomar a filha do casal para si. É necessário roubar esse prontuário, ou ela será forçada a entregar sua filhinha para Milverton, o pai da criança.

Sherlock se nega a fazer parte, mas Irene acaba entrando na brincadeira. E falando em brincadeira, Sherlock fica sozinho com a criança e é obrigado a cuidar dela. Pobre Sherlock.

Enquanto Sherlock distrai a criança, Irene e John Watson fazem sua investigação. Com grande sucesso, eles encontram Milverton. Mas… esse Milverton aí tá bem estranho.

Enfim, Irene encontra uma amiga sua. Já havia ficado claro que esse Milverton era um grande canalha, porém agora Irene tem um bom motivo para inimizar com Milverton.

Então eles vão até onde possivelmente estariam os papéis escondidos. Na piscina, onde o Watson é quem se ferra novamente (quase todo episódio isso acontece). Usado como distração, assim Irene e Sherlock conseguem adentrar o quarto enquanto os guardas são distraídos.

Irene e Sherlock acabam em uma situação bem “apertada”, mas no fim tudo dá certo. E Milverton é assassinado por “sabe-se lá quem”. Na verdade nós sabemos.

Esse episódio foi inspirado no conto Charles Augustus Milverton, cujo vilão homônimo é apresentado. Milverton aparece nesse conto e nesse mesmo morre. Nisso é igual ao anime. Mas também há muitas diferenças. Uma delas é que não tem Irene no conto original, só o médico e o detetive mesmo. E o Milverton também está bem diferente aqui. Enfim, é um ótimo conto, um dos únicos que eu gargalhei lendo em uma cena que “quase” aconteceu no anime. Mas o anime já é uma comédia, não teria tanto impacto.

Enfim, o anime adaptou à sua própria maneira. Já havia feito isso no episódio passado e provavelmente fará no próximo. Isso porque aconteceu uma coisa na cena final desse episódio. Duas coisas, na verdade.

A primeira delas foi que Jack voltou a atuar. Dessa vez provavelmente é ele mesmo. Ou seria, mais precisamente, o Moriarty novamente? Quem sabe, tudo parece dizer que sim. E o segundo é que Irene Adler recebeu uma encomenda. Uma caixa. E dentro da caixa uma orelha decepada. E é coisa do Jack.

Qual é o motivo para a volta de Jack? E a Irene, aquela orelha é de sua amiga assassinada. Mas por que o Jack iria querer o cartão de memória? Acho que só saberemos no próximo episódio. Mas o que me chama a atenção, é que isso me lembra o conto A Caixa de Papelão, em que duas orelhas decepadas são enviadas para uma mulher. Mas a trama é completamente diferente, então talvez seja somente uma referência. Ainda que, provavelmente teremos mais uma adaptação bem ao estilo do anime – com originalidade e entrelaçamentos de histórias – no próximo episódio.

Tivemos um episódio até que interessante. Eu diria que manteve o mesmo nível do anterior. Não foi completamente episódico, pois a história manteve uma narrativa contínua. Ainda assim, soube tratar sua nova história e a ligar com a próxima. Uma narrativa está sendo criada por aqui.

Enfim, foi um episódio com uma conclusão por si só. Mas que ainda assim seus créditos o ligou a uma continuação. Pelo jeito a Irene será uma personagem importante em três episódios seguidos.

Provavelmente ela terá um desenvolvimento ainda maior. Os personagens não tendem a ser lá muito desenvolvidos, mas ela pelo visto será a primeira. Sherlock, Irene e Watson, este trio é bem interessante. Vamos ver até quando vai durar.

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