Ishuzoku Reviewers é o ecchi que poderia ser hentai não fosse o direcionamento dado a obra. A comédia é o gênero nela predominante, e uma comédia mais despojada, como acontece em Teisou Gyakuten Sekai (O Mundo da Moral Reversa em tradução livre), outro mangá de Amahara, autor da obra original.

É um anime sobre sexo, mas mais especificamente sobre resenhas do sexo que alguns aventureiros têm com prostitutas de várias espécies em um mundo de fantasia. Um deleite para todos os otakus tarados, que não são poucos. Enfim, vamos as minhas primeiras impressões sobre esse anime tão gozado.

Na história somos apresentados a Stunk e Zel, uma duplinha radical que me lembra eu e meu melhor amigo, a diferença é que eles transam. Além disso, seriam típicos aventureiros, não fosse o objetivo dos dois, transar com o maior número possível de moças das mais variadas espécies. E existem muitas. O Zel mesmo é um elfo e desde o princípio fica claro como cada raça curti o sexo de um jeito bem particular.

A sensibilidade a idade da mana que o Zel tem e o Stunk não meio que revela que humanos não usam mana como as outras raças ou sequer a possuem, o que acharia contraditório graças a capacidade sobrehumana do Stunk não fosse esse ser um mundo de fantasia bem particular, né, então não acho que dê para afirmar nada sobre ele sem maiores informações.

Enfim, é em cima dessas diferenças de gostos que o anime trabalha, e é por causa delas que os dois garanhões decidem escrever resenhas que servem como um guia de sexo para homens de várias espécies. A ideia de fazer isso não só com eles, mas também contando com a ajuda de conhecidos, foi um detalhe que mostrou ainda mais como o autor é criativo, e sabe o que seria cômodo para um tarado.

O mais legal é que os protagonistas levam a sério a ideia e ganham grana com isso, o que só é possível porque a prostituição nesse mundo tem sua força, não parece ser tão mal vista como é no nosso mundo e também não é associada a apenas uma espécie ou um grupo particular delas. Existe prostituta de toda raça e em todo lugar, então não vai faltar transa a ser resenhada e debatida.

Cabe ao autor criar situações cômicas e diversas como as apresentadas nessa estreia e a direção usar todos os artifícios particulares a um anime para gerar o riso, até mais que a excitação sexual. Achei o episódio muito bom nesse sentido, pois brincou com os gostos dos “heróis” e aproveitou para tirar sarro com outros personagens. Aliás, a adição do Crim ao grupo cativo de pesquisadores do sexo foi excelente.

Crim não é uma “trap”, um homem que parece mulher, mas um hermafrodita, é isso, né? É um anjo dotado de ambos os orgãos sexuais segundo ele mesmo, mas que optou por não revelar isso para não acabar na cama com aqueles que o ajudaram.

Você duvida que personagens de um mangá anime lascivo/cômico transariam com alguém com um pênis nessas “circunstâncias”? Eu não duvido nada!

E isso não é uma crítica, só uma constatação de que os homens japoneses (claro público alvo do anime) são tarados e no íntimo hipócritas (se formos pensar no quanto a sociedade como um todo é machista), o que, aliás, vale para homens em geral. Não vou além na crítica, pois se me incomodasse tanto nem veria esse tipo de anime, né. Mas vejo e gosto, e acho que gostaria mesmo se fosse mais putaria que zoeira…

Enfim, me divertiu muito a resistência do Crim, assim como também foi legal ver a tsundere Meidri sendo provocada, o que deixou bem claro que os protagonistas não devem transar com conhecidas, eles são críticos profissionais de sexo (eu sei, soa idiota, né, mas é a verdade) e prostitutas são o foco. O que não julgo. É um anime cômico, a prostituição não se dando de forma abusiva já é o suficiente.

E caso se dê, que isso não seja normalizado e nem banalizado. Prostitutas merecem respeito na ficção e ainda mais na vida real. É serio, tem muito homem imbecil que não entende isso, mas esse mundo de fantasia me pareceu bem tranquilo quanto a esse ponto. O Stunk e o Zel, por mais tarados que possam ser, parecem entender bem o que podem fazer, né.

Eu gostei também do tom lascivo do anime, mostrou o que fazia sentido de acordo com a comêdia proposta. Mamilos, bundas e até mesmo o falo do homem (este devidamente censurado ou por baixo da roupa), mas não há transa em si, só trechos mais provocantes. A pornografia se fez mais presente em palavras e estas ainda foram dosadas; há piadas, não xingamentos, nem palavras de baixo calão.

Dá para excitar, ao menos um pouco, fazendo rir e Ishuzoku Reviewers foi feliz em mostrar isso. Mal posso esperar por mais episódios e a exploração do leque de situações inusitadas que ele pode entregar (uma orgia, sexo com o Crim, “contato” com raças raras, sexo fora de um bordel, etc) ao seu público. Uma cambada de tarados, comigo incluso.

E não, não vou problematizar a existência de uma história dessas. Ela não foi ofensiva como muito battle shonenzinho que grande parte do público curte é, e para o qual passa um pano danado, e tem um público bem definido em mente. A sinopse, o trailer, as imagens promocionais; tudo deixava claro o que seria esse anime. E ele foi. Levante sua mão livre para o o céu e agradeça a franqueza da obra! Ops…

Até a próxima!

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