IDOLiSH7 foi um fenômeno que saiu diretamente dos games para nossa tela. Contando com personagens carismáticos, uma história coesa e uma boa música, esse anime me surpreendeu em vários níveis – e creio que a muitos também. Depois de uma pausa de dois anos, essa turma retorna com muito mais problemas do que tinham antes, mas com o encanto de sempre.

Admito que essa estreia de dois episódios me surpreendeu porque ela não veio como muitos animes por aí, calminha e reapresentando tudo caso alguém tenha se esquecido. Ela já chegou na base do tiro, porrada e bomba – mas de forma contida -, introduzindo uma série de coisas que devem movimentar bastante essa sequência, incluindo um novo grupo.

Na primeira temporada nos apresentaram ao grupo protagonista e ao TRIGGER, agora adicionaram o famoso Re:Vale, que já vinha sendo mencionado em várias oportunidades, ganhando agora a sua visibilidade.

Pessoalmente eu tenho um certo incômodo quanto ao que esse grupo de fato pode fazer pelo IDOLiSH7. Os meninos vinham em uma crescente constante depois da vitória no Black and White, e o início dessa nova jornada já mostrou os resultados da melhora deles.

Cada um é reconhecido pelas suas individualidades e isso os tem rendido trabalho e fama, mas ao mesmo tempo isso põe em xeque as debilidades deles enquanto grupo, já que aquilo que lhes destaca e populariza, é o que evidencia a distinção e de certo modo desequilibra o grupo.

Nisso o Re:Vale entra como uma forma de fazer com que eles enxerguem essa diferença e onde podem melhorar. Apesar de se apresentarem como dois caras genuinamente legais, prestativos e profissionais, Momo e Yuki me causam um pouco de desconforto por parecerem que ao mesmo tempo que estão ajudando, estão escondendo o jogo real. Pode ser doidice minha, mas quando a esmola é demais o santo desconfia.

Assim como eles, outros problemas chegaram em conjunto além das questões de habilidade. Yamato parece ter algo mal resolvido com o Yuki, imagino que da sua época de ator mirim, e isso já afeta o diálogo entre os grupos que precisam trabalhar juntos.

Por outro lado o Riku agora encara uma fase de instabilidade na sua saúde, com crises respiratórias mais recorrentes e que afetam o desempenho do grupo. O anime já nos deu uma entrada de que ele será afastado do cargo de centro para dar lugar ao Iori, mas será que toda essa transição será fácil? Imagino que assim como o ruivo o Iori se sentirá mal, mas é algo que ele sabe que é necessário.

Na condição do Riku acho que o sofrimento maior não é nem ser tirado do centro, mas ser considerado um “peso” e por isso afastado de sua função. Junto com o Mitsuba ele é o verdadeiro coração do grupo, contagiando a todos com sua energia, mesmo sendo o mais debilitado de todos. Fico curioso para ver como o roteiro lidará com essa questão.

A Tsumugi também tem um momento de virada e agora precisa refinar suas habilidades como produtora, entrando na direção de palco para conseguir meios de extrair o máximo de seus protegidos a cada performance, através dos detalhes.

Achei interessantísimo que essa tarefa acabou dando a ela a oportunidade de conhecer o pai adotivo do Tenn Kujo – e tem mais coisa que vou omitir por hora -, que conhece o meio idol e parece um excelente profissional, não a toa tendo seu filho no topo.

Com as novidades apresentadas e novos dilemas em curso, o anime precisa de um bom apoio técnico e isso ele tem de sobra. O estúdio TROYCA continua fazendo um ótimo trabalho na animação, mantendo a consistência, boa movimentação e um CG decente que não destoa do visual 2D na hora das transições nos shows – exceto o da abertura, que é meio estranho.

IDOLiSH7: Second Beat começou com tudo e acredito que essa temporada tem potencial para ser tão boa quando a anterior, tendo em vista as adições de personagem e as problemáticas sérias, levantadas nesse momento em que o grupo está no seu auge. Estou empolgado e curioso para ver o que sairá daqui nos próximos episódios.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

Comentários