Eu admito que sinto uma invejinha branca da Minare, ela saltou de um emprego para outro com uma certa faciliade e, ainda por cima, um que a permite ganhar a vida apenas dando sua opinião, afinal, não é como se ser “despojada” ao fazer isso a custasse qualquer coisa, né. Você já ouviu um programa de rádio hoje?

A permissão para usar a voz da protagonista foi uma jogada de mestre, ainda que ela estar sob os efeitos do álcool me faça questionar a justiça por aceitar tal “prova”. Ela não foi coagida, no “máximo” enganada, mas você pode pensar que alguém tão doida como ela se deixaria levar pela situação e é, foi o que rolou.

Fica a observação de que na vida, a arte aqui apenas expressou bem isso, há situações com essa em que, a depender da resposta da pessoa, o que pode não parecer um ato mal intencionado se torna um crime. É uma linha tênue com a qual todos precisamos ter o máximo de cuidado. De boa intenção o inferno está…

Enfim, o iminente fim da linha para a Minare em seu local de trabalho habitual casou perfeitamente com a proposta do pessoal da rádio, para um inicio tímido, é verdade, mas não é normal que se sente na janelinha logo de cara, né, ainda mais quando o predicado dela para o ofício é incomum. Minare se “opõe” a Madoka.

Digo, a voz de uma faz oposição a outra, e é aquilo, o público ser atraído por algo “incomum” ao meio é até compreensível que aconteça, mas há um detalhe que se faz necessário para tanto, e esse é a qualidade na forma de se comunicar. Sem tal postura profissional involuntária ela dificilmente faria sucesso de cara, né.

Trabalhar com esses detalhes para justificar parte do sucesso dela foi interessante e deu ao público a boa apresentação as particularidades do mundo da rádio que eu esperava que o anime desse. Nada complexo ou desinteressante, pelo contrário, pois usar a figura da Madoka como um contraponto não será o acaso.

Pode ser que não surja uma rivalidade propriamente dita entre as duas, mas certamente tem coisas que a Minare pode aprender com sua senpai, mas também pode ser o inverso. Minare, com suas circunstâncias e características, deve tirar qualquer um a sua volta de sua zona de conforto, o que também vale para ela.

Não é como se adentrar o mundo da rádio não fosse ser um desafio mesmo para ela. Suspeito que ela se dará bem, mesmo que tenha contratempos pontuais, então quem sabe o mais instigannte na história nem seja seu dia a dia de trabalho, mas as mudanças em sua vida pessoal, decorridas das novas experiências.

É, no final tudo deve se ligar a seu pitoresco trabalho como radialista, além da comédia da história ter um forte apelo nesses momentos, porque; seja na frente do microfone, seja nos bastidores, a carga de falas e falas criativas, bem pensadas, proferidas por ela são o que carrega a trama. Minare é tão humana que dói.

Em mim dói a boca de tanto rir e destaco a conversa pré-gravação com o produtor, além da histórinha que ela inventou sobre o mestre de seu chefe. Como é na vida real, tudo acabou sendo bem menos fantasioso do que ela imaginava e fez o colega dela imaginar. É tudo o que espero de alguém tão “inquieto” feito ela.

Inquieto e contestador, Minare é alguém que faz de tudo para espantar o tédio. Seus breves minutos em um quadro do programa de rádio vespertino foram só o começo de sua jornada potencialmente inovadora, ainda que o que ela faça tenha semelhanças com um tipo de comédia, dentro de um mundo desconhecido.

Desconhecido para ela e para o público já que a rádio hoje em dia passa longe de ser a maior fonte de lazer e informação para as pessoas, contudo, também não é como se fosse desprezível e o anime deve mostrar isso. Aos poucos, com muita criatividade, comédia e uma protagonista que fala e inventa pelos cotovelos.

Ademais, curti uma ou outra cena bem animadas (a do produtor conversando com a Madoka e a outra da Minare falando com ele) e ainda não entendi porque os olhos dos personagens têm um círculo branco ali na esclera. É uma opção de estilo para aproximar os personagens de gente real? Pessoas reais têm isso?

Sou tão lesado que não sei bem o que escrever sobre o assunto, mas caso você saiba, ou queira pesquisar, sinta-se a vontade para escrever nos comentários. É hora de me despedir, espero que você esteja curtindo o anime, a fácil de simpatizar Minare e os percausos que ela enfrentará ao longo de sua inusitada jornada.

Até a próxima!

P.S.: Quero nem imaginar o que raios a Minare estava fazendo para aquele carinha que apareceu no final do episódio (que deve trabalhar na rádio) lembrar dela e sangrar vendo uma foto dele com outra mulher… Que cena mais estranha, né? Aliás, no próximo episódio a intimidade da heroína deve entrar em foco. Veremos!

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