Há cada três meses, no outro lado do mundo, desenhos ganham vida como num passe de mágica, através de animações feitas por profissionais dedicados. A vida de simples desenhos animados vai tomando forma até provocar nos espectadores as mais diferentes emoções. Isso é mágico, não é? Há diretores, animadores, roteiristas, profissionais responsáveis pela trilha sonora, dentre outros que são considerados magos graças aos excelentes trabalhos já feitos.

Esse anime do qual eu irei discorrer agora, não é nenhuma obra-prima, mas é visualmente bonito e se propõe a combinar uma atmosfera mágica, característica de um anime de fantasia, com música.

A cidade grande medieval, a carruagem trazendo a protagonista vinda de um lugar, aparentemente, longínquo, e uma prestigiada escola de magia são elementos básicos e quase indispensáveis numa história de fantasia.

Em se tratando desse tipo de anime se espera muita aventura/ação, mas não parece ser o caso aqui. Com o tom mais leve, Lapis Re LiGHTs dá a impressão que o foco será mais nas personagens do que no mundo no qual elas estão inseridas.

O episódio de estreia foi justamente fazer uma apresentação de parte do elenco associada a uma apresentação da escola de magia onde as personagens estudam.

Não é porque se trata de uma história solar que haverá a ausência de desafios e dramas. Mesmo que haja apenas doses homeopáticas de tais elementos, há indícios de que eles estarão presentes em algum momento da trama.

Lendo a sinopse há alguns meses, achava que este anime seria uma mistura de mahou shoujo com idol, mas na verdade é uma combinação de escola de magia com idol. Aliás, o fator música apareceu apenas numa cena, na qual a protagonista estava agraciando nossos ouvidos com uma bonita canção.

As personagens, à primeira vista, possuem personalidades padrões para esse tipo de anime, como, por exemplo, a avoada, a energética, a garota séria, a amiga de infância e por aí vai. O elenco é grande e variado, portanto, umas terão mais destaque do que outras, possivelmente.

Combinar magia e idol não chega a ser inovador, mas não é como se tal junção fosse banal, portanto, essa fusão temática acaba sendo o principal trunfo desse anime para se destacar. É obvio que a parte visual tenha sua relevância e seu charme, mas o que acaba tendo mais peso é a história contada pela animação.

Definitivamente não foi uma estreia impactante, embora tenha seus próprios méritos dentro do que se propõe. Para quem gosta desse perfil de anime, é válido continuar pra ver onde isso vai dar. Já para quem não gosta, talvez seja melhor não perder tempo, a não ser que haja uma reviravolta, o que acho pouco provável.

A rigidez da escola no que tange ao ranqueamento das estudantes chama a atenção e pode vir a gerar desafios e conflitos que não deixarão a trama no marasmo. Outro detalhe digno de nota é que a irmã da protagonista aparenta ter alguma importância, além de que a Tiara (personagem principal), e sua irmã estão brigadas por algum motivo a ser revelado. Vale ressaltar também que a protagonista não precisou de um teste rigoroso para entrar na prestigiada escola de magia, o que significa que ela é muito talentosa ou venha de uma família super importante.

Nessa estreia foram os detalhes (já citados nos parágrafos anteriores), que despertam o interesse, além do clima de fantasia que deixa a obra mais charmosa. Falta só as apresentações musicais aparecerem com mais frequência para se ter uma dimensão mais completa sobre o anime.

Enfim, o primeiro episódio lento não diz muita coisa, mas até o terceiro dá para se ter uma ideia mais clara sobre o anime. Ressalto que gostei da leveza apresentada, que é boa para relaxar e, quem sabe se divertir, caso goste de obras não muito movimentadas.

Obrigado a todos que leram até o final, e até a próxima!

Comentários