Subaru é um homem de cultura, Emilia é atormentada pelo passado, eu curto escrever sobre anime, minhas introduções de artigo às vezes são meio aleatórias. Enfim, que episódio interessante foi esse, é hora de Re: Zero 2 no Anime21!

Echidna de colegial e o Subaru a elogiando (ele gosta de moças de cabelo prateado, não dá para esquecer) é o tipo de zoação que espero de Re: Zero, da mesma forma que uma vilã simpática, mas venenosa, é algo que combina demais com o anime.

Me divertiu ver a vilã atazanando o Subaru, mas o melhor foi a consciência dele de que aquilo que tinha acabado de viver não era real, mas mesmo assim podia acreditar que seria acolhido por sua família. Não que o apaziguar da mente dele dependesse só disso também, mas desabafar ajuda e o ajudou.

Tem uma coisa que não havia entendido direito e foi esclarecido nesse episódio (às vezes parece que vejo anime com a b*nda), os moradores do vilarejo que o Roswaal cuida não estavam presos pela maldição da vila dos meio-humanos, mas foram feitos de refém a fim da libertação espiritual (literalmente isso) destes.

Sendo assim, o fracasso da Emilia e o sucesso da articulação política do Subaru não só fizeram sentido, como abriram um leque de situações interessantes. Por exemplo, por que a Emilia sente tanto pavor em relembrar seu passado?

Porque é traumatizante demais. Mas não é para salvar as pessoas que ela precisa encará-lo? Se ela não fizer isso vai ser uma quebra de expectativa até incomum para a heroína, mas ao mesmo tempo se o Subaru for o fiel da balança vai cair no clichê.

E ele vai ser, foi o que deram a entender, então como a situação pode ser construída de forma mais bacana? Sair um pouco do olho do furação e dar uma rodada para coletar informação, ainda que não seja essa a intenção, me parece uma boa.

E olha que esse foi apenas um dos quesitos em que o fracasso temporário da Emilia resultou. Enfim, tem uma velha loli que confundi com bruxa erroneamente e não era nada disso, mas também não saquei bem qual a parcela de importância que ela terá no arco.

As circunstâncias envolvendo a libertação do povo nativo se mostraram bem mais complexas do que eu imaginava e ali divergir de opinião faz sentido, não é como se a abertura só tivesse prós e nenhum contra, ainda mais levando em consideração o preconceito que as pessoas têm com mestiços como a Emilia.

Eu imagino que os meio-elfos não seriam bem vistos na sociedade, ainda mais se a história de que foi a Emilia que os libertou fosse espalhada.

Contudo, não é como se a narrativa precisasse ser apenas essa, a habilidade de construir e/ou manipular uma história é uma qualidade necessária a uma figura política, ou a quem está por trás dela.

Sendo assim, o que o Roswaal fez faz sentido. Quero saber é como a Frederica está envolvida nisso tudo, pois deu para entender o que o Roswaal quer.

A parceria de crime entre o Barusu e o Roswaal foi a jogada de mestre do roteiro nesse episódio, porque explica praticamente todos as ações suspeitas do mago até ali e, apesar de ser bem maquiavélico, os planos dele são coerentes, arriscados, mas “bons”.

Porém, faço uma ressalva, dá mesmo para acreditar que ele depositaria tanta responsabilidade nas costas do Subaru se não soubesse que ele não é um mero humano? A conversa dos dois me deu a nítida impressão de que ainda há mais uma camada nessa história, até pelo livre “uso” do Culto da Bruxa.

Porque é como se o Roswaal estivesse usando o culto propositalmente tanta para dissociar a imagem da Emilia da imagem da bruxa, quanto para melhorar a reputação em baixa da garota.

As notícias correm mesmo em um mundo sem internet, então cada pequeno problema resolvido tendo ela como garota propaganda é como se fosse um ponto a mais em uma pesquisa de voto. Okay, não é bem assim, mas você sacou a analogia, né?

Se ele estivesse por trás dela receberia os créditos e não é disso que ele precisa, mas de uma candidata forte, apesar de seus pontos impopulares. Aliás, qual o interesse dele em elegar a prefeita de Lugunica?

Não deve ser nada maldoso, mas deve ter sua história, assim como a Emilia tem seus motivos, com certeza ligados a seu passado certamente horrível.

Enfim, só para fechar, o Roswaal é bem maquiavélico, mas alguém teria que ser ou a Emilia nunca teria a mínima chance de ser eleita. Vamos combinar, assim se faz política, é só olhar um pouco ao seu redor…

Enfim, a conversa dos “pombinhos” foi fofinha e tal, mas não tenho muito a acrescentar a partir dela, o que a Ram falou para o Subaru sobre a Beako que chamou mais minha atenção. Talvez seja a palavra-chave para ela vomitar tudo que sabe? Deve ser algo assim, e deve ajudar o Subaru a resolver as coisas.

A liberação do pessoal da vila também ocorreria se a Emilia tivesse passado no teste, o detalhe é que ela não passou e isso deu a oportunidade do Subaru ir a mansão para “trazer” algo de novo quando voltasse a sua companhia.

E o que seriam esses fatos novos? O que ele pode descobrir com a Frederica e a Beako, pelo menos isso, mas ele morrer de novo (já fazia tempo, né) indica a possibilidade de cavar mais.

Quando voltarem a se ver o Subaru terá que ajudá-la com sua incapacidade de lidar com o passado, o espírito guardião dela não apareceu mais e não se sabe o que pode acontecer.

Na verdade, o Culto da Bruxa se envolveu, então cabeças devem rolar, mas o Subaru voltou a morrer e isso significa que ele voltará a um momento anterior de posse dessa informação, como a usará é a questão.

Além disso, por que o ataque? Se a assassina do começo da história está na parada o objetivo deve ser a insígnia da Emilia e se esse é o motivo para a investida, então as coisas podem complicar. O embate pode ir parar na vila dos meio-humanos.

Por fim, Re: Zero apresentou outro bom episódio, mas em um ritmo bem inferior ao anterior. O anime propôs questões a serem resolvidas e o episódio teve um final interessante, mas que não surpreende há muito e muito tempo. O arco está se aprofundando, vamos ver onde ele vai parar.

Até a próxima!

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